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Crê:
Nossa vida é
uma passagem
E o dia é uma miragem;
E quem o quiser
entender
Já cá não estará p'ra ver.
Não guardes para
amanhã,
O que podes fazer agora;
Se ficares no divã
O
trabalho vai-se embora.
Grande poema, com
efeito,
Esse que agora nos dá:
O mundo não é perfeito,
Avareza é o que mais há.
Toda a gente deve
ouvir
E prestar muita atenção:
Vereis um pobre pedir
Mas ao
avarento não.
Abraços para o amigo Euclides Cavaco.
Já rimei ao Corpo
Santo
Rimo agora aos Folhadais;
Eu da rima gosto tanto
Mesmo
que seja demais.
Quando chegar a freguesia
A São
Carlos rimarei...
Venha a lei, por cortesia,
Que mais alegre
cantarei.
E sonhei com o Brasão
Ornado de lindas
cores:
As camélias, porque não,
Ou outra de suas
flores.
E o livro deste Santo,
É uma presença
constante,
Nossa bandeira de encanto
Que reinará
doravante.
Hoje, cedo, quando ia
a caminho da "145", transporte público da minha "nova" zona, deparei
com um envelope na caixa do correio, cujo remetente era o que indico
no título deste artigo. Para que saibam do que se trata passa a
transcrever, na íntegra, o conteúdo que é deveras merecedor de todas
as atenções e digno de ser exposto, e fica desde já o meu
contributo:
MOVIMENTO DE ELEVAÇÃO DE SÃO CARLOS A
FREGUESIA
São Carlos é um pitoresco lugar de quintas onde
ao longo dos tempos abastados proprietários ergueram as suas moradias
de Verão. O lugar surge como um prolongamento natural da cidade de
Angra do Heroísmo.
Escreveu João Ilhéu no livro "Touradas e
Romarias", publicado em 1929: "Abastados proprietários ali construíram
suas vivendas em ar de chalets ou ao geito solarengo, e lá passavam
todo o ano dedicando as horas livres ao tratamento de seus jardins e
pomares, cultivando por suas mãos a horta, ou gosando a limpidez das
tardes de estio na eminência dos torrões da quinta, sob os páteos
arroxados das latadas de gliceneas".
Embora sejam quase
inexistentes os registos históricos sobre as origens do povoado de São
Carlos, sabe-se que na sequência de uma crise vulcânica, ocorrida na
Serra de Santa Bárbara e zonas envolventes em Setembro de 1761, teve
lugar a fundação do Império de São Carlos, uma vez que foi no local
onde o mesmo foi edificado que cessaram os sinais da força da natureza
vindos da montanha. A Irmandade do Divino Espírito Santo de San Carlos
foi criada em 1814 e desde dessa data que se tornaram muito famosas em
toda a ilha as suas festividades.
Ao longo dos tempos, São
Carlos foi um local de eleição para manifestações ligadas à
tauromaquia e outras expressões da cultura popular terceirense, sendo
ainda nos dias de hoje, um ponto forte das festividades da ilha o
"Sábado de São Carlos", marcado por animados despiques nas Cantorias
ao Desafio e a saborosa Morcela, bem como, a sua afamada Tourada à
Corda.
Após o sismo de 01 de Janeiro de 1980, surgiram novos
arruamentos e muitas habitações e São Carlos deixa de ser apenas um
lugar de veraneio para se transformar num agregado populacional com um
crescimento acelerado que se prolonga até à actualidade.
Na
história colectiva de São Carlos merecem também destaque muitos dos
seus ilustres habitantes das mais variadas áreas: políticos,
desportistas, médicos, comerciantes, pedagogos, entre
outros.
Com a construção da Escola Básica 2/3 e Ensino
Artístico Tomás de Borba, São Carlos assume agora uma maior dinâmica,
deixando de ser apenas uma zona residencial para transformar num pólo
privilegiado para a educação das novas gerações, trazendo um movimento
de pessoas considerável que vai proporcionar uma maior dinamização
social, cultural, desportiva e económica.
São Carlos é também
um local onde estão implementados outros importantes equipamentos e
serviços como Escola Profissional da Santa Casa de Misericórdia de
Angra do Heroísmo, Associação Cristã da Mocidade, Residência do
Representante da República, Direcção Regional de Estudos e Planeamento
do Governo dos Açores, Clube Desportivo e Recreativo de São Carlos,
Rádio Horizonte Açores e instalações da Portugal Telecom.
Tendo
em conta a crescente relevância de São Carlos no contexto da Ilha
Terceira e dos Açores, os seus moradores propõem à Assembleia
Legislativa da Regiã Autónoma dos Açores a sua elevação a
Freguesia:
Movimento de Elevação de São Carlos a
Freguesia
Creio que está tudo muito bem escrito e
explicado. Melhor não é possível, julgo eu. Ficamos de olhos postos na
resposta ao pedido deste Movimento.
O meu blogue existe há quase um lustro. Hoje se ele não existisse teria de o inventar nem que fosse para espelhar nele uma Angústia existencial insistente. Sei que há-de passar como tantas outras vezes que ela me atacou forte e feio, mesmo sem balbuciar palavra. Quando me vejo neste estado viro-me para o blogue e escrevo-lhe coisas como estas sem princípio, meio ou fim. São apenas momentos de desabafo que nem sei se alguém entenderá porque não está dentro de mim. Só eu sei o que me atormenta os orgãos todos cá dentro e não consigo dar-lhes a volta e/ou colocá-los no seu devido lugar. Oxalá o fim-de-semana me retempere o ânimo e o humor, que, juro, anda pela rua da amargura. Sinto um «não-sei-quê» e um «não-sei-quanto» e um «não-sei-como» difíceis de traduzir por letras miúdas de um blogue que estimo muito como se de um filho se tratasse. Enquanto não chego junto dos meus filhos vou pensando no que iremos jantar... Bom fim-de-semana para todos. Hoje é um daqueles dias que dava o meu número de telemóvel só para ouvir um consolo. Estou a ficar lamechas, não estou?! Até mais ver enquanto a noite não descer.
Já chegou a
encomenda.
E a surpresa disparou!
Agradeço imenso a prenda
E
muito contente estou.
Quando a terra a germinar
Mais terei para
rimar.
Beijinhos muito agradecidos.
Rosa Maria
Solar dos Sonetos de
Maria João Brito de Sousa
1º aniversário do "POETAPORKEDEUSKER" - 14
de Janeiro de 2009
"Um ano! Doze meses de viagem
De
palavras, de versos, de amizades!"
Continua...
Parabéns pelo 1º aniversário e, pelo menos, pelos 365 sonetos que estão ao alcance dos nossos olhares e sentimentos.
Um grande abraço
Rosa
Maria
Bela prosa biográfica
Que veio do bom mineiro
Que muito bem identifica
As flores de bom canteiro.
Escreva-nos, como entender,
Um dia de sua vida:
Mineiro e seu sofrer
Em prosa ou rima sentida.
Resta-me a curiosidade
De saber o que se passa
Na funda realidade
Onda a sombra é devassa.
E sem ver a luz do dia,
Em trabalhos tortuosos,
Deve ser uma agonia
E faz os homens saudosos.
Quando saem para a luz,
Após dura operação,
Vivos, gratos a Jesus
Que lhes deu a salvação...
Vêm com força no olhar
Para um céu enaltecido
E talvez a bom chorar
Por não terem lá morrido.
Abraço ao Armando, mineiro da poesia!
Rosa Silva ("Azoriana")