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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Pensamento do Dia: a "143" - Transporte colectivo de passageiros

13.02.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

A verdade há que ser dita,
P'ra isso não há remédio:
Há sempre hora bendita
Que não causa qualquer tédio.

Se hoje é dia de azar,
Para mim até foi sorte,
Vim na urbana devagar
E não vi qualquer desnorte.

Da "143" (Centro e quarenta e três)
Bendigo o seu condutor,
Mesmo que triste, talvez,
Sorri p'ró utilizador.

Eu já vi este senhor,
Em Danças de Carnaval,
Representa com humor
Junto com seu pessoal.

A Empresa Terceirense,
Que trata da Viação,
Brinde a quem lhe pertence
E que cumpre a missão.

E quem lida com fregueses
Que fazem tanta viagem,
É cortês todas a vezes
Seja qual for a bagagem.

P'lo andar da carruagem
Já se vê quem lá vai dentro,
Mas se entra em derrapagem
Range logo o epicentro.

Os utentes das urbanas
(O transporte colectivo),
Rodam todas as semanas
E há que ter olho vivo.

Louvo então os condutores,
Que zelam pelos velhinhos,
Que são muitos nos Açores,
E precisam de carinhos.

E ao senhor em questão,
Dou o meu melhor apreço,
Que o Chefe da Viação
Lhe dê sempre melhor preço.

E há outros que merecem,
Alguma repreensão,
Porque nem sempre parecem
Conduzir com atenção:

Da "145"
Que é a da minha zona,
Não lhe dou tanto afinco
Porque o zelo abandona.

Isto de lidar com gente
Que anda nesses assentos,
Há que ser muito prudente
Porque há olhos atentos.

Que é feito do Revisor,
Essa figura imponente,
Que era respeitador
E zelava p'lo cliente?!

Sinto que foi retirado,
P'ra fazer outro serviço...
Devia já ter voltado
A este posto castiço.

Mas não revia bilhetes,
Porque isso não está mal;
Disciplinava "os cadetes"
Que pensam que tudo vale.

Rosa Silva ("Azoriana")

Numa Sexta-feira, treze...

13.02.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Uma carta para a poetisa Clarisse Sanches, amiga de Góis

13-02-2009

Muito trabalho pela frente;
Com um quintal todo sujo,
Tenho sido mais diligente
Mas falha-me o dito cujo.

O computador lá de casa
Não abre sequer a luz
Deixou de arrastar-me a asa
E nem sequer me seduz.

Volta e meia, noutro lado,
Dou um ar de minha graça
Mas é triste o meu fado
Que logo a vontade passa.

Malditas tecnologias
Qu'exigem um grado preço...
Sou fã destas novas vias
Mas assim eu esmoreço.

Há quem diga que virão
Melhorias coisa e tal,
Mas agora o meu serão
É virada p'ro canal.

Com antena interior,
Já me virei para o mundo;
Valha-me Nosso Senhor
Não sou feliz lá no fundo.

Oh, tanta notícia triste
Que me entra porta dentro;
Pelo mundo fora existe
A crise que vem do centro.

No centro da humanidade
Rola tristeza sem fim,
Resta a solidariedade
P'ra deixar de ser assim.

Treze nesta sexta-feira,
Que p'ra muitos é azar,
Está sombria a Terceira
O melhor é eu bazar.

Mas antes de fazer isso,
Mando um abraço apertado:
Há versos em reboliço
Que me prendem ao teclado.

Está quase o Carnaval,
Que alegra a ilha inteira;
Vamos ver o pessoal
Nos palcos desta Terceira.

Coscorões e malassadas,
E bebida em porção;
Cantigas são festejadas
Na ilha da tradição.

Rosa Silva ("Azoriana")

Dedicatória em verso

13.02.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ao amigo "Fisga"



A vida é um desafio,
Daquele que "racha a molha",
Mas 'inda nunca se viu
Ter milho sem ter desfolha.

Lembro agora do milho
Por causa de uma fisga
Que faz um bravo sarilho
À ave que ela "pisga".

E por falar neste objecto,
De tempos já bem antigos,
Foi para lhe dar o afecto
Que se dá a bons amigos.

Eduardo é sua graça,
E lhe desejo saúde,
Porque muito do que passa
É para lhe dar virtude.

No céu está o condutor
Da vida cá deste mundo,
E Ele é o Salvador
Que gosta de nós a fundo.

A virtude da alegria
Seja outra que lhe abeira
E que fique neste dia
A sorrir a tarde inteira.

Um sorriso cá na ilha
É sinónimo de bem,
E porque sou dela filha
A sorrir estou também.

Um abraço apertado,
E um bom fim-de-semana,
E que fique agradado
Com versos d'Azoriana.

Rosa Silva ("Azoriana")