Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Na Escola Secundária de Angra do
Heroísmo, dos alunos do 12º ano - Grupo A.L.T.A.
magnitude.
Visitei-os porque um dos elementos é a minha filha.
Encontrei professores do meu tempo de estudante que, actualmente, são
professores dos meus filhos. No livro de visitas deixei o meu registo,
repentino, assim:
Gostei muito da exposição Pese embora a
situação. Lembro bem de tais retalhos Da tragédia e seus
trabalhos.
Uma onda de tristeza Nesta ilha, qual
pobreza, Que assolou a nossa alma E nos fez perder a
calma.
Bem-hajam os estudantes Que assim não são
distantes Do que viveram seus pais Noutros tempos
desiguais.
E bem-haja a Educação Destes filhos da
Nação. Que Deus guarde com ventura O trabalho que
perdura.
Hoje e a esta hora,
ainda estou viva. Amanhã não sei. Mas para não pensarem que é peta,
porque é a pura da verdade, nasci às 13 horas do dia 1 de Abril, que é
um dia especial para mentiras, o mesmo que dizer,
PETAS.
Sinceramente não me apetece escrever muito. Estou
naquela fase de espera, que não gosto nada. Gostava de puder dizer que
não me fui com esta idade, mas só amanhã à tarde é que o posso
afirmar.
Se os amigos(as), leitores e/ou visitantes aparecerem
por cá e quiserem comentar com qualquer coisita, postarei no dia
seguinte com data de 1, como sendo o artigo do dia, e isso talvez me
levante esta telha de angústia. É verdade, sinto uma angústia e uma
apatia terríveis a sobrevoar-me. O mundo está em crise, nós estamos em
crise, eu estou em crise (há muito tempo, muito antes da maioria dar
por ela).
Por incrível que pareça, e não é peta, nem consigo
realizar um, dois ou três sonhos pequeninos.
Vou sonhando
com:
- Um belo ramo de rosas vermelhas;
- Um perfume de
deslumbrar;
- Um passeio à volta da ilha (porque é o meu dia de
folga).
Tenho outros sonhos muito mais caros mas prefiro
guardá-los a sete chaves.
Mas o melhor mesmo é conseguir passar
o dia na companhia dos meus filhos, nem que seja em pensamento uma vez
que um está ausente, e de mais alguém.
E só peço a Deus e a
Nossa Senhora dos Milagres, da Serreta, que é o meu torrão natal, o
mais importante: que não falte a saúde. De resto, haja saúde
para todos os que por aqui passarem e seus familiares. Desejo-vos em
dobro o que desejarem a mim.
A minha casa fica à vossa
disposição se me quiserem fazer uma visita, ao cair da tarde ou lá
para a noitinha.
Enquanto espero vou dando uma olhada ao novo
blog de Donato Parreira - Terceira em
Fotos - que anuncio na véspera de mais um dos meus aniversários,
porque o próximo, se Deus quiser, será o lustro(*) do blog.
Eu não sei
provar o vinho Da forma que aqui vejo... Mas ver-me nesse caminho É o
que mais eu desejo.
Na quarta-feira de Abril, É dia de
aniversário, Porque as petas são às mil Vinho brota no
diário.
Dos Biscoitos eu sou fã, De uma à outra
margem, Quem me dera p'la manhã, Acertar minha viagem.
Ir
direitinha ao centro, Relembrar uma outra era, E cantar cá bem
de dentro Uma nova Primavera.
Primavera junto ao mar É
oásis de beleza, Com o aroma a cirandar Nos poros da
natureza.
Ó minha linda Terceira, Tens um encanto sem
fim, Para mim és a primeira Que me faz cantar
assim.
Dos Biscoitos ao Raminho, Passando pela
Serreta, Há-de cheirar sempre a vinho Dessa boa
curraleta. Eu não sei provar o vinho Da
forma que aqui vejo... Mas ver-me nesse
caminho É o que mais eu desejo.