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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1013)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")

À poetisa de Góis

30.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Clarisse Barata Sanches
Poetisa de fervor,
Admirada em avalanches
Com prémios de grã valor.

Nunca da lira desmanches
Porque és dela o fulgor
Clarisse Barata Sanches
És das letras hino em flor!

Mui distinta e honesta,
Uma goiense em festa
Na melodia do Ceira...

Que se une a este mar
Para em coro lhe aclamar:
Poetisa verdadeira!

Rosa Silva ("Azoriana")

 

Índice temático: Desenho sonetos

De e Para: Renã Pontes, poeta do Acre - Brasil

30.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

COISA QUE ARRANHA, ESPINHO QUE PERFURA
________________________________
Por Renã Leite Pontes


Coisa que arranha, espinho que perfura,

ventre protuso, dos mentais incestos,
réprobo riso, ais que seguem os gestos

perseguidores de uma criatura.

Boca aviltante, falta de ternura...

pavões da malta, mas que imanifestos,
têm sangue dos anfíbios... desonestos!

movem moinhos... rosa não verdura!

Rabisco no papel a panacéia,
no desespero desta minha idéia,

irracionais esqueço que amiúde...

Suplico, com urgência, à mãe da Morte,
que não me furte deste nobre sorte:

vença as maldades que vencer não pude!
________________________________


Leia-se, também, a sua "Autobiografia" em "Cânticos do Acre".
________________________________

Para Renã Pontes
Acre - Brasil


Que a brisa deste dia,
Me responda docemente,
P'ra lhe dar grande alegria
Neste mote repetente.

É tão doce a madrugada
Das palavras que me dão.
Sinto, em força, desenhada
Uma enorme gratidão.

E no silêncio cantante
Que cada verso transmite
Que chegue a si, tão distante,
Muito à laia de convite.

Convite de amizade
Que se ata entre terras:
Entre o campo e a cidade
Entre os vales e as serras.

Entre o Acre, do Brasil,
E a bela ilha Terceira...
Vai-se cantando, a perfil,
E nas cores da Bandeira.

São seus Cânticos felizes,
Bordados de Poesia,
Coroados p'las matrizes
Da sua filosofia.

Quanto Amor navega então,
Quando se cria o Canto?!
E na resposta à questão
Nascerá novo encanto.

Não meça minha ovação,
Na oferta desta hora:
O que vem de coração
Medido está sem demora.

Rosa Silva ("Azoriana")

Recomenda-se...

29.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Calma!

(numa versão à minha maneira feita em directo
no blog "Cheiro a Pólvora")

Agora a gripe suína
Leva à loucura total
E pode ser a ruína
Da população geral.

Atrás duma má notícia,
Vem grande desassossego;
Não é caso de polícia
Mas pode dar-lhe emprego.

A polémica e o pavor
Correm tinteiros a eito;
A tudo se dá valor
E tudo se vê sujeito.

Os riscos da pandemia
Não se podem atalhar,
Ainda vai chegar o dia
Que algo irá falhar.

Que Deus tenha piedade,
De quem já nem sequer tem,
E que traga claridade
À porta que a todos vem.

Se a porta for estreita,
E o caminho enevoado,
Pois há muita coisa feita
Que trilha o verbo errado.

E se a hora for chegada
Para cada um de nós,
Fica aqui assinalada
Os ecos da minha voz:

Luís Castro, bom amigo,
Da blogosfera inteira,
Sempre cordial comigo
E com a ilha Terceira!
Que não venha qualquer p'rigo
A quem temos à nossa beira
E nos prenda ao postigo
Que iça a nossa Bandeira!

Rosa Silva ("Azoriana")
2009/04/29

Declaração

29.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ao meu Amor!

Se de rimas estás farto,
Eu não te levo a mal...
Dentro e fora do quarto
Sou quem te ama, afinal.

E de mim não tenhas dó,
Por te amar tanto assim:
Nunca mais me senti só
Desde que 'stás junto a mim.

E bem sei que há espinhos
Nas rosas, flores perfeitas,
Mas também se vê carinhos
 Na humana, que espreitas.

E eu que tenho de graça
A flor, que em nome vês,
Qualquer espinho que faça
Só por morte irá de vez.

Meu amor! Como te amo,
Não te vou pedir perdão,
Porque em rima eu te aclamo
E te dou meu coração.

E se a morte nos levar
Que seja em verbo conjunto,
Porque o amor a dobrar
Faz-me bem contigo junto.

Rosa Silva ("Azoriana")

Folhadais
do lugar de São Carlos
(Com anseios de freguesia)
Angra do Heroísmo
2009/04/29

A propósito do artigo da amiga Joanina da Califórnia, e das Quadras de António Aleixo...

29.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

E bem proclamo Aleixo,
Que a ninguém se compara;
Em rima agora deixo
O que a mente me depara.

Joanina, teu artigo,
Faz mover o pensamento,
Porque Aleixo é antigo (*)
Mas brilha em qualquer momento.

Há uma que sei de cor
E repito vez em quando,
Nunca lhe tiro o valor
Que por mim vai semeando.



"Eu não tenho vistas largas
Nem grande sabedoria,
Mas dão-me as horas amargas
Lições de Filosofia.


"

António Aleixo




Qualquer dito feito em rima,
Podem não acreditar,
Atinge o cabo de cima
E não podemos calar.

E quem cala já consente
O mal que vai pelo mundo,
Cada qual é descontente
Quando o seu bate no fundo.

E o mal de muita gente
Fica sem ter solução,
Quando se vive imprudente
E a tudo se abre mão.

A riqueza de um país
Não se perde nem se ganha
Tudo fica é por um triz
Se a cegueira é tamanha.

Quando se olha o céu
E em rugas se apresenta
Segure-se bem o chapéu
Porque vem aí tormenta.

Tenho pena de não ser
Como o rouxinol da serra,
Que desde o amanhecer
Semeia o canto na terra.

E relembro o poeta
Aleixo
, de novo cito,
Que atingiu a grande meta
E em seu verso acredito:



"Não é só na grande terra
que os poetas cantam bem:
os rouxinóis são da serra
e cantam como ninguém.

"

António Aleixo




Rosa Silva ("Azoriana")

Nota: (*) António Aleixo nasceu em Vila Real de Santo António a 18 de Fevereiro de 1899 e faleceu em Loulé a 16 de Novembro de 1949, com 50 anos. Portanto, no ano de 2009 fez 110 anos do seu nascimento e fará 60 do seu falecimento.













































Ante o poente...

28.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Minha alma é como um véu
Que nunca há-de ser santo,
Apenas e só quando canto
Ouço, em mim, ecos do Céu!

Um céu que cobre a ilha,
Se refugia no mar
E nos olhos a cismar
O dueto que partilha.

E nas lágrimas que tingem
Este caminho de flores
Faz-se chão de multicores
Onde as rimas não se fingem.

Ai, Amor! Dou-te cantigas,
Que acendem no coração,
E no véu da tentação,
Com doce olhar me fustigas.

E ninguém me reconhece
A fundo o céu do recheio
[O dom que rasga meu seio]
E em bruma se adormece.

Um desejo tão ardente
Que me percorre o ser
Era ler este escrever
Nas folhas ante o poente.



Rosa Silva ("Azoriana")































Caro João Rocha...

28.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Se eu tivesse o seu saber,
Na escrita que se afina,
Metia-me a escrever
Da corrida Sanjoanina.

Mas fico apenas na rima,
Que me embala logo cedo:
O burro merece estima
Mas dele eu tenho medo.

E os coices que se dão,
Muitas vezes amiúde,
Quando toca à Nação,
Podem manchar a saúde.

E há burros, sim senhor,
Que levam tudo adiante,
Outros teimam, no corredor,
E a meta fica distante.

Saiu-me esta burrice,
Para distrair dos suínos...
Porque a gripe, já se disse,
Faz correr em desatinos.

Dizem que o bom da festa,
É esperar que aconteça;
Até lá tudo se apresta
P'ra outra dor de cabeça.

Rosa Silva ("Azoriana")

João Rocha ainda vai ficar famoso à conta da sua crónica

28.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Que dá prazer e gosto ler. É que eu estou esfalfada, digo, estafada de rir. Mas o causo não é para rir é para cumprir nem que seja a leitura integral da dita cuja crónica com ares de "Fama à conta dos burros".

Que vença o melhor burro em corrida. Isto é para nos distrair das gripes, porque quem corre por gosto não constipa.

Sobre a Gripe Suína - Veja o Portal do Governo

28.04.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Entretanto leia tudo o que há sobre a Pandemia da Gripe, no mesmo Portal.

O comunicado sobre a Gripe Suína mais recente diz o seguinte:

Angra do Heroísmo, 27 de Abril de 2009

Comunicado da Direcção Regional da Saúde sobre a gripe suína, publicado no Portal do Governo dos Açores


Considerando as informações que têm surgido sobre a gripe suína, a Direcção Regional de Saúde comunica o seguinte:

1. Não existem casos na Região Autónoma dos Açores, nem existem restrições oficiais relativamente às deslocações às áreas afectadas.

2. Os viajantes com destino a tais zonas, designadamente Estados Unidos e México, devem ter, porém, em atenção eventuais riscos de adquirir a doença, pelo que deverão adoptar as seguintes medidas de higiene individual:

-lavar frequente das mãos, com água e sabão, para reduzir a probabilidade da transmissão da infecção;
-cobrir a boca e nariz quando espirrar ou tossir, usando lenço de papel sempre que possível;
-quando regressarem das zonas atingidas ou tenham tido contacto com qualquer pessoa afectada, nos últimos 10 dias, e apresentem sintomas gripais, devem dirigir-se ao seu médico ou contactar os serviços de saúde.

3. Estas são medidas habituais em situações desta natureza, não havendo razões para alarme.

4. A Direcção Regional da Saúde está em contacto com hospitais e autoridades de saúde e difundirá as orientações que considere necessárias consoante o evoluir da situação.


Texto in Portal do Governo Regional dos Açores

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