Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor" 4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado **********
I Na minha
simplicidade, Que é diferente de humildade, Vejo o mundo a
ruir... Tenho pena de assim ser E de nada se saber Do alcance
do porvir. II Sou crente numa oração, Que Deus nos ensina
então, Mal abrimos o olhar: Pai-Nosso que estás no
Céu! Repetido na voz de ilhéu Que gosta de assim
orar. III Sei que o desconhecido, É um fruto
proibido, Muito mais apetecível; Leva tudo à nossa frente E
até o maior crente Passa por ser insensível. IV Sou devota
quanto baste, Embora Dele me afaste Ferindo sua Doutrina; Mas
Nele estou a pensar, Com rima tento abraçar Sua Face
cristalina. V Quero erguer a minha prece, Pelo mundo que
padece Pela sua própria mão; Porque Deus sempre perdoa, Se a
dor de uma pessoa É exposta num Perdão! VI A minha dor
sempre existe, Muita vez eu fico triste, Por não ter sido
melhor; O passado está feito, O presente é refeito Mas virá
tempo pior. VII Nem sempre a dor é um pranto Se a fé no
Espírito Santo É seguida com ternura: Sobrevoa o
pensamento, A força do Seu talento Dado a cada
criatura. VIII Porque sou nada in Terceira, Tenho sempre à
minha beira, Os ecos doces da Mãe, Que deu tudo por seu
Filho E nos lega tanto brilho Da riqueza do Além. IX Quem
me dera um dia ver A mãe que me deu o ser, Junto da Mãe
verdadeira, E meu pai também ao lado, Com um sorriso
rasgado Abraçando sua «Roseira»! X Agora estou a
chorar, Como se fosse o mar, Em dia de nostalgia; Ergo ao Céu
minha oração Que se fez verso canção Para honrar quem me
vigia!