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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Ao poeta Euclides Cavaco com o brilho dos «Sonhos»

27.07.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Peço perdão p'la ausência
Duma féria duração
E também a paciência
Foge e leva-me pela mão.
Aos poucos vou retomando
A escrita que me alisa
E coloca vez em quando
Na onda que em mim desliza.

Uma onda repentista
Que me ronda as ideias
E também por ser bloguista
Ando em paredes meias
Com o que vejo no ar
E me inspira tão somente
O sonho de elogiar
O amigo, poeta crente.

Perante "Sonhos" dos seus,
Versos com categoria,
Alerta para que os meus
Tenham uma grande alegria.
E desejo que amiúde
Deus lhe dê felicidade
E junto da paz e saúde
Sonhos sejam realidade.

Não sei que me deu agora
P'ra seguir nesta cantiga
Há muito que me devora
Este dom que me fustiga.
Sonho que estou a cantar
Ao lado do meu amigo
Um poeta a brilhar
E sorrindo ao que lhe digo.

Abraço
Rosa Maria Silva ("Azoriana")

Recordatória serretense

27.07.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

casa_do_romeiro_serreta.jpg

2009.Julho.27

Amanheceu.
Pé ante pé lá vou eu.
A cabeça não quer mas a mente empurra-a e tem de ser. Tem de seguir-se o ritual do novo dia.
Na lembrança ficam os momentos da véspera. Uma festa na harmonia do ambiente verde tocado pelo azul e pelas gentes.
O Sol pisca-me com seus raios e aquece-me. Tinha frio. Já me habituei a este meu frio. Vou aquecendo devagar.
O dia desponta recortando horizontes de luz e cor. A ilha está calma e bela.
A paisagem transparece radiosa com o Monte Brasil refastelado na ponta da terra.
O mar parece uma estrada de água pura parada.
À minha ideia chegam
os meus pais, a minha avó, o meu passado. É a saudade do que já não consigo ser... Jovem!
Estou precisamente na véspera do dia que se comemorariam os quarenta e nove anos (para o ano seriam as Bodas de Ouro) que meus pais uniram suas vidas (28.Julho.1960) e, que agora, estão unidas fora do mundo dos vivos.
Quedo-me na solidão deste pensamento e deixo-me ficar queda.
Quão feliz fui naquele dia (28.Julho.1985) e hoje, véspera do dia, sou feliz noutra via, quem diria?!
Não faço a minha comemoração mas pensarei na deles. Sofreram demasiado e não deu tempo de festejar uma data inigualável. Eu também não. Já tive pena, agora não. As festas só valem quando o coração as acompanha.
Ontem meu coração acompanhou a festa (26.Julho.2009) que se fez na Mata da Serreta. Sinto que eles adoraram tal como eu.
A Casa do Romeiro estava requalificada para nos receber e a festa aconteceu tal como eu a imaginei.
A entrada em cores arrojadas. As bandeiras formavam o ponto de honra no interior. O cheiro a novo presenteava-nos com uma linda mesa e uma lareira bordando a parede coroada por um tecto trabalhado a rigor. No lado esquerdo da grande sala o projectar de slides regionais. Seguiam-se os compartimentos de lembranças de outrora: a cozinha à moda antiga tradicional com pormenores (forno a lenha e grelhador coberto) que nos fazem vir à tona momentos que jamais voltarão mas que podem ser relembrados. A casa de banho que é a novidade e um exterior de frescura, trajado pelas árvores que se mantém de pé, rodeando um recinto aprimorado e renovado pelas acções de beneficiação levadas a cabo pelo Governo Regional - Secretaria da Agricultura e Florestas - Direcção Regional dos Recursos Florestais - Serviço Florestal da Ilha Terceira.
Acredito piamente que a alma dos que cá já não estão e que gostavam da Casa do Romeiro está feliz, na outra dimensão. Talvez se tenha feito a vontade do meu primo Daniel que queria tanto aquela Casa restaurada para os Franciscanos de agora. Servirá para estes e para toda a população que ali queira passar momentos da recordatória serretense.
Pode-se dizer com toda a pompa que a Mata da Serreta, composta por uma zona de piquenique, uma casa de abrigo, um parque infantil, instalações sanitárias, um Chafariz (em pedra trabalhada, transladado para o local proveniente da freguesia do Posto Santo) e a Casa do Romeiro, é uma das Reservas Florestais de Recreio da Ilha Terceira que maior alegria me dá. As outras são: A Lagoa das Patas, o Viveiro da Falca e o Monte Brasil, no concelho de Angra do Heroísmo.




















Outra oferta à Chica Ilhéu

27.07.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

À neta Maria

Na relva a brincar
Vi uma estrelinha
Deixei-me ficar
Porque ela é rainha.

Tinha muito encanto
Com aves em torno
O sossego é tanto
E o campo é morno.

Maria brincava
Perto da Lagoa
Sua avó estava
Ali em pessoa.

Ela é tão parecida
Com sua avó Chica
É boneca tecida
E que bem lhe fica.

Rosa Silva ("Azoriana")