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Amo tanto a nossa
Terra
Que do mar até à serra
Tem gente de bom valor
Vivem das
suas touradas
Honram as festas sagradas
Seja lá aonde
for.
Neste gosto fui gerada
Com outra ilha ancorada
À
lava dos meus mistérios
Sinto bravo o coração
Que me jorra este
vulcão
De veros basaltos sérios.
Quem me ama e
estima
Divulga a minha rima
Com ternura e carinho
Oxalá não
arrefeça
E mais tarde alguém esqueça
A moldura do meu
ninho.
É grande felicidade
Ter ganho a amizade
De quem
partilha o torrão
Doravante já não sei
Se é sonho ou se
acordei
No céu da minha paixão.
Rosa Silva
("Azoriana")
Aos amigos e amigas
Desta sala intemporal
Trago versos, sem fadigas,
Com flores do meu quintal.
Se em versos me compasso
Com ares de cortesia
É por ver que nesse espaço
Há grande diplomacia.
(...)
Sou do campo, sou da ilha,
Trago o mar todo no peito,
Trago o sabor da rosquilha
Que nos dá gostoso efeito.
Trago rosas aos milhares,
Trago flores em botão,
E trago destes lugares
A alma duma canção.
Trago sorrisos rasgados,
Trago o canto de luar,
Trago abraços apertados
Para quem p'ra mim olhar.
E levo a vossa graça,
Vossa estima, vosso amor;
Levo tudo o que vos faça
Saudade, pena ou dor.
E com dor me aparto agora
Do solar da poesia...
Efigênia, a fundadora,
Alicerce da Academia,
Que tenha a toda a hora
A fortuna da alegria.
E a todos por igual
Um abraço lisonjeiro
Da ilha de Portugal
Com olhar ao estrangeiro:
Terceira, nome ordinal,
Dos Açores por inteiro!
Rosa Silva ("Azoriana")
No cais terno do luar |
O bom vício de
blogar
Pegou-nos de tal maneira
Que se quisermos parar
Vem a
volta tão certeira.
Teus poemas e sabores,
Chica e musicalidades,
Absorvem os teus valores
E
nossas regionalidades.
É bonito ver-te assim,
Com gosto pelo o
que é teu
E tenho cá para mim
Que mereces um troféu.
O
SAPO que é tão amigo
E hospeda os utentes
Na SOPA põe cada
artigo
No Destaque os resistentes.
Repara bem, ó
amiga,
Basta trocar as vogais,
SAPO e SOPA na
cantiga
Incentivam muito mais.
Há por aí mais hospedeiros
Mas
o SAPO é
português,
E também é dos primeiros
Que atende cada
freguês.
Volta e meia faz furor
Inovando suas acções
Esse
"batráquio" tem valor
E junta os corações.
O coração de
bloguista
Bate forte e ritmado
E mais leitores conquista
Se
estiver muito asseado.
O asseio do padrão,
"Template" assim se chama,
Merece uma
ovação
Quem bem faz e não reclama.
Nunca se tire o
valor
Dos produtos de raiz:
Seja perito ou amador
Cada blogue
tem matriz.
E a matriz, querida amiga,
Dos blogues dos terceirenses,
Tem a força da
cantiga
Tem a alma destas gentes.
Gente que sempre
labuta,
Não vira o rosto a nada,
Trabalha e bem desfruta
Da
aurora e madrugada.
É no rosto da aurora
E no tom da
madrugada
Que a Virgem Nossa Senhora
Nos dá em troco de nada
A
inspiração que agora
Se despede emocionada.
Adeus, Chica,
adeus mana,
Bloguemos com muito afinco,
Não se sabe dia ou
semana
Que se deitará um trinco:
Se há chave p'ra
Azoriana
Com ela agora brinco.
Eu amo de tal maneira
Esta
veia repentista
Que me nasceu na Terceira
Por via de ser
bloguista...
Descobri que é verdadeira
E gosta de estar à
vista.
Se me vires mais calada,
Sem produzir ou
blogar,
Ou fugiu a madrugada
Ou serei bruma do mar;
Nesta
hora estou varada
No cais terno do luar.
Rosa Silva
("Azoriana")