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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Louvo Humberta Silva

30.08.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

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A mãe está no Céu
No recado que me deu
Enquanto meu chão mondava;
Dizia que a sua filha,
Com mão para a rosquilha,
Era quem dela bem tratava.

Se a outra filha a canta
É porque a mãe já é santa
Num reino cheio de paz;
A vida cá continua
Mesmo que em outra rua
Nova luz então se faz.
 
Louvo a Humberta Maria
Por tudo o que ela fazia
Enquanto a mãe foi viva;
Louvo o filho e o marido
Por terem compreendido
A faceta que se priva.
 
E privo o maior sofrimento
Que me deixa sem alento
Nas horas negras da vida.
Dizer-lhe isto frente-a-frente
Não é tão eficiente:
Bem-haja "piquena" q'rida!
 
Rosa Silva ("Azoriana")

Perante o sofrimento

30.08.09 | Rosa Silva ("Azoriana")

Li, e voltei a ler, uma notícia da actualidade no jornal "A União" sobre as idosas visitadas pelas "meninas da junta", como são gentilmente chamadas por quem as recebe com carinho em troca do mesmo. O autor da notícia fez-me emocionar com a clareza e sentimento da notícia.

É de louvar: o apoio das Meninas, o Centro Social e Junta de Freguesia de São Bento, e o espírito do autor da notícia. Não é nada fácil enfrentar um quadro de sofrimento, eu que o diga. Por mim, já não consigo ver sofrer. Vi o sofrimento bater à porta da minha família por volta dos meus 12 anos... Foi até ao ano de 2003, com a morte da minha mãe, numa cama de hospital, no próprio hospital... A minha dor e remorso é não conseguir lidar e ver o sofrimento... Internamente morro e fico impotente, as forças caem-me. O que farei quando estiver nesse átrio?! Penso que não chego a velha, mas se chegar e se tivesse o apoio das "meninas da junta", se as houver, desde já um grande agradecimento merecem.

Há que ter vocação e saber enfrentar a pior fase da vida. Há que saber dar um sorriso, sem chorar, a quem já não consegue sorrir...

A mim, perante casos de sofrimento, o que acontece é chorar convulsivamente ao ponto de ter de ser consolada ou me afastar para não me verem assim...

O que é certo é que o autor da notícia teceu em mim um quadro de ternura pelas "velhinhas" (uma em especial) e pelas "meninas da junta".

Que a Senhora dos Milagres seja o seu amparo e continue a dar o Sorriso...