Ter Coração serretense
Até prova em contrário, nascer serretense dá um cariz diferente e ande por onde andar jamais perderá essa fonte. Por várias vezes tentei não escrever (digo, rimar) sobre esta localidade terceirense mas sem sucesso. É um fervor difícil de apagar.
Há quem mude de residência por força de circunstâncias, como eu; há quem emigre à procura de novos horizontes, mas duvido que esqueça ou deixe de pronunciar: a "minha"/nossa Serreta!
Aos emigrantes até dói o coração nestas vésperas, ávidos de notícias sobre a sua Mãe Padroeira. Quem conhece o caminho para o motor de busca, ou para este humilde blog, procura por - Festa da Senhora dos Milagres da Serreta 2009, e acho que não encontra, ainda, a novidade. Aguarde-se por melhor hora, pacientemente, ou muitos até já saberão responder. Eu que badalei tanto, conforme o eco da minha falecida mãe, não sei de nada, apenas pressinto que o programa não foge ao habitual.
Há uma coisa que, no entretanto, me ressalta e quase magoa: porque será que não se fazem homenagens a pessoas que tanto deram e dão de si à freguesia? Estou-me a lembrar de alguns... E talvez houvesse lágrimas de alegria e sorrisos de emoção. Mas isso seria "ressuscitar" quem já se foi e os vivos são todos dignos de lembrança.
As homenagens querem-se em vida. A maior homenagem é quando olhamos para A Mãe e a vemos sorrir. Olhem que nem sempre isso acontece... Depende do lado que A vemos.
Bem-haja para quem pode e A vem/vai ver. É simplesmente uma pequenina Imagem mas tem o Coração maior do mundo crente: o ser serretense!
Rosa Silva ("Azoriana")