Logo de manhã...
De manhã começa o dia
Já diziam os antigos
A mim até dá azia
Quando me vejo em castigos.
São os buracos na rua
A urbana atrapalhada
A água em mim actua
Se for com a madrugada.
E já nem posso postar
As rimas de quase tudo
Podem delas não gostar...
O aparelho está mudo!
Agora como vai ser,
Para blogar do meu jeito?!
Só se eu amanhecer
No verso que vem a eito.
Mas a eito e amiúde
É quando faço uma pausa
Para suster a saúde
Que nos põe tudo em causa.
Os males da actualidade
Fazem construir tabelas
E p'ra falar a verdade
Vejo-me aflita com elas.
E a ilha está tão bela
Numa paisagem vistosa
Parece uma donzela
Com uma bonita rosa.
As rosas têm seus espinhos
P'ra melhor se aguentarem
Suas pétalas dão carinhos
Aos que nelas bem tocarem.
Uma rosa ornamenta
Qualquer jarra ou altar
Mas no jardim se sustenta
E mais se pode olhar.
Minha rosa preferida
Tem cor rubra, de veludo
E será sempre a escolhida
P'ró amor que vale tudo.
O amor é um bem-querer,
Um carinho, uma ilusão,
E quanto mais se viver
Mais ele crescerá então.
O amor é intemporal
Aos poucos ganha alicerce
E uma cor jovial
Como se fosse alperce.
Rosa Silva ("Azoriana")