A Casa da Tia Vieira
Trouxe um role de saudades
À prima neta da Terceira
Que a abraçou noutras idades.
Só a D. Margarida
Não me consigo lembrar
Mas de certeza é querida
Pelo povo que ama o mar.
Santo Amaro, picaroto,
Uma conchinha de amor
Que fica sempre no goto
De quem lhe dá mais valor.
Bem queria a meu avô,
Por seu jeito mui pacato
Lembro que nos visitou
Tanto revi seu retrato.
Carlos seu filho partiu
Para outra dimensão
Amaro, outro que seguiu
Para a última mansão.
Conte, conte mais histórias
Que o tempo apagou
Vai avivando memórias
E o amor que nos ficou.
Na "Tribuna Portuguesa"
Na quinzena de Outubro
Quotidianos de beleza
Que me beijaram ao rubro.
A saudade nos assalta
Quando toca cenas de vida:
Um bem-haja me ressalta
Para a D. Margarida!
Rosa Silva ("Azoriana")