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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Azoriana (s)em livro...

30.10.09 | Rosa Silva ("Azoriana")
Esta a resposta a um e-mail recebido que me veio lembrar a tristeza que é não colocar as coisinhas que vou produzindo em livro. Tudo se irá perder muito provavelmente porque outras prioridades se levantam e os euros estão, sobretudo para mim, contadinhos até ao último cêntimo. As rimas são ainda as minhas tábuas de escape para a nostalgia.

MHelena:

Há gente que é bafejada
Pela sorte de boa lua
Por mim fico desencantada
Pela que em mim actua.

"AZORIANA EM LIVRO" era
E é sonho que acalento
Venha nalguma primavera
Ou numa estação de vento?!

Se cada pessoa desse
Um vintém antecipado
Logo uma quadra merece
Pelo bem que me foi dado.

Mas da forma que o mundo
Ando pobre, sem vintém,
Fica o livro vagabundo
Do papel que lhe quer bem.

Agradeço de coração
A sua boa vontade
E toda a dedicação
Que me trata de verdade.

A "Autores Editora"
Faz brilhar novas brochuras
É digna e merecedora
De gratidão das criaturas.

Traz sorrisos aos autores
E é feliz por produzir
Livros lindos p'ros leitores
Gostarem de descobrir.

Eu não vou bater às portas
De ninguém para pedir
Muitas delas estão mortas
E outras a sucumbir.

Tenho uma estrela no céu
Que zela p'lo meu viver:
Tem a alma de ilhéu
E foi quem me deu o ser.

Um pai de olhar anil
Também zelará por mim,
Sou sua filha de Abril
Que chorou pelo seu fim.

Amarrado numa cama,
Num delírio inconformado,
Plantou em mim o que se chama
Amor ao que foi deixado.

E da Ponta do Queimado
Ao Porto de Santo Amaro
Vai um abraço apertado
E que Deus lhes dê amparo.

Bom Pão-por-Deus!
Um abraço grande
Rosa Maria

Nota: Vem aí o "Pão-por-Deus"

Lágrimas vão nas saquinhas
De quem já não tem parentes;
Crianças são andorinhas
Em bando p'las nossas gentes.

O "Pão-por-Deus" é honrado
E segue uma tradição:
O valor de um rebuçado
É como um beijo de irmão.

E também se dão castanhas,
Milho, massa ou moedinhas,
E com trancas tu apanhas
Se as almas ficam sozinhas.

Um costume açoriano
Uma tradição antiga
É só uma vez por ano
Que o finado nos instiga
A dar um pouco do pano
Que a um finado abriga.

E a quantos já partiram
Para o reino dos céus
Por Novembro sempre viram
As saquinhas dos ilhéus
Nas crianças que pediram
Uma "esmolinha pa'mor Deus".

Rosa Silva ("Azoriana")