"DEUS PERDOA SEMPRE, O HOMEM PERDOA ÀS VEZES, A NATUREZA NUNCA PERDOA"
Deus perdoa sempre e a palavra chave é arrependimento.
O homem perdoa às vezes. A palavra chave é compreensão.
A natureza nunca perdoa. A sua fúria é avassaladora e não dá hipótese de tréguas. Viver em ilhas tem tanto de belo como de trágico, quando a natureza se revolta e estraga o que o homem construiu, por vezes, com alguma incúria, o que leva a ter de reconstruir com melhor ordenamento.
Portugal tem sido fustigado por algumas forças da natureza que atingem sobretudo as ilhas dos Açores e, ontem, a Madeira. Por muito que se tente não dramatizar o drama, ele está patente perante os olhares do mundo. A multimédia é outra das forças invencíveis, desde que esteja ao alcance da população mundial. Depois é só uma questão de passar a palavra e o lamento toma proporções alastradoras.
É a natureza a falar mais alto que a vontade do próprio homem. É a dor, o luto, as lágrimas que se juntam às lamas que levam tudo à sua frente e deixam um rasto de destruição. Há que ter esperança e arregaçar as mangas porque todos já sabemos que perante uma tragédia há que começar de novo para os que cá ficam... Começar de novo é a palavra chave para as zonas afectadas da ilha da Madeira.
Um dilúvio tempestuoso sem aviso prévio é sempre uma desgraça porque somos pequenos seres no meio de um punhado de terra rodeada de mar.