Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Ultimamente não me afago com a criatividade escrita. Ela anda lenta tanto quanto eu. Virei-me para o crochet na esperança de produzir embelezamento para um móvel novo que sempre desejei. Há quem diga que mais valia Portugal declarar a falência devido à vastidão da crise económica. Por um lado, seria muito bom. Eu ando em crise económica há algum tempo e vou-me contentando com pouco. "Quem não vê, não sente", ouvi alguém dizer. De certa forma, concordo. Quem está habituado a viver com parcos recursos não sente tanto a transição que se adivinha.
A receita anda muito colada na despesa e não prevejo que se consiga colocar moeda em mealheiro. Os novos sobrevivem graças aos antigos. A vida de hoje comparada com a de ontem é um salve-se quem puder mas julgo que a salvação está muito perto de estoirar.
Estou com saudades dos vossos comentários. Será que vocês têm saudades da minha rima? A rima é meu comprimido de ânimo e faz-me muito mais feliz que a prosa.
Dedicado - com carinho - à distinta poetisa Rosa Maria, de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira de Açores.
Rosa Clarpúnia, a flor de Júlio César, formosa Cláudia, o lírio de Pilatos. lindas mulheres! Mais que exemplos natos!... foi bem por eles que eu ousei casar!
Lá nos Açores há rosas e extratos que mandam brisas letras pelo mar, com poesias pela água e ar, pois nos Açores, letras são regatos.
Se julgarmos por esta sua Filha, é a Ilha Terceira, a maior ilha, em paz, cultura e em civilidade...
Rosa Maria traz-nos, com seus versos seus amores profundos, submersos, para a mais fina flor da claridade.
Um café concerto intitulado «Cantigas de abril e versos mil» decorre no próximo sábado, a partir das 21h00, na sede da Associação Cultural do Porto Judeu."
É o que nos dá conta o Diário Insular da mui nobre cidade de Angra do Heroísmo.
Se tudo correr bem lá estarei porque tenho um pressentimento que vão haver umas surpresas lá para o fim do evento que canta o 25 de Abril de 1974, trinta e seis anos depois.
O blog do amigo bloguista, Luís Nunes, de "Ideias e Ideais" dá-nos o sumário informativo do evento.
P.S.: Num dia que a chuva cai como pérolas adornando as flores de Abril que hoje fazem anos. Sei de uma dessa flores que hoje está usufruindo de mais uma primavera molhada. Que o Sol entre no coração mesmo que não exponha os seus radiosos ares.
Hoje também se comemora 510 anos do descobrimento do Brasil. Foi-me relembrado pelo poema de Euclides Cavaco, um amigo poeta luso-canadiano que elogio frequentemente e que merece toda a nossa estima.
Passei por Versos e Quadrinhas Mas não vi tudo a eito Se quiser algumas minhas Pode pedir com bom jeito Elas são como andorinhas Que sobrevoam meu peito.
Intercâmbio cultural É um passo interessante De onde é afinal É de cá ou emigrante? Se for de lá não faz mal Torna-se mais importante.
Agora voam sextilhas Feitas com alguma pressa Levam perfume das ilhas Na lilás tudo começa No Bodo e nas rosquilhas Na romaria com promessa.
Volte sempre ao meu cantinho Que canta por entrelinhas Dou-lhe versos de carinho Com um sorriso nas linhas Na rima não está sozinho Enquanto lembrar das minhas.
Rosa Silva ("Azoriana")
Nota: Dedicatória a quem gosta de Rima. Quem sabe se o autor de Versos e Quadrinhas me convida para madrinha de um blog na plataforma portuguesa SAPO. É que já tenho alguns afilhados e venham mais, se faz favor.