Qual o evento digno para celebrar o "Centenário do Nascimento de Charrua"?
Alguém faz o favor de me informar qual o evento digno para celebrar o "Centenário do Nascimento de Charrua"? É que o dia está a aproximar-se (24 de Junho) e não ouço falar de comemorações.
Sei que não sou alta individualidade nem entidade oficial da Região Autónoma dos Açores mas sou uma cidadã que tem badalado a todos os ventos sobre este assunto sem receber "feed-back" certo e convincente. Um blog é um blog mas tem visões diversas e é uma marca, neste caso, regional, local e individual. São os Açores, região a que pertenço, Angra do Heroísmo, o concelho onde resido, e sou Açoriana (Azoriana) de alma e coração. Terceirense de rimas e pouca prosa com um olhar à sua localidade de origem - Serreta.
A freguesia da Serreta é vizinha da freguesia das Cinco Ribeiras, onde nasceu José de Sousa Brasil "Charrua", que não conheci ao vivo mas muito dele ouvi e li. O sobrinho, Mário Costa, autor do livro "Turlu e Charrua - Confidências" também me afirma que:
"Olá Rosa.
O centenário do nascimento do Charrua merece ser celebrado.
O Charrua deve ser lembrado como maior poeta popular de sempre dos Açores. Como autor do livro Turlu e Charrua, penso que já é tempo da Junta de freguesia das 5 Ribeiras fazer algo pelo nome de um dos seus mais famosos filhos. Se precisarem de livros para essa homenagem entrem em contato comigo."
No Facebook há um grupo que criei para o efeito que já tem um número jeitoso de simpatizantes. Espero contar com mais gente e, por gentileza, indicarem a melhor forma de o homenagear.
Os jornais, a rádio, a televisão, as revistas, isto é, toda a comunicação social pode intervir nesta vontade que não é só minha mas de um punhado de amigos e cantadores do improviso que bem o conheceram e foram companheiros das cantigas ao desafio. Muitos sabem de cor as suas melhores quadras.
Bem-haja o homem que levou os Açores, a ilha e as Cinco Ribeiras no coração e nem um epitáfio tem na sua última morada (ou já terá?):
Os ossos não valem nada
E em pó se transformaram
Mas da pessoa amada
Os ossos nunca abalaram.
Quem canta de coração
E deixa em nós lembrança
Numa póstuma ovação
É cenário de esperança.
Um dia vamos cantar
Juntos noutra dimensão
Charrua irá saudar
As quadras que ora lhe dão.
Quinta-feira do Pezinho
Em Angra do Heroísmo
Virão todos com carinho
Dar-lhe a graça do lirismo?
Rosa Silva ("Azoriana")