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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Festas de Santo António 2010 - Freguesia das Cinco Ribeiras, Concelho de Angra do Heroísmo

09.08.10 | Rosa Silva ("Azoriana")
A Comissão de Festas de Santo António 2010 já divulgou o programa através de um panfleto, que encontrei no balcão onde os queijos da vaquinha se podem provar e apreciar. Não resisti e trouxe um comigo.

Após dar uma olhada, chamou-me especial atenção o programado para o Dia da Freguesia, que coincide com o sábado, dia 14 de Agosto. Começam pelas 10 horas no Tentadero do Pico da Bagacina, com direito a beberete e animação do grupo "Só Fórró". Tenho cá para mim que esta animação se prolongará até serem horas da abertura da iluminação e bazar, pelas 20:30, bem como a abertura da exposição de fotografias antigas e a feira agrícola. Pelas 21:00 desfilarão as Forças Vivas da Freguesia e o cortejo etnográfico "Recordar a Aldeia Branca".

Mas o que me chamou mesmo a atenção, planeado para as 22:00, é a Homenagem pelo Centenário de nascimento comemorativo de José de Sousa Brasil "Charrua" como também dos missionários Monsenhor Cónego José Machado Lourenço e Padre Januário Coelho da Silva. Destes, confesso, que sei bem pouco, o mesmo não poderei dizer de Charrua. É que eu não o ouvi em vida, não o conheci pessoalmente e nem o cumprimentei com aquele olhar de quem aprecia à brava essa arte popular de que ele foi rei, mas após a leitura, por mais do que uma vez, do livro "Aurora e Sol Nascente", é impossível não se ficar a conhecer o cantador que já me fez lavrar muitas letras por terras tecnológicas.

Charrua atrai-me, sobretudo, pelo código que tinha com a Turlu em circunstâncias passadas: ele chamava-a de "Aurora" e ela alcunhava-o de "Sol Nascente". Pensando bem, estes códigos têm alguma conotação comum: o nascer de um amor que se efectivou na viuvez de ambos. E o amor atrai versos e rimas e leva um povo a seguir-lhes as pegadas. As rimas são uma melodia airosa que torna tudo belo e apetecível. As rimas, se Deus quiser, hão-de dar-me coragem suficiente para subir ao palco da cantoria junto com os cantadores convidados para honrar este dia. Por isso, peço a quem gosta desta forma de actuar, que apareça para nos ver brotar reflexos da linha do horizonte que se enfeita de luz e cores quentes anunciando a chegada da "Aurora" e do "Sol Nascente" aos corações de um punhado de ilhéus.

A ilha de alvorada

A ilha toda se junta
Quando toca um louvor
E de belos versos unta
A mensagem do amor.

Um amor resplandecente
Unido de versos e rimas
Do passado traz ao presente
Os seres que mais estimas.

A ilha toda se junta
No terreiro da saudade
Em harmonia conjunta
Se canta com amizade.

"Aurora" e "Sol Nascente"
Para sempre se uniram
E brilham eternamente
Porque mais alto subiram.

Este amor que me cativa
Nos meus versos repentistas
Manterei enquanto viva
Por estes grandes artistas.

A cultura popular
Com glórias açorianas
Para sempre vai andar
Nos pilares das semanas.

Rosa Silva ("Azoriana")