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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Cantoria do Terreiro, na Sociedade da Serreta. O dia seguinte...

10.10.10 | Rosa Silva ("Azoriana")

PARTE I

 

Minha cantiga é humilde

E nem sempre bem me sai:

Canto à Manuela, da Benilde,

E a Manuel Simões, seu pai.

 

PARTE II

 

A todos os emigrantes

Naturais da freguesia

Pena que estejam distantes

Nestes momentos de folia.

 

Na Serreta, estreei ontem,

No Bar da Sociedade,

Pro ano espero que contem

Com novo canto de amizade.

 

E quem lembra do "Palhito",

Meu primo por afinidade,

Vai saber como é bonito

Pertencer à Sociedade.

 

   

Foram quatro cantadores

Residentes na Freguesia

Bem como três tocadores

Que prezaram a melodia.

 

Sociedade Serretense

De músicos com valores

O "Terreiro" onde então vence

A amizade de amadores.

 

   

O Ruben, o Marco e o Pires

Tocaram sem quaisquer medos

Mas também não te admires

Por terem calos nos dedos.

 

Cantadores e/ou amadores

Abrilhantam a Tourada

Que na Terceira - Açores

Tem o dom de ser cantada.

 

   

A noite até foi medonha

De gargalhadas e atenções

Bendita seja a "cegonha"

Que trouxe o Manuel Simões.

 

Foi uma noite luminosa

Para pais, filhos ou netos,

Nova estreia desta Rosa

No Cantinho dos afectos.

 

   

Homem calmo e honesto

Com amor ao que é seu

Grata homenagem lhe presto

Por ter nascido em Porto Judeu.

 

Dou Vivas à Comissão,

Que mantém este prazer

E aos da próxima missão

Não deixem isto se perder.

 

   

Quando chegou a minha vez

De entrar com o meu preito

Foi ele que então me fez

Cantigas de classe e jeito.

 

A crise é um impecilho

Que alastra sem cessar

Mas dá gosto ver um filho

A aprender a festejar.

 

   

É pena que ele não cante

Nos palcos da ilha inteira

E o seu nome não se levante

Pr'além da ilha Terceira.

 

Fui feliz no aniversário

Do Pipoca, meu benjamim,

Registo no meu diário

Os Parabéns antes do fim.

 

   

Boas quadras e sextilhas

Içaram a gaitadaria

Faz das suas redondilhas

Elevada cantoria.

 

Toda a gente lhe cantou

Uníssono de alegria

Perante ele se revelou

Soberana cortesia.

 

   

"Palhito", também se apruma

Nesta arte espontânea

Tive pena que só em suma

Cantasse à conterrânea.

 

Não me posso ir embora

Deste amor ao improviso

Estou grata à criadora

Por me dar o seu sorriso.

 

   

José Jorge e "Rosalinha"

De seu nome José Henrique

Em parte alguma se alinha

Como eles no despique.

 

O sorriso da ternura

Encanta qualquer coração

Mas o desta aventura

Entra na recordação.

 

   

Se souberem o que é amar

O valor da tradição

Podem todos aclamar

Estes dois pela lição.

 

A Serreta tem pouca gente

Mas chama o forasteiro

Que ali tem sua semente

E que preza o seu Terreiro.

 

   

Lição de patriotismo

Pela brava cantoria

Mesmo que falhe o lirismo

Ganham em gaitadaria.

Por agora aqui termino

Como fiz frente à Bandeira

Que a Graça do Divino

Proteja quem tive à beira.

   
2010/10/09 Rosa Silva ("Azoriana")