OE numa fuga para a frente...
O Orçamento de Estado
É impasse verdadeiro:
Cada um para seu lado
Defendendo o seu terreiro.
Meus senhores escutai
Vossa voz da consciência
De certeza que não cai
Na valeta, em consequência.
Quem tem o seu ordenado
Ou carteira recheada
Perde a noção do bocado
Daqueles que não tem nada.
Os ricos de antigamente
São os pobres de hoje em dia;
Outros há que no presente
Têm algo de garantia.
Não pensem só na receita
Controlem mais a despesa
A conversão que foi feita
Veio à tona concerteza.
O euro é enganador
Leva tudo a seu jeito
O pobre trabalhador
Não vê nele bom efeito.
Empolaram as despesas
Com os impostos crescendo
Deixem-se de realezas
Aqueles que as estão vivendo.
Esta minha opinião
Não penso que vos moleste
Que vibre na ocasião
O que a rima me investe.
Rosa Silva ("Azoriana")