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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Bom dia!

08.11.10 | Rosa Silva ("Azoriana")

A aurora floresceu sorrindo ao sol. O dia cantou tal qual um rouxinol. A vida correu na senda de iniciar mais uma tarefa de agenda. Mal sabia ela que iria encontrar uma união quase perfeita. O seu país não quisera, no passado, pertencer ao vizinho. Agora dá um aperto de mão a um mais distante e cuja língua é tão diferente da sua. São negócios. E negócios querem-se vantajosos.

 

Este acordo merecia uma nova disciplina escolar. Este aperto de mão liberta um pouco o sufoco em que a nação anda. Mas o que interessa é sair dele e ver uma luz ao fundo da fronteira. O dia está bonito. O sol também. A vida continua até que venha mais uma noite de insónias. Talvez se sonhe com uma aula chinesa, com uma palavra chinesa, com um sorriso chinês, com um cheiro chinês... e se acorde com a aurora florescendo num sorriso abafado por alguma nesga de nevoeiro... português.

 

Outrora, a estas horas, já meio mundo português tinha ido ordenhar as vacas, carregando latas cheias de alegria incontida; já meio mundo português tinha lavado uma pia de roupa e aproveitava o sorriso do sol para estender nas linhas da esperança; já meio mundo português tinha colocado o moinho a moer o trigo e o milho que, mais tarde, seria peneirado e posto num alguidar para amassar o pão que iria saciar as bocas de uma família recheada de membros festivos, cujo paladar cantava na côdea fresquinha acabada de sair do forno de lenha trazida pelos braços do trabalho feito por amor ao campo, onde crescia o tesouro de uma vida suada...

 

Outrora trabalhava-se de sol a sol, com suor, credos, lágrimas de felicidade porque nascia a aurora com o sol da fartura. Hoje tudo nasce, tudo vive e será que tudo gosta de ver passar a fartura de um negócio chinês? Talvez... Porque são as opções de vida do povo português...