Dia de São Martinho (vai à Adega e... canta)
Doce espinho
O dinheiro é uma tortura Para quem gosta da vida Nem sequer nossa cultura Brilha de forma querida.
Andamos a mendigar Uns trocos pras algibeiras Nem chegamos a ganhar Coisa de ir além fronteiras.
A sorte é coisa pouca Se não veio virada à lua Há quem diga que sou louca Por querer cantar na rua.
Na rua já fui cantar E senti-me venturosa Porque este dom de rimar É doce espinho de rosa. | Dia de São Martinho
Ó querido São Martinho Dá-me um pouco do teu sol Com um bom copo de vinho Cantas como um rouxinol.
A sardinha entra no canto Assada em boa lenha Bendito seja o Santo Que aquece a castanha.
Castanhas, vinho e sardinhas, Sol espalhando amizade No solar das quadras minhas Abraço a comunidade.
Ó querida ilha Terceira, Fortaleza do magusto, Feliz estou, à tua beira, Neste momento augusto. |
Rosa Silva ("Azoriana")