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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Texto morno

13.11.10 | Rosa Silva ("Azoriana")

Empurrei o pano da tristeza e alegrei-me na ventura do copo matinal. O dia amanheceu coroado da vontade de continuar tingindo as linhas da novidade próxima. Sequei as lágrimas de odes antigas e continuei o trajecto das rimas coloridas da pr.oximidade natalícia. Vesti o traje que obriga à rotina de mais um sábado. É o meu dia de excelência para nada ou coisa alguma. É o dia de esperar que a noite caia de mansinho no timbre de uma viola que ao avistar o companheiro violão, se apruma no "trin-trin-trin" de mais um "vício" de desafiar o desafiado, afinado.


E canta a minha alma repousada no beira da tarde. Escorregam os dedos na caminho das teclas, num ritmo atinado e escorrega o suco de mais uma semana de enxaqueca da palavra.


Os ares ainda não me consolaram nem à pele franzida de sono. Deixei-me ficar na pousada quente. A porta entreaberta trouxe-me o rescaldo da frieza campestre.

 

As castanhas deixaram o rasto de outono. As folhas teimam em alourar o chão que agradece, tingindo-se. Eu insisto em ficar retida nas delícias de um texto morno. Abraço mais uma palavra. Componho o verso que te dou, impune. E sonho... Sonho na volta do canto do improviso, na noite fria aquecida por olhares esguios, voltados para a viola, o violão e o seio da canção vestida de rima. A rima que deixo que me beije qual companheiro de insónias.


Casa da Azoriana
13 de Novembro de 2010
14:24