Rosa das rimas (assim me chamam)
Levanto as marés de um sorriso
Que manca no formato de um rosto
Que até se queria hoje bem ao gosto
Das cores que chamam o improviso.
Rosado é este chão por onde piso,
Nas noites e nos dias sempre a mosto,
Na senda de encobrir algum desgosto;
[Disfarce só acolho quando preciso].
E tomba-me, ao de leve, o horizonte
Da graça que me dás e, quase a monte,
A escrita que liberto ao pensamento.
E deixo voar, livre, o teu perfume,
Por ser rosa das rimas (sem queixume)
Por ser do verso o dom do teu momento.
Rosa Silva ("Azoriana")
Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=17246
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