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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Agradecimento pelo 1º Destaque de 2011

12.01.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Destaque de Janeiro 2011

Aproveito a ocasião,
Sobre a Personalização,
Para vos agradecer
O Destaque de Janeiro
Na semana de nevoeiro
Que nos faz adormecer.

Aos doze dias eu vejo,
Nem sei de quem o ensejo,
O meu blog vir à tona;
Nosso SAPO é a riqueza
Desta Sopa Portuguesa
Que alegra qualquer zona.

O SAPO eu quero ver
Em Abril, do meu prazer,
Com um livro da Azoriana:
Podem vir do Continente
Visitar a nossa gente
No início da semana.

A Serreta vos acolhe,
São Carlos também recolhe
Os amigos cordiais;
Se vier representante
Ficará tão radiante
A casa dos Folhadais.

E sincera gratidão
Brotará do coração
Da vossa amiga bloguista.
Sete anos a escrever
A rima que vai viver
Graças à Equipa que a lista.

Melhores agradecimentos a toda a Equipa do "SAPINHO" {#emotions_dlg.kiss}

 

Rosa Silva ("Azoriana")

Canta-me a felicidade... num dia mais-que-cinzento

12.01.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

O dia está triste que mete dó. Há bolor cinzento por todas as juntas dos segundos, minutos e horas. Custa muito esta passagem monótona, azeda e com umas trombas que até dá uma agonia de insatisfação. “O mundo nos vê, Deus é que nos conhece, ninguém é como parece”. Puxo pela prosa para não molestar a minha querida rima com esta tristeza aterradora. Gosto do silêncio mas não este. Este tem uma dose exagerada de cinzas.

Tragam-me figos da figueira, tragam-me laranjas da laranjeira, tragam-me pétalas rubras beijadas pelo sol, com alegria e com sorrisos francos. Assim, tal como está o dia, não! Apodreço neste mar tingido de silêncios manchados de cinzentismo. Há um tédio que amorna o ser, frio de um clima triste, pincelado de sombras.

Pelas portas atravessam gritos e uivos, no assobio dos ventos, que balbuciam os horrores da actualidade. De rompante, apetece mergulhar na escuridão da alma e abrir mão desta pacatez amaldiçoada de uma estadia insólita.

Fazes-me falta nas horas tristes de um dia monótono. Procuro por ti neste silêncio saliente mas não encontro o teu olhar lírico. Fico-me no isolamento do verso que não brota. É uma viagem parada no tempo que falta para voltar ao cheiro da terra, à relva salpicada de nevoeiro manso, ao jardim de pedra escolhida para amparar os olhares de quem entra e sai de um lar restaurado pela força do verso rimado…

Fazes-me falta neste cântico rude de letras sem nexo para outrem e, com todo o sentido, para a minha quietude estranha. Beija-me com a fortaleza das odes viris. Não me deixes só… Canta-me um verso luminoso. Canta-me a plenitude da vida...

 

Canta-me a felicidade

Canta-me a felicidade
Sai deste negrume triste
Revela-me a tua vontade
Enquanto a vida existe.

O teu silêncio me afoga
Neste verso sem tempero
Há, por certo, quem advoga
Que silêncio é desespero.

Há quem diga que Janeiro
Retalha todas as frentes
Produzindo o nevoeiro
Que ataca os dias correntes.

Que vai ser desta agonia?!
Que vai ser deste tormento?!
Amparo-me na maresia
Dum dia mais-que-cinzento…

 

Rosa Silva (“Azoriana”)