A poucos dias de votos...
Estamos a três dias de votos. Se fosse hoje nem me apetecia sair de casa. Argumentava que estava frio, não tinha carro, não apetecia vestir outra indumentária que não um pijama, que tinha tarefas urgentes para concluir, etc. Agora daqui a três dias não sei se mudarei de sentimento.
Há quem esteja a viajar (sortudos), há quem simplesmente não queira votar. E porquê? Um descrédito total. E porquê? Porque as vírgulas e os pontos não mudam, os beijos e os abraços mantém-se. Mal a urna dos votos é aberta e contados os mesmos fica tudo mais ou menos no mesmo estado. O Estado é uma pessoa de bem e é democrático.
Que alguém me convença a sair de casa daqui a três dias, se faz favor. Não ouço campanha, não levei beijos nem abraços e só ouço nomes que me levam a pensar na alegria do Carnaval, num crustáceo (cavaco) como petisco, num jogo de bola com um defensor à maneira, no Hino de Portugal (Heróis do mar, nobre povo!), num coelho frito com batatinha a murro, acompanhado por um "Chico Maria" da boa reserva dos nossos Biscoitos. E digam-me lá se não é preferível ficar em casa, no conforto do vale dos lençóis, apreciando tudo isto?!
Ainda vão dizer que estou a apelar à abstenção, mas isso NÃO. A abstenção só serve para depois dizerem que nos Açores ela é a vencedora. Acabemos, pois, com essa ovelha ranhosa da abstenção e Deus nos dê forças (e carro) para sair de casa no próximo Domingo, com um rosto alegre, cantarolando: HERÓIS DO MAR, NOBRE POVO!