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Andam a monte sentenças,
Quebra-cabeças e afins
Mas são mais as desavenças
Com ditos maus ou ruins.
Nosso mundo estará louco
Entre tanta opinião?
Já leio de tudo um pouco
Uns que "SIM" outros que "NÃO".
Haja santa paciência
Para tanta contradição
O peso de consciência
Deve ter-se em atenção.
Sigam o exemplo da Praia
Para bem não há defeito
Mesmo que ela um dia caia
Cai com um corpo perfeito.
Mas Angra do Heroísmo
Quer caia ou seja mantida
Padece de um centrismo
Que lhe enferniza a vida.
Há quem deixe o seu lar
Pra cuidar da nossa gente
E faz tudo para legar
A Angra o que tem em mente.
No centro, a Edilidade,
Com uma mulher presidente,
Toma conta da cidade
Tendo o pormenor presente.
Mas há quem teime em manchar
A laboriosa vida
Que zela e faz por dar
Uma Angra mais querida.
E vou buscar o Aleixo
Que rimava com moral
Por fim, eu aqui vos deixo
A que serve e é especial:
"Anda a galope ou a trote
Uma besta à chicotada
Mas dos homens a chicote
Ninguém pode fazer nada."
Isto tudo para vos dizer
Que com briga nada dura
E não deixem de fazer
Em Angra boa moldura.
A moldura de um país
Vê-se na apresentação
Se o povo está feliz
Luz até o próprio chão.
Embelezem as fachadas
E o rosto de uma cidade
Onde viram ancoradas
Belezas de outra idade.
Uma coisa remendada
Não é bem como uma nova
A obra muito asseada
Já na planta tem a prova
Angra do Heroísmo, 26 Janeiro 2011
Rosa Silva ("Azoriana")