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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Feliz Dia da Mulher na terça-feira de Carnaval 2011

08.03.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

À Anabela Leonardo

 

Anabela representa

Com grande tenacidade

E com seu grupo enfrenta

Maior popularidade.

 

Começa pelo salão

Uma conversa rimada

No palco a actuação

É sempre muito engraçada.

 

Eu louvo Santa Luzia

Da Praia, com etiqueta,

Que fui ver com simpatia

Na Sociedade da Serreta.

 

Eu jamais esquecerei

Que Anabela me abordou;

Lindo o Grupo que foi Rei

E a madrugada fechou.

 

Nossa Bravo Carnaval

Enfeitou horas a fio

Os risos do pessoal

Que satisfeito o seguiu.

 

Ó lilás povo insulano

Cuja rima é tão feliz

Evolui de no para ano

O seu verso de raiz.

 

2011/03/07 - Serreta - Angra do Heroísmo

Rosa Silva ("Azoriana")

 

 

Ao Victor Teixeira

Autor: Victor Teixeira

 

Victor!!!

As tuas rimas são rosas
São pérolas formosas
Que chegam puras ao céu!
Agora tenho a certeza
Que tens a musa em beleza
Cruzando teu verso ilhéu.

Louvas tua rica esposa
Que brilha e no céu repousa
Pra te dar tamanha graça;
Sextilha de bem-querer,
No Carnaval a tecer
O valor que te abraça.

Fico, assim, tão contente,
Com a Vânia sorridente
Olhando por todos nós;
Teus versos encantadores
Dum ilhéu, que é dos Açores,
E ergue alto a voz!

Quero cantar e louvar-te
Bendizer a tua arte
Que surgiu quase mansa:
Um dia tu vais voltar
Ao palco para criar
À Vânia tua própria Dança.

Ouve o teu interior
E pede a Nosso Senhor
Toda a Sua inspiração:
Podes crer, Victor Teixeira,
Que em toda a Terceira
Brilhará a tua actuação.

E à ilha voltarás
Para cantares sua Paz
E também teu coração...
Nunca se deve negar
A quem foi e foi sem dar
A sua última canção.

Rosa Silva ("Azoriana")

 

 

MAGIA DO CARNAVAL

O festival começou
E o nosso povo marcou
O seu lugar predileto
Em cada aldeia ou cidade
Há sorrisos de verdade
E aplausos de afeto.

Também há a cortesia
Que é comum na freguesia
Que bem recebe e oferece
O palco da diversão
Que serve a qualquer função
Sempre que ela acontece.

Carnaval nos contagia
Por isso tem a magia
De juntar gentes e cores:
Do Carnaval pioneira
É mesmo a ilha Terceira
A rainha dos Açores.

Geralmente a tristeza
Faz tréguas ri à beleza
E ao encanto desta gente;
Do palco para a plateia
Há partilha de mão cheia
Da rima que sai contente.

Rosa Silva ("Azoriana")

In Grupos do Google: “Sextante 2” (Serreta na intimidade)

08.03.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

LANÇAMENTO NA SERRETA Rosa Silva solta a rima no seu primeiro livro

 

Publicado na Terça-Feira, dia 08 de Março de 2011, em Atualidade

 

Num mundo de rimas e cadência musical, a poetisa popular Rosa Silva aposta na construção da história da Serreta, da ilha Terceira e dos Açores, não obstante de encontrar-se dedicatórias pessoais sobretudo à sua própria mãe.

 

Tudo começou com a publicação de versos num blog designado por “Azoriana”, que, aos poucos, foram também tomando a forma de “cantigas ao desafio” e, por último, de livro ‘poético-biográfico’ – “Serreta na Intimidade”, o título propõe contar todos os segredos.

 

A rima está para Rosa Silva como Nossa Senhora dos Milagres está para a Serreta. E, no fundo, acaba por ser difícil desassociar a poetisa popular dessa freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, ou não fosse o berço da “fazedora de versos”.

 

Decorridos sete anos da criação do seu blog “Azoriana”, presentemente no ativo, e dos primeiros trabalhos expostos ao olho gigante do mundo virtual, surge a compilação dos versos em livro acompanhados por trechos biográficos que contextualizam as suas palavras criativas. Intitulado “Serreta na Intimidade”, da chancela Turiscon Editora, a primeira obra de Rosa Silva vai aparecer em breve nos escaparates comum objetivo muito próprio.

 

“Fazer homenagem à minha mãe e concretizar o compromisso que eu tinha com ela: divulgar a sua Serreta”, revela a autora à conversa com o nosso jornal, classificando por isso o seu trabalho de “missão” assumida a partir do momento em que a senhora sua mãe, Dona Matilde, verificou existir pouca informação disponível sobre a freguesia.

 

“Na altura, a freguesia estava intimamente ligada ao fenómeno do Vulcão. Mais do que isso e do que a Festa religiosa de Setembro não se conhecia. Então fui à Biblioteca fazer pesquisa e encontrei um livro de carácter histórico. A partir daí comecei a escrever umas quadras mas, sinceramente, não sei como me surgiram”, contextualiza.

 

Depois de publicadas, sem a sua assinatura, recorda, as reações foram imediatas e provenientes dos quatro cantos do mundo. Brasil, Canadá e Estados Unidos da América, entretanto, são os países onde a comunidade emigrante mantém uma ligação permanente por vários motivos como gosto, amizade, informação e saudade.

 

“Não assinava porque sentia-me pouco à vontade a dar-me a conhecer. Mas os seguidores do blog encorajaram-me a fazê-lo. E acabei por criar laços de amizade entre várias pessoas. A comunidade local agora é que vai conhecendo mais um pouco do meu trabalho”, refere a criadora do espaço virtual “Azoriana” acrescentando que, mais tarde, seguiram-lhe outras aventuras no campo da escrita. É autora de letras das canções “Olé, Bravo Taurino”, de Vítor Santos, e “Açores, 9 Aguarelas”, de José Pimentel, bem como escreveu as cantigas de Saudação e Despedida do Bailinho de Carnaval da Terceira Idade dos Biscoitos 2011.

 

“Foi a minha estreia. Por isso esse bailinho vai estar na apresentação do meu livro”, adianta. [Nota: O bailinho não esteve presente por motivos de força maior. Estiveram presentes cantadores de improviso e tocadores da ilha Terceira]

 

Para além de cumprida a promessa original, Rosa Silva espera ter contribuído para a consolidação de um legado, sendo que, salienta, a riqueza cultural, histórica e social agora materializada em livro começa também a ter os seus frutos dentro da sua própria casa.

 

“Tenho três filhos jovens. O mais novo, de 14 anos de idade, aprecia o meu trabalho. E todos já começaram a participar em danças e bailinhos de Carnaval. É bom sinal”, considera a poeta popular.

 

Escrever e cantar

 

Rosa Silva conta que, no tempo da escola primária, não tinha facilidade em escrever poemas e prosa e, certo dia, chegou a casa a chorar tal a sua frustração ao sentir-se incapaz de traçar umas linhas como havia mandado a professora.

 

“Os meus pais é que escreveram a quadra para eu levar no dia seguinte para a escola. Senti-me como se me tivessem salvado a vida”, recorda a poeta popular.

 

Passadas décadas, continua, só deseja concretizar a publicação dos 750 exemplares seu livro “Serreta na Intimidade”, com o apoio de Liduíno Borba da Turiscon Editora, confessando o temor da morte prematura. “Essa possibilidade entristece-me. Fazer algo e não o ver aterroriza-me. Tenho muita vontade em saber a reação das pessoas”, diz.

 

Entretanto, o medo não parece ter tomado conta da autora quando avançou com a ideia de participar ativamente nas “cantigas ao desafio”, em 2008, soltas em público ao lado de cantadores e outros improvisadores simpatizantes que costumam reunir-se de quando em vez nos bares locais.

 

“Pensei, se na escrita a coisa vai bem, pode ser que a cantiga também tenha algum sucesso. Gostei muito e já fui a várias freguesias da ilha”, relembra.

 

Relembra ainda as palavras das cantigas dos cantadores Charrua e Trulu, expressas em livro da autoria de Mário Pereira da Costa, os quais são para Rosa Silva a referência máxima do género.

 

“Li o livro e até chorei. Adorei a obra e fiquei também com uma grande vontade de cantar”, conclui.

 

Lançamento
a 2 de Abril

 

A cerimónia de lançamento do livro “Serreta na Intimidade”, de Rosa Silva, está marcada para o dia 2 de Abril, pelas 19h00, na sede da Sociedade Filarmónica Serretense, e contará com as palavras de Luís Bretão na apresentação da obra.

 

Estará presente o grupo musical Tinotas, a Sociedade Filarmónica Serretense e, ainda, o Bailinho de Carnaval da Terceira Idade dos Biscoitos. [Esteve presente a Filarmónica Recreio Serretense, cantadores de improviso e tocadores. Os outros grupos não se apresentaram no lançamento do livro por impossibilidade.]

 

Assinam o prefácio e o posfácio do livro, respetivamente, Luís Fagundes Duarte e Victor Rui Dores.

 

(UN) Sónia Bettencourt