8 de Março - Uma surpresa n"A União" de Angra do Heroísmo
Obrigada, caríssima amiga Sónia Bettencourt... A tua reportagem está 5 estrelas!
Ainda não estou em mim de contente... OBRIGADA!
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Obrigada, caríssima amiga Sónia Bettencourt... A tua reportagem está 5 estrelas!
Ainda não estou em mim de contente... OBRIGADA!
À Anabela Leonardo
Anabela representa
Com grande tenacidade
E com seu grupo enfrenta
Maior popularidade.
Começa pelo salão
Uma conversa rimada
No palco a actuação
É sempre muito engraçada.
Eu louvo Santa Luzia
Da Praia, com etiqueta,
Que fui ver com simpatia
Na Sociedade da Serreta.
Eu jamais esquecerei
Que Anabela me abordou;
Lindo o Grupo que foi Rei
E a madrugada fechou.
Nossa Bravo Carnaval
Enfeitou horas a fio
Os risos do pessoal
Que satisfeito o seguiu.
Ó lilás povo insulano
Cuja rima é tão feliz
Evolui de no para ano
O seu verso de raiz.
2011/03/07 - Serreta - Angra do Heroísmo
Rosa Silva ("Azoriana")
Ao Victor Teixeira
Victor!!!
As tuas rimas são rosas
São pérolas formosas
Que chegam puras ao céu!
Agora tenho a certeza
Que tens a musa em beleza
Cruzando teu verso ilhéu.
Louvas tua rica esposa
Que brilha e no céu repousa
Pra te dar tamanha graça;
Sextilha de bem-querer,
No Carnaval a tecer
O valor que te abraça.
Fico, assim, tão contente,
Com a Vânia sorridente
Olhando por todos nós;
Teus versos encantadores
Dum ilhéu, que é dos Açores,
E ergue alto a voz!
Quero cantar e louvar-te
Bendizer a tua arte
Que surgiu quase mansa:
Um dia tu vais voltar
Ao palco para criar
À Vânia tua própria Dança.
Ouve o teu interior
E pede a Nosso Senhor
Toda a Sua inspiração:
Podes crer, Victor Teixeira,
Que em toda a Terceira
Brilhará a tua actuação.
E à ilha voltarás
Para cantares sua Paz
E também teu coração...
Nunca se deve negar
A quem foi e foi sem dar
A sua última canção.
Rosa Silva ("Azoriana")
MAGIA DO CARNAVAL O festival começou E o nosso povo marcou O seu lugar predileto Em cada aldeia ou cidade Há sorrisos de verdade E aplausos de afeto. Também há a cortesia Que é comum na freguesia Que bem recebe e oferece O palco da diversão Que serve a qualquer função Sempre que ela acontece. Carnaval nos contagia Por isso tem a magia De juntar gentes e cores: Do Carnaval pioneira É mesmo a ilha Terceira A rainha dos Açores. Geralmente a tristeza Faz tréguas ri à beleza E ao encanto desta gente; Do palco para a plateia Há partilha de mão cheia Da rima que sai contente. Rosa Silva ("Azoriana") |
LANÇAMENTO NA SERRETA Rosa Silva solta a rima no seu primeiro livro
Publicado na Terça-Feira, dia 08 de Março de 2011, em Atualidade
Num mundo de rimas e cadência musical, a poetisa popular Rosa Silva aposta na construção da história da Serreta, da ilha Terceira e dos Açores, não obstante de encontrar-se dedicatórias pessoais sobretudo à sua própria mãe.
Tudo começou com a publicação de versos num blog designado por “Azoriana”, que, aos poucos, foram também tomando a forma de “cantigas ao desafio” e, por último, de livro ‘poético-biográfico’ – “Serreta na Intimidade”, o título propõe contar todos os segredos.
A rima está para Rosa Silva como Nossa Senhora dos Milagres está para a Serreta. E, no fundo, acaba por ser difícil desassociar a poetisa popular dessa freguesia do concelho de Angra do Heroísmo, ou não fosse o berço da “fazedora de versos”.
Decorridos sete anos da criação do seu blog “Azoriana”, presentemente no ativo, e dos primeiros trabalhos expostos ao olho gigante do mundo virtual, surge a compilação dos versos em livro acompanhados por trechos biográficos que contextualizam as suas palavras criativas. Intitulado “Serreta na Intimidade”, da chancela Turiscon Editora, a primeira obra de Rosa Silva vai aparecer em breve nos escaparates comum objetivo muito próprio.
“Fazer homenagem à minha mãe e concretizar o compromisso que eu tinha com ela: divulgar a sua Serreta”, revela a autora à conversa com o nosso jornal, classificando por isso o seu trabalho de “missão” assumida a partir do momento em que a senhora sua mãe, Dona Matilde, verificou existir pouca informação disponível sobre a freguesia.
“Na altura, a freguesia estava intimamente ligada ao fenómeno do Vulcão. Mais do que isso e do que a Festa religiosa de Setembro não se conhecia. Então fui à Biblioteca fazer pesquisa e encontrei um livro de carácter histórico. A partir daí comecei a escrever umas quadras mas, sinceramente, não sei como me surgiram”, contextualiza.
Depois de publicadas, sem a sua assinatura, recorda, as reações foram imediatas e provenientes dos quatro cantos do mundo. Brasil, Canadá e Estados Unidos da América, entretanto, são os países onde a comunidade emigrante mantém uma ligação permanente por vários motivos como gosto, amizade, informação e saudade.
“Não assinava porque sentia-me pouco à vontade a dar-me a conhecer. Mas os seguidores do blog encorajaram-me a fazê-lo. E acabei por criar laços de amizade entre várias pessoas. A comunidade local agora é que vai conhecendo mais um pouco do meu trabalho”, refere a criadora do espaço virtual “Azoriana” acrescentando que, mais tarde, seguiram-lhe outras aventuras no campo da escrita. É autora de letras das canções “Olé, Bravo Taurino”, de Vítor Santos, e “Açores, 9 Aguarelas”, de José Pimentel, bem como escreveu as cantigas de Saudação e Despedida do Bailinho de Carnaval da Terceira Idade dos Biscoitos 2011.
“Foi a minha estreia. Por isso esse bailinho vai estar na apresentação do meu livro”, adianta. [Nota: O bailinho não esteve presente por motivos de força maior. Estiveram presentes cantadores de improviso e tocadores da ilha Terceira]
Para além de cumprida a promessa original, Rosa Silva espera ter contribuído para a consolidação de um legado, sendo que, salienta, a riqueza cultural, histórica e social agora materializada em livro começa também a ter os seus frutos dentro da sua própria casa.
“Tenho três filhos jovens. O mais novo, de 14 anos de idade, aprecia o meu trabalho. E todos já começaram a participar em danças e bailinhos de Carnaval. É bom sinal”, considera a poeta popular.
Escrever e cantar
Rosa Silva conta que, no tempo da escola primária, não tinha facilidade em escrever poemas e prosa e, certo dia, chegou a casa a chorar tal a sua frustração ao sentir-se incapaz de traçar umas linhas como havia mandado a professora.
“Os meus pais é que escreveram a quadra para eu levar no dia seguinte para a escola. Senti-me como se me tivessem salvado a vida”, recorda a poeta popular.
Passadas décadas, continua, só deseja concretizar a publicação dos 750 exemplares seu livro “Serreta na Intimidade”, com o apoio de Liduíno Borba da Turiscon Editora, confessando o temor da morte prematura. “Essa possibilidade entristece-me. Fazer algo e não o ver aterroriza-me. Tenho muita vontade em saber a reação das pessoas”, diz.
Entretanto, o medo não parece ter tomado conta da autora quando avançou com a ideia de participar ativamente nas “cantigas ao desafio”, em 2008, soltas em público ao lado de cantadores e outros improvisadores simpatizantes que costumam reunir-se de quando em vez nos bares locais.
“Pensei, se na escrita a coisa vai bem, pode ser que a cantiga também tenha algum sucesso. Gostei muito e já fui a várias freguesias da ilha”, relembra.
Relembra ainda as palavras das cantigas dos cantadores Charrua e Trulu, expressas em livro da autoria de Mário Pereira da Costa, os quais são para Rosa Silva a referência máxima do género.
“Li o livro e até chorei. Adorei a obra e fiquei também com uma grande vontade de cantar”, conclui.
Lançamento
a 2 de Abril
A cerimónia de lançamento do livro “Serreta na Intimidade”, de Rosa Silva, está marcada para o dia 2 de Abril, pelas 19h00, na sede da Sociedade Filarmónica Serretense, e contará com as palavras de Luís Bretão na apresentação da obra.
Estará presente o grupo musical Tinotas, a Sociedade Filarmónica Serretense e, ainda, o Bailinho de Carnaval da Terceira Idade dos Biscoitos. [Esteve presente a Filarmónica Recreio Serretense, cantadores de improviso e tocadores. Os outros grupos não se apresentaram no lançamento do livro por impossibilidade.]
Assinam o prefácio e o posfácio do livro, respetivamente, Luís Fagundes Duarte e Victor Rui Dores.