Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Como já escrevi há dias, depois da leitura do livro “Turlu e Charrua, Confidências”, do meu amigo Mário Pereira da Costa, ficaram dois desejos: 1 - dignificar e identificar a sepultura de Charrua – José de Sousa Brasil –, no cemitério das Cinco Ribeiras; 2 – trazer para o cemitério de São Mateus os restos mortais da Turlu – Maria Angelina de Sousa.
O primeiro desejo não será difícil de realizar e após uma reunião com a Junta de Freguesia das Cinco Ribeiras, e um telefonema para o meu amigo Luís Salvador, actual presidente da Junta de Freguesia de São Bento, julgo que o assunto poderá ter um final feliz.
Quanto ao trasladar os restos mortais da Turlu de Toronto, Canadá, para São Mateus, a sua freguesia natal, o assunto já é mais complicado, embora não impossível, por envolver uma verba entre os 10.000 e 15.000 dólares canadianas.
Como estava de visita a Toronto, uma das minhas preocupações foi localizar o cemitério e saber das tramitações para que o corpo venha para a ilha Terceira. A informação de qual o cemitério onde estava sepultada a Turlu tinha-nos sido fornecida pelo improvisador José Fernandes, a viver em Toronto, e confirmada pela sobrinha Natal de Sousa, que, quase por acaso, encontrei no I Encontro dos Amigos de São Mateus. Foi o meu primo e cicerone Avelino Teixeira que me levou ao cemitério “Holy Cross Cemetery”, em Toronto, na quarta-feira, dia 4 de Maio, pelas 17 horas, mas os escritórios tinham fechado pelas 16h30m. A grandeza do cemitério e o desconhecimento da localização da campa levou-nos a não ter qualquer veleidade de tentar encontrá-la. Ficou para outro dia, que acabou por ser no sábado, dia 7.
Neste dia, de muito movimento nos escritórios do cemitério, fomos recebidos por um funcionário muito simpático, de nome John Tricarico, de ascendência italiana, que falou com meu primo em inglês, mas que percebia parte do meu português, e nos deu todas as informações solicitadas:
Número: 34833
Nome: Maria Brazil
Proprietário (da sepultura): José Brazil
Data da morte: 5 de Janeiro de 1987
Data do funeral: 7 Janeiro
Secção: 22
Fiada: 58
Sepultura: 73
Custo até sair do Cemitério: perto de 5.000 dólares
Seguindo o mapa fornecido, fomos sem muita dificuldade até ao local da campa. Não encontrávamos o número 73. Depois de uma contagem da esquerda para a direita deduzimos a sua existência por ali. Comecei a remover alguma relva, na zona que me parecia adequada, e a muito custo fui descobrindo o número 73. Estava ali a sepultura de Maria Angelina de Sousa Turlu.
Senti um misto de alegria e tristeza. Alegria porque finalmente tinha descoberto o que procurava há algum tempo e sentia que tinha cumprido uma parte importante desta missão. Tristeza por ver a maior improvisadora dos Açores sepultada numa campa rasa sem qualquer placa identificativa com o seu nome. Nada, apenas o número de sepultura, que nem aparecia, quando por todos os lados do cemitério se vêem campas bem identificadas, mas não todas.
O Presidente da Junta de Freguesia de São Mateus, José Gaspar Lima, já mostrou disponibilidade para apoiar a trasladação para esta freguesia. Vou tentar dar início a esse processo e chegarei até onde for possível, na certeza de que todos os esforços são poucos para tão nobre e importante tarefa.
Aproximam-se dias de angústia. Uma angústia que não é de agora mas que se arrasta de há tempos (nem lembro a data) porque a minha crise já existia (e existe) desde que saí do estado de solteira. A crise é feita de uma bola que vai ganhando uma argamassa volumosa ao ponto de quase estoirar… (Onde é que já se viu um simples bocado de massa com um buraco a meio – vulgo DONETE – custar 1 euro, digo 200,42 escudos?!). Será que nos tempos que correm não há maneira de se fazerem contas com jeito? Acabe-se com a crise porque a crise foi criada por gente. Somos poucos e os mesmos, só mudam algumas ideias mas a atuação acaba por se cingir ao mais do mesmo.
Ora púnhamos em cima da mesa o seguinte:
Um cidadão comum recebe 700 € (setecentos euros) = 140.337,40 (cento e quarenta mil trezentos e trinta e sete escudos e quarenta centavos) por mês.
Tomemos por exemplo o custo de uma donete (simples) = 1 euro = 200,482 escudos.
Em relação àquela receita representa a percentagem de 0,14.
Mas isto, podem-me argumentar, é um simples desejo calórico e que vai fazer mal à saúde. Então, direi eu, porque inventaram as donetes?! E porque se gosta tanto de uma donete e um dos melhores e maiores doces que satisfaz o paladar e o ego? Poderia referir outro doce qualquer ou mesmo um salgado porque o preço não foge muito ao euro, só que piora no tamanho…
Agora pensemos em despesas maiores e necessárias: pagar a prestação mensal da casa, o(s) seguro(s), a electricidade, a água, o gaz, o leite, o pão, os bens essenciais do agregado familiar e respectivos animais domésticos, os produtos de higiene, a farmácia, o transporte para o trabalho (caso viva fora da área laboral), e, ainda, o vestuário, o calçado, alguma necessidade diferente, os vícios tabágicos e outros que porventura tenham…
E também, porque não, as despesas extraordinárias com os peditórios para a festa do local A, B e/ou C, da zona onde está inserido…
Somando isto tudo, tendo em conta uma família de 6 (seis) pessoas, deve rondar uma boa maquia… E nem vale a pena referir que aquela receita comum já foi ultrapassada ainda antes de virar o parágrafo…
Então como fica o ambiente familiar que, se comparado com “n” famílias, já se perdeu nas despesas e a receita já nem um cêntimo tem?
A ver por este exemplo, imagine-se a localidade e o todo regional/nacional? Nunca mais se endireita e aproxima-se a miséria dos mesmos, porque alguns nem sabem o que isto é e/ou nem dão valor.
Quem é capaz de acertar isto? Quem? O melhor mesmo é entregar as botas… Ou rever as contas.
A esta hora já ninguém lê isto e que se f**** as contas!
Desculpem, mas apeteceu-me sair dos eixos com "****" que espero que saibam o que querem dizer...
Sinopse: 5º Aniversário da reinauguração do Campo Pequeno
Estreia no Campo Pequeno da Ganadaria de Rego Botelho e do matador espanhol Alejandro Talavante.
Uma corrida com múltiplos motivos de interesse para o aficionado e que conta com duas estreias absolutas: a da ganadaria açoriana de Rego Botelho (encaste Parladé-Domecq) e do matador de toiros espanhol Alejandro Talavante, um dos valores confirmados da nova geração, presença nas maiores feiras de Espanha e que inscreve o Campo Pequeno no seu roteiro de 2011.
Alternará com Antonio Ferrera, o vencedor do galardão Campo Pequeno 2011 para o melhor matador de toiros, um bandarilheiro de excepção que esta temporada já indultou dois toiros.
Actuam os cavaleiros Joaquim Bastinhas e Luis Rouxinol, dois dos cavaleiros por quem o público nutre o maior carinho e admiração, e as pegas estão a cargo dos valentes Forcados da Tertúlia Tauromáquica Terceirense, numa corrida que afirma em Lisboa toda a pujança da festa brava na Região Autónoma dos Açores.
Cavaleiros - Joaquim Bastinhas e Luís Rouxinol
Matadores - António Ferrera e Alejandro Talavante
Forcados - Tertúlia Tauromáquica Terceirense
Toiros - Rego Botelho
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Nota: Viajam hoje, para Lisboa, muitos serretenses que fazem parte integrante da Filarmónica Recreio Serretense e que vão estar presentes no Campo Pequeno, neste evento taurino. É um marco importante para os Açores, para a ilha e para a freguesia da Serreta. Olé!
De 17 a 26 de Junho 2011, Angra do Heroísmo será palco, novamente, de uma das mais queridas festas açorianas, terceirenses e angrenses. Ninguém fica de fora e todos são chamados a celebrar São João com concertos, gastronomia, cultura, divertimento, sabores e tradições, com um mar de gente a elevar o balão da amizade, da partilha, da caridade, do amor à camisola, que se traduz no amor a tudo o que faz Angra do Heroísmo parecer um paraíso em festa, nas Festas Sanjoaninas 2011.
Vem, amigo, desta terra Deste mar e deste vale Se a bandarilha aterra O toiro nem leva a mal.
Vem, daí, bravo emigrante, Contemplar o povo ilhéu, No regaço radiante Encontrarás o teu céu.
Vem a Angra, Festa Brava, Não a deixes escapar Ela apregoa a lava Que a fez beijar o mar.
É noiva de São João, Num Pezinho de encantar, Sua saia de balão Roda, roda sem parar.