Uma viagem Terceira-Graciosa-São Jorge-Pico e vice-versa
A saída do porto da Praia da Vitória é um bálsamo de alegria num misto de vontade de chegar depressa ao destino: ilha do Pico. | |
Estamos a chegar à Graciosa enquanto o barco vai cavando regos de espuma. Lembrei-me da minha gente que ficara em casa… | |
Enquanto o barco vai atracando ao porto graciosense admiro o que o Governo Regional tem feito pelas ilhas do triângulo, através de funcionários com desempenho excelente, digo eu. | |
Visto do mar, São Jorge é subida escarpada que delicia o olhar mas não se pode alcançar na sua imensidão. | |
Avisto a altivez picoense que a hora nona veste de azul, branco e cinza. E Santo Amaro… Beijo-o desde o cais velense. A saudade é maior agora e ancora-me. | |
O dia vai-se despedindo e a noite chega calma numa paz acordada pelo motor do “Santorini” que aguarda a hora de seguir viagem. | |
Desamarra-se das Velas e ruma a São Roque do Pico que acendeu as luzes que brilham ainda miudinhas numa quietude de espantar. Eis que soa o sinal de levantar ancora. | |
No Pico… Madalena, terra morena, em ti reparo… E fico longe de ti, Santo Amaro. O Sol vem-me abraçar com as melodias do mar para me embalar. | |
Nesta ondulação, virei-me para as sineiras paralelas e pensei na minha quadra já dita: No Sacrário Deus é Pão No Império ele é Coroa E no crente coração Ele se faz Deus em pessoa. | |
E antes da hora do regresso, tive oportunidade, graças à bondade do primo Henrique Paulo, de visitar Santo Amaro e a família. Abracei a minha gente numa visita da saudade e chorei encantada. | |
De volta à terra-mãe, estendi o saco cama e apaguei os últimos minutos de despedida da ilha montanha. Amansei a saudade com abraços apertados e revi o que conhecia e vi as novidades de uma Avenida do Mar. | |
No íntimo balbuciei: | |
Até sempre minha conchinha de amor! Rosa Silva ("Azoriana") |