Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"
2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"
3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"
Há 33 anos que Euclides Álvares, natural da freguesia de Santa Bárbara, ilha Terceira, onde nasceu em 1944, casado com D. Gabriela Álvares, pai de 2 filhos, põe no ar o programa semanal “Voz dos Açores”, um dos mais queridos e ouvidos na nossa comunidade emigrada no Vale de San Joaquin, e um pouco por todo o mundo através da internet em www.kigs.com .
O primeiro programa foi para o ar no dia 4 de Março de 1978, na estação KLBS, durante 23 anos, e a partir de 2001 passou a ser emitido em estúdio privado, em Hilmar, através da rádio KIGS.
Euclides Álvares tem-se debatido, em todos os fóruns, para que todos os direitos dos emigrantes sejam respeitados e cumpridos, para além do alerta permanente de injustiças que continuam a ser praticadas. A defesa da língua portuguesa e dos Açores são uma constante da sua programação. Através do programa “Voz dos Açores” angariou mais de um milhão (1.000.000) de dólares para fins de beneficência e ajuda.
Já emitiu programas em direto do Brasil, Açores, Canadá e Macau. Foi colaborador semanal do programa da RDP “Manhãs de Sábado” e colabora com o programa, também da RDP, “Cruzeiro da Rádio”.
Durante estes anos já entrevistou, em direto, mais de 2000 pessoas, entre as quais Sá Carneiro, tendo-lhe sido pedida a gravação para juntar ao processo de Camarate, Arcebispo de Goa, que ainda hoje celebra missa na Matriz, Mário Soares, aquando da sua passagem por São José, Califórnia.
Foi distinguido com a Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas e com a Placa de Honra de Mérito das Comunidades Portuguesas; Reconhecimentos da Cidade de Artesia e da Assembleia Legislativa do Estado da Califórnia; Confrade da Confraria do Vinho dos Biscoitos, único na emigração; Inscrito na Associação de Rádios de Inspiração Cristã (ARIC), com sede em Lisboa;
É o sócio número 2, e fundador, da Casa dos Açores de Hilmar, e foi o seu primeiro Secretário. É também sócio fundador da Fundação Portuguesa de Educação para o Centro da Califórnia, membro fundador da Associação Pública VALER, membro da Comissão Construtora da Igreja Paroquial da Assunção/Turlock, membro da UPEC, UPPEC e Sociedade Mutual de Santo António.
Foi coordenador do jantar de honra oferecido ao Dr. Mota Amaral, então presidente do Governo Regional dos Açores, bem coordenador de muitos outros eventos.
É este “embaixador” que tem sempre as suas portas abertas, em Hilmar, para quem por lá passa.
Obrigado ao ilustre casal.
Turlock, 29 de Agosto de 2011
A propósito deste artigo Escrito por Liduino Que é deveras amigo Deste radialista fino Venho partilhar consigo Que o vi neste destino.
Era dia de Homenagem Ao cantador Zé Eliseu Estava lá de passagem O emigrante que deu Um cartão com bela imagem Da Rádio que é amor seu.
"Voz dos Açores" veleja No coração emigrante Que sonha com a Igreja E com o berço distante Que até em sonhos beija A Virgem no seu semblante.
Há trinta e três anos produz A mensagem pioneira Com a ilha de Jesus Comandando a bandeira Caravela e sua Cruz
E o amor pela Terceira.
Peço a Euclides que eleve Perante os seus ouvintes Esta rima que é breve E que manca de requintes Mas divulga o que deve Através de alguns links.
E ao link da Estação KIGS do açoriano Presto melhor atenção: Conheci bom ser humano Cujo sorriso e coração São maiores que o oceano.
Que mantenha o sucesso Desta Rádio que nos liga E tenha feliz regresso À bela estação antiga E desde já eu lhe peço Que não esqueça desta amiga.
Santa Bárbara, da Terceira, É seu local favorito De visita à sua beira E à festa que acredito Ter-lhe sido hospitaleira Junto ao altar tão bonito.
A todos os emigrantes Cuja saudade aperta Liguem os altifalantes Ao canto que vos desperta Os sentimentos distantes E aceitem a minha oferta.
Uma oferta de amizade Num abraço de simpatia Pra toda a comunidade Cujos laços neste dia Sejam a eterna saudade Da ilha flor de alegria. Rosa Silva ("Azoriana")
O Facebook na sua barra de estado, tem sempre uma pergunta pertinente - "Em que estás a pensar?" para levar o utilizador a escrever algo que esteja a pensar no momento.
Depois de ouvir, de relance, tantas notícias (repetidas à exaustão) resolvi escrever no que estava a pensar, exactamente assim:
Cortam a televisão, cortam a refeição, cortam no escalão, cortam, cortam, cortam e aumentam impostos. Os senhores das contas podem me informar como é que a gente vai viver? O melhor é encomendar já o CAIXÃO!
Nisto, os comentários começaram a surgir e os cliques no "gosto", simbolizam que os meus amigos facebookianos estão a pensar no mesmo. Eis que, mesmo sofrendo a crise, acentuei o pensamento com a rima, que é também uma maneira de expressar melhor a minha opinião. Já diz o povo: Quem canta seu mal espanta. Espero que isto ainda esteja em vigor e não perca o valor.
Realmente para enterrar Não precisa de indumentária Podem mesmo só nos atirar Miséria vai ter a funerária.
Miséria para as floristas Miséria para os carpinteiros Nem precisa dar nas vistas Coitados dos cangalheiros.
E mesmo aqui rimando Vou dando minha opinião O pobre se vai lixando E o rico vai pra pobre então.
Mas tudo isto é bem feito Porque assim se põe à prova Que não governo perfeito E a crise não é nova.
Nada podemos fazer Porque a crise é geral O euro tem de desfazer Pois causou todo este mal.
E não digam que é mentira É verdade, é verdade sim! Ou isto dá volta e vira Ou então chegou ao fim.
Já estou desesperada Com a crise de há anos Vira o mês não tenho nada Desespero é de humanos.
Quem avisa amigo é Já ouço desde criança Aos poucos até a fé Entra na desconfiança.
E agora vou parar Porque a fúria tem limite Só falta mesmo gritar E fazer-vos um convite Vamos pra Serreta rezar E que a Senhora não lhes grite.
Boa noite vos dou agora Em noite de homenagem Ao José Eliseu em boa hora Trintena de anos em triagem Improvisa desde outrora Hoje aplauso o condecora.
Se não me falha a memória Foram dezassete cantadores Com três quadras em dedicatória Acompanhados por seis tocadores Que ajudaram nesta glória Do rei dos improvisadores.
Cantadores por ordem aleatória: António Mota, Agostinho Simões, Paulo Jorge Ávila, José Amaral, Ludgero Vieira, Eduíno Ornelas, John Branco, Fernando Fernandes, Manuel "Castelão", Rosa Silva, José Medeiros, Andrade "Santa Maria", Paulo José Lima, Valadão, Maria Clara Costa, João Leonel (Retornado) e João Ângelo. Tocadores: Guitarra - José Domingos / Violas: Aldovino Machado, Armando / Ao violão: José Manuel, um miúdo que não sei identificar e António Martins.
Lembro-me das minhas três quadras que cantei sempre na 10ª vez, de cada rodada de cantigas. A primeira foi porque reparei que haviam muitos arranjos florais de cor lilás nas paredes e no palco:
A lilás flor desta ilha Brilha em tudo o que é teu Tua esposa e tua filha E o povo de São Bartolomeu.
Depois cantei:
Louvo a tua humildade E o teu jeito cordial Perante a sociedade És um valor capital.
Por fim, lembro desta:
Bendita esta homenagem Em vida e feita agora Vais lembrar desta passagem Pela tua vida fora.
********** Agradeço ao Sr. Luís Bretão, ao Presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu pelo respeito e pelo convite e dou os parabéns ao José Eliseu, à esposa e filha, bem como aos seus pais que, felizmente, estavam presentes e presenciaram o carinho e amizade que é dedicado ao seu filho cantador.
À freguesia de São Bartolomeu um bem-haja por estimar os seus filhos.
Em tempos idos, os gatos (os cães e outros animais de pêlo) não tinham a sorte que actualmente têm. Há um consultório (digo muitos!), veterinário(as), hotel para os bichos, medicamentos para tudo e mais alguma maleita (ácaros, pulgas, carrapatos, carraças, etc.), vacinas e pingos de várias aplicações para que os animais de estimação se desenvolvam num ambiente saudável e de pêlo bem alisado.
Voltando aos tempos idos, eu não era capaz de me aproximar ou de deixar aproximar uma dessas beldades felinas ou caninas, sem que o(s) espantasse para longe. Hoje, até sou capaz de lhes pegar ao colo, mimar, alimentar, adormecer, habituar a rituais de companhia doméstica, e, sobretudo, ir ao veterinário mais próximo e ver largar os euros que depois vão faltar nalguma outra conta urgente e irremediável. Claro que toda a evolução tem o seu custo.
Mas tudo isto porquê? Vá, perguntem, não se acanhem. Desta vez conto-vos tudo tintim-por-tintim...
Então foi assim: Num passeio daqueles que vamos porque sim, ouvi um miar insistente no meio de uma mata espessa. Comecei aquele ritual de chamamento, bissbissbiss e eis que surge um (melhor, uma) gatinha minúscula que se aprontou a perseguir o meu chamado de dedos.
Chegou-se bem perto e peguei-lhe ao colo. Era mesmo muito mimosa e depois deste tratamento "vip" não mais foi para o seu «habitat de abandono». Que fazer?! Deixá-la sozinha ao deus-dará? Não! Agora não. Outrora talvez...
Trouxe-a comigo e ao chegar a casa ela ganhou logo outros donos para lhe pegar e mimar. Foi certo que veio para ficar e até já tem as vacinas em dia e demais pílulas para abater ácaros e afins (coisa horrorosa vista ao microscópio).
Enfim, depois desta história ao sabor do teclado que acompanha o desassossego da mente eis que me apetece dizer: "devias ter deixado a gatinha crescer ao ar livre ou não?!" porque ela já começou a cunhar a factura (para alguém), por sinal, e, certamente, não ficará por aqui pois adivinham-se os reforços do que lhe fizeram hoje.
Mas, pronto, nada contra. Sou mais uma a contar nas estatísticas de quem SALVA UM ANIMAL do ABANDONO (ou seria ela natural da tal mata espessa?!) e alguém contará na lista de "mãe" adoptiva.
(...) O presidente da Junta de Freguesia de São Bartolomeu de Regatos, Luís Costa, refere que “todos os residentes da freguesia se sentem orgulhosos em homenagear o José Eliseu”. A homenagem ao cantador contará com a presença de entidades autárquicas, membros da Assembleia Municipal, familiares do artista e colegas de actuações.(...)
Nota pessoal: Agradeço, publicamente, o convite que me foi endereçado para participar desta merecida homenagem a José Eliseu, o cantador terceirense que conta com 30 anos a improvisar cantando.
Bem-haja quem assim procede para com os seus conterrâneos de valor.
Dez anos depois do casamento dos meus pais (31-07-1960), nasceu José Eliseu Mendes Costa (31-07-1970), o conhecido cantador de improviso, na Cruz das Duas Ribeiras, na freguesia de São Bartolomeu. O seu pai, José Bernardino de Sousa Costa, e a sua mãe, Teresa Contente Rocha Mendes, deram aquela freguesia, à ilha Terceira, dos Açores, um rebento com um dom que só alguns são dotados dele – o improviso genuíno!
Conforme o que nos relato J. H. Borges Martins, no seu livro “Improvisadores da Ilha Terceira (suas Vidas e Cantorias), de 1989, o José Eliseu estreou-se em público, com dez anos de idade, cantando com o António Plácido em São João de Deus.
Com a mesma idade, gravou com outros um disco intitulado: «Os Miúdos da Ilha Cantam Saudade». Naquela altura, José Eliseu foi o cantador mais jovem da nossa terra. Hoje, ele é um exímio conselheiro e professor, digamos assim, de uma camada jovem que se inaugura nos palcos do improviso perante plateias ávidas do sucesso que irá perdurar e preservar as cantigas ao desafio, que estavam um tanto reservadas a cantadores com um currículo estável.
José Eliseu tanto cantou E encantou desde outrora Que assim ele se assentou E no nosso coração mora.
De bom trato e cordial Com canudo de engenheiro Ser baixo nem fica mal Porque o verso é altaneiro.
Brava voz de rima fina Que conquista multidões Se canta com Clara, menina, Alegra mais corações.
Um sonho realizei Num serão na Terra-Chã Pós Pezinho lhe cantei Provando que dele sou fã.
João Ângelo me transferiu O lugar que era seu Fez-me cantar ao desafio Com o rei José Eliseu.
“A glória dos cantadores” Dito por João Leonel Acabou sendo com louvores O seu trajecto fiel.
Trinta anos de cantigas Por palcos de casa cheia: Com suas rimas amigas O coração nos incendeia!
Agora é o condutor Da juventude que inicia A sina de cantador Que com alma é que se cria.
Rosa Silva (“Azoriana”)
Nota: Quadras à laia de dedicatória a José Eliseu pelos seus 41 anos de idade e 30 de cantoria.
Gosto muito de um feriadinho que calhe à sexta-feira ou segunda-feira porque nos dá uma ponte de descanso, ou melhor, de mais-que-fazer domiciliário. Graças a esta ponte de Agosto, motivada pela glória de Nossa Senhora, foi para trabalhos de muda-que-muda móveis e afins de um lado para outro, dando assim uma reviravolta à rotina de outras semanas antecendentes.
Mas isto não interessa a ninguém, só interessa aos envolvidos na mudança e a mim. O problema é que hoje penso que é "segunda-feira" e, afinal, é terça-feira. Os sintomas de uma segunda-feira estão cá todos e rondam-me de forma insistente e com uma dose de nódoas negras junto com alguma dor suportável.
Descobri que hoje é terça-feira com a leitura do jornal local "A União" que nos traz uma notícia daquelas que eu sempre fui de acordo: dá-se a palma, o elogio, a homenagem, a quem quer que seja, EM VIDA. Nada melhor que saber-se e ver-se o consolo de coração e o vidrado do olhar contente com uma página inteira de menções honrosas a quem dedica uma vida a fazer o que sabe melhor para bem da comunidade ou de uma aficion de alma e coração. É o caso da homenagem ao capinha: