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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Os prazeres da ALCATRA TERCEIRENSE

21.08.11 | Rosa Silva ("Azoriana")
Alcatra terceirense

 

Uma Alcatra na Estalagem
Da Serreta, nossa amiga,
Foi como divina miragem
E o fermento desta cantiga.

 

Alcatra com pão de mesa
E o bom vinho Verdelho
Com Ti' Choa é realeza
Do paladar que aconselho.

 

"Bagos d'Uva" é maravilha
Que apregoa nossos sabores
E faz a sã partilha
Que vai além dos Açores.

 

As ilhas açorianas têm
Bom paladar e cultura
São o nosso melhor bem
Que às cantigas se mistura.

 

Rosa Silva ("Azoriana")

 

José Eliseu - A GLÓRIA DOS CANTADORES

21.08.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Dez anos depois do casamento dos meus pais (31-07-1960), nasceu José Eliseu Mendes Costa (31-07-1970), o conhecido cantador de improviso, na Cruz das Duas Ribeiras, na freguesia de São Bartolomeu. O seu pai, José Bernardino de Sousa Costa, e a sua mãe, Teresa Contente Rocha Mendes, deram aquela freguesia, à ilha Terceira, dos Açores, um rebento com um dom que só alguns são dotados dele – o improviso genuíno!

 

Conforme o que nos relato J. H. Borges Martins, no seu livro “Improvisadores da Ilha Terceira (suas Vidas e Cantorias), de 1989, o José Eliseu estreou-se em público, com dez anos de idade, cantando com o António Plácido em São João de Deus.

 

Com a mesma idade, gravou com outros um disco intitulado: «Os Miúdos da Ilha Cantam Saudade». Naquela altura, José Eliseu foi o cantador mais jovem da nossa terra. Hoje, ele é um exímio conselheiro e professor, digamos assim, de uma camada jovem que se inaugura nos palcos do improviso perante plateias ávidas do sucesso que irá perdurar e preservar as cantigas ao desafio, que estavam um tanto reservadas a cantadores com um currículo estável.

 

José Eliseu

José Eliseu tanto cantou
E encantou desde outrora
Que assim ele se assentou
E no nosso coração mora.

 

De bom trato e cordial
Com canudo de engenheiro
Ser baixo nem fica mal
Porque o verso é altaneiro.

 

Brava voz de rima fina
Que conquista multidões
Se canta com Clara, menina,
Alegra mais corações.

 

Um sonho realizei
Num serão na Terra-Chã
Pós Pezinho lhe cantei
Provando que dele sou fã.

 

João Ângelo me transferiu
O lugar que era seu
Fez-me cantar ao desafio
Com o rei José Eliseu.

“A glória dos cantadores”
Dito por João Leonel
Acabou sendo com louvores
O seu trajecto fiel.

 

Trinta anos de cantigas
Por palcos de casa cheia:
Com suas rimas amigas
O coração nos incendeia!

 

Agora é o condutor
Da juventude que inicia
A sina de cantador
Que com alma é que se cria.

 

Rosa Silva (“Azoriana”)

 

Nota: Quadras à laia de dedicatória a José Eliseu pelos seus 41 anos de idade e 30 de cantoria.