Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Dez anos depois do casamento dos meus pais (31-07-1960), nasceu José Eliseu Mendes Costa (31-07-1970), o conhecido cantador de improviso, na Cruz das Duas Ribeiras, na freguesia de São Bartolomeu. O seu pai, José Bernardino de Sousa Costa, e a sua mãe, Teresa Contente Rocha Mendes, deram aquela freguesia, à ilha Terceira, dos Açores, um rebento com um dom que só alguns são dotados dele – o improviso genuíno!
Conforme o que nos relato J. H. Borges Martins, no seu livro “Improvisadores da Ilha Terceira (suas Vidas e Cantorias), de 1989, o José Eliseu estreou-se em público, com dez anos de idade, cantando com o António Plácido em São João de Deus.
Com a mesma idade, gravou com outros um disco intitulado: «Os Miúdos da Ilha Cantam Saudade». Naquela altura, José Eliseu foi o cantador mais jovem da nossa terra. Hoje, ele é um exímio conselheiro e professor, digamos assim, de uma camada jovem que se inaugura nos palcos do improviso perante plateias ávidas do sucesso que irá perdurar e preservar as cantigas ao desafio, que estavam um tanto reservadas a cantadores com um currículo estável.
José Eliseu tanto cantou E encantou desde outrora Que assim ele se assentou E no nosso coração mora.
De bom trato e cordial Com canudo de engenheiro Ser baixo nem fica mal Porque o verso é altaneiro.
Brava voz de rima fina Que conquista multidões Se canta com Clara, menina, Alegra mais corações.
Um sonho realizei Num serão na Terra-Chã Pós Pezinho lhe cantei Provando que dele sou fã.
João Ângelo me transferiu O lugar que era seu Fez-me cantar ao desafio Com o rei José Eliseu.
“A glória dos cantadores” Dito por João Leonel Acabou sendo com louvores O seu trajecto fiel.
Trinta anos de cantigas Por palcos de casa cheia: Com suas rimas amigas O coração nos incendeia!
Agora é o condutor Da juventude que inicia A sina de cantador Que com alma é que se cria.
Rosa Silva (“Azoriana”)
Nota: Quadras à laia de dedicatória a José Eliseu pelos seus 41 anos de idade e 30 de cantoria.