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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Aos "Cânticos da Beira" de Góis

31.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Parabéns dou aos "Cânticos da Beira"
Com um assento pleno de cortesia
Rosa, madrinha da ilha Terceira
Louva todas as visitas da poesia.

Clarisse, sonetista com mestria,
Junta a melodia do seu belo Ceira
E vai-nos cativando no dia-a-dia
Para a cruzada muito à boa maneira.

Coimbra - Beira e Angra do Heroísmo
Marcaram alguns momentos da história
Abraçando novos ecos de lirismo.

Um hino se cria em elo verdadeiro,
Aos Cânticos que são nova glória
De Portugal e do mundo inteiro.

Rosa Silva ("Azoriana")


Índice temático: Rosa e rimas do coração
Angra do Heroísmo, Terceira, Açores
Dedicado ao Blogue de Clarisse Barata Sanches, de Góis - Coimbra, intitulado "Cânticos da Beira - Prosa e Poesia", pela comemoração das 50 mil visitas

O meu Pão-por-Deus (1 de Novembro - Dia de Todos os Santos)

31.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Longe vão os tempos em que, no dia 1 de Novembro, era uma correria pela freguesia abaixo, por ruas e canadas, com uma saquinha de trapos, feita pelas mãos artesãs familiares, rumo ao peditório anual de alguma moedinha, ou umas castanhas, ou, ainda, umas socas de milho, de cor rubra. Era a tal cantilena: "soca vermelha, soca rajada, tranca no c-u a quem não dá nada". Era sempre assim a "reza" triste para quem não se aprontava a abrir a porta à criançada que ansiava por ter a saca cheia até não puder atar-lhe os fios cuja ponta tinha de ter uma bolota de lã, bem-feita e de boa aparência.

 

Longe vão todos os tempos do Pão-por-Deus! Cada guloseima que as crianças arrecadam agora não tem o mesmo sabor de um bolinho de escaldadas, que era aquele bolinho de massa doce com um tanto de farinha de trigo e de milho, que era escaldada com água a ferver e misturada àquela, para que o nosso paladar ficasse com apetite de mais um pouco de bolinho, acompanhado por um licor de vinho, um cálice de aguardente ou do tão desejado anis, ornamentado do funcho açucarado que mais parecia um ramalhete de "flores alvas de neve".

 

Que saudades! Que saudades, de chegar a casa radiante e mostrar o resultado do peditório por alma dos defuntos, que no dia seguinte, eram visitados na morada das ossadas, com o depósito de um ramo de flores, ou simplesmente, uma oração ou uma lágrima na lápide fria de uma terra ainda mais fria.

 

Que saudades, de ti, mãe! Eras a primeira a ensinar-nos o amor pelo que era nosso desde o primeiro choro do berço feito com o suor do rosto do pai e com a alegria da chegada de um novo ser para a freguesia que nem sei quanto tempo mais ficará com esse atributo, visto que ser freguesia hoje tem de reunir vários condicionalismos, e um deles é o número de habitantes satisfazer a existência de um Presidente de Junta, e seus auxiliares...

 

Resta-me enviar um abraço muito, muito apertado a todas as crianças que pedem a esmolinha de porta em porta por alma daqueles que já não lhes sorriem mas que são o motivo para que os seus descendentes continuem a sorrir, na medida das possibilidades, para o novo bando de amiguinhos do Pão-por-Deus.

 

Bom Pão-por-Deus para miúdos e graúdos!

 

Rosa Silva ("Azoriana")

III Aniversário de «Os Confrades da Poesia»

30.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")
Os Confrades da Poesia
 

SALVÉ OS CONFRADES DA POESIA

 

Três anos de poesia
Se festejam em triunfo
Para todos é um trunfo
Da partilha em cortesia.

 

As quadras da minha trova
Simbolizam a amizade
Lusa açorianidade
Nesta Confraria é prova.

Sãs unidades de amor
À cultura portuguesa
Com o perfil da natureza.


Seja poesia em flor!
No cortejo de amizades

Salvé todos os Confrades!


Para 30/10/2011

Rosa Silva (“Azoriana”)

Matilde, ó minha Matilde! (8 anos passados)

28.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

“Hoje faz oito anos que a avó Matilde morreu!”. Foi esta a primeira mensagem que recebi via telemóvel. Foi a minha filha que me alertou para o que eu já sabia desde há muito. Graças a Deus que se lembrou. É muito difícil esquecer a partida daqueles que mais nos amaram e que amámos mesmo que sem se balbuciar tal palavra. Bastava um olhar, um sorriso, um sentimento de pertença para quem nos dá à luz…

 

Eu não queria chorar por ela mas, neste momento, caem-me algumas gotas de sal pelos olhos. Eu sei que ela, a Matilde, está bem! Ela ajuda quem se lembra dela. Eu sei! Já me ajudou imenso e continua a ajudar. Mesmo após já não estar no reino dos vivos, continua a habitar o meu coração e no coração de quem nutre a lembrança dela.

 

Matilde, ó minha Matilde!
Tiveste um grande coração
Plantaste-o nas tuas filhas
E nos teus quatro netos
Luís Carlos, Aida Alexandra,
Saulo Miguel e Paulo Filipe!

 

Matilde, ó minha Matilde!
A guardiã da Serreta
A amiga fiel da Virgem Maria
A fortaleza do Amor
A “santa” do novo céu!

 

Mãe, palavra pura de afeto
Risonha na descendência
Tristonha na ausência
Medonha no sofrimento
Mantida na voz do talento.

 

Matilde pelo bem fizeste
Descansa no trono celeste
Cornucópia do sorriso
Amante do improviso
Benditas sejas ó Mãe!

 

Rosa Silva ("Azoriana")

 

4º Aniversário de "In Concreto", o blog do amigo lajense e Cª

28.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")
Logotipo

 

 

Muitos parabéns ao criador (Tibério Dinis) e colegas autores (João Cunha, Rui Ataíde e Tiago Gonçalves). 28 de Outubro é uma data que faz parte de outras lembranças também, embora menos felizes.

 

Desejo a continuação concreta de temas e conversas actuais e precisas.

 

Rosa Silva ("Azoriana")

Pétala do desejo

23.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Sem ti a minha noite é canto triste.
Falta-me o carinho do teu olhar;
Ainda bem que o sonho em mim existe,
Para contigo, meu amor, puder sonhar!

No vulto do sonho eu deposito
Toda a minha cristalina vontade;
É que eu ainda sinto e acredito
Que serás, um dia, meu de verdade.

Tal dia, quem sabe, enfim virás,
A pétala do amor, encontrarás,
Mais brilhante que o sol e que a lua.

Do meu canteiro, solto o coração
E deixo-me plantar com devoção:
Sou pétala que deseja ser tua!

 

Rosa Silva ("Azoriana")

Vaga do coração

23.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Nos teus olhos vejo o mar!
Em sereia me transformas,
Na vez que para mim olhas
Deixo-me hipnotizar.

São momentos que incendeiam
A vaga do coração
Nessas ondas de paixão
Que teus beijos me premeiam.

Meu sonho é inebriante
De uma força escaldante
Reflectida no horizonte.

Fico, assim, enamorada,
No teu corpo ancorada...
O amor reveste a fronte.

 

Rosa Silva ("Azoriana")

Alagoa, ninfa do mar

23.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Na colcha de amor, deixada à toa,
E no abraço que o vento apregoa,
Perco a noção do momento que passa
Quando a Alagoa no mar se enlaça.

Estou tentada a beijar-te Alagoa,
Na onda que docemente ecoa.
Um golpe de emoção esvoaça
Na ondulação que em ti acha graça.

 

Eis que o momento se reparte em dois:
De brancos e azuis se tingem os lençóis
Onde mergulham desejo e saudade.

 

Aninham-se os corpos em maresia;
Sonham-se desejos em demasia...
As águas se juntam em igualdade.

 

Rosa Silva ("Azoriana")

Saudade

23.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

A saudade é puro laço
Que aperta muito forte
Desfaz-se com um abraço
E aumenta com a morte.

Porque escalamos a vida
Com o laço da saudade
Enfrentamos a subida
Com amor e amizade.

É com amor que vivemos
E, de saudade, morremos
Na partida desse amor.

E só não deve morrer
Quem de amor e bem-querer
Faz-se em hino de louvor!

 

Rosa Silva ("Azoriana")

A Luz

23.10.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Há um ser que abraça o infortúnio
Que todas as aves parecem conhecer
Vem o dia que a sina melhor é morrer
Só Deus lhe dará o luar novilúnio.

No semblante o ondular neptúnio
O Sol da cura vai desaparecer
Já nada importa, basta anoitecer
Deixar-se apanhar p'lo interlúnio.

As cores entram p'la escuridão
Tingem-se na ponte da exibição;
A noite atinge a parte escura.

Creio em Deus-Pai todo-poderoso,
Que fez o Céu e a Terra, e é bondoso
Sempre que a Luz alegra nossa figura.

 

Rosa Silva ("Azoriana")

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