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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Em que estou a pensar?

23.11.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

Em primeiro lugar, vou tentar seguir as ordens do "novo" AO - Acordo Ortográfico que retira aquelas letras que não nos fazem falta e que não pronunciamos quando falamos. Agora imaginem as letras que terão de ser tiradas (ou acrescentadas) pelas pessoas cuja pronuncia é diferente do comum dos cidadãos. Francamente, não estou para me ralar com isso. O que me rala (e muito) é o facto de haver uma greve geral (amanhã) e não me apetecer sequer em perder um dia de salário. Ainda se me pagassem o dia de ausência e se, em vez do dia de greve ser numa quinta-feira, fosse numa sexta-feira (o dia seguinte), já fazia as minhas delícias e juntava ao fim de semana o prolongamento tão desejado (que no próximo ano será cortado, certamente).

Também quero informar-vos que não tenho tido paciência para escrever e nem me perguntem a razão. Ando com vontade de fugir à realidade noticiosa. Estou, sinceramente, cansada de algumas palavras e até tirava-lhes as letras todas: crise, cortes, cortes, crise, impostos, etc.

A inspiração anda pela valeta. Despovoa-me o cérebro. A penumbra é um esconderijo vistoso e a solidão já não apresenta os mesmos contornos de outrora. Quanto mais me tento esconder do que ouço, vejo e não digo, mais sou procurada. Sinto que o mundo está a uma unha negra de se meter no precipício e levar consigo tudo o que se mexa.

Não me digam que estou pessimista, derrotista, triste, depressiva... Eu afirmo que não! Estou bem, graças a Deus.

Estou talvez como o Grupo Central com períodos de céu muito nublado, mar cavado a grosso, neblinas matinais, chuvisco e ventanias que recomendam a estadia em lugar quente e agradável.

E não me falem em greve nem em roupa ou faixa preta para assinalar o descontentamento público com a situação portuguesa ou insular. Cuidemos é de preservar o nosso ordenado que vem por ordem de não sei quem e que garantidamente querem é que haja produção e não roupa preta... Hoje nem sequer se põe luto pelos familiares mais chegados que partem em definitivo fará por um melhoramento que não passa de uma utopia.

De quem é a culpa do estado da Nação?!

Rosa Silva