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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Prosa seca de parágrafos (antes do virar de ano)

29.12.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

O pai natal, que este ano até tinha a saca murcha de prendas, deixou ficar as barbas que se prenderam ao rosto do dia que alastra em Angra e, quiçá, arredores e mais além (diga-se um nevoeiro atroz que nem se vê um boi à frente). No além é que anda toda a gente porque as conversas trazem sempre um “Valha-nos Deus!” e, já agora, a santa Engrácia. Pena que as carteiras estejam a abarrotar de sonhos e vazias de realidades. Eu que o diga. E até que não me devia queixar, ou melhor, já me queixo desde que saí das saias da mãe e dos berros do pai perante coisas que não lhe enquadravam, na sua maneira de ver e de criação. Hoje não há nem maneiras nem criação que aguentem o que por aí vai ou vem. Não vale a pena é muitos queixumes porque o acordo ortográfico veio para os tirar. Quanto menos “se” (s) e “c” (s) houverem melhor. Contentemo-nos ou deitemos as barbas de molho, para quem as têm em boa medida, ou, ainda, rezemos para não se levantar uma revolução com arrotos de desespero. [Faço um aparte para revelar que não me apetece mudar de parágrafo. Se é para poupar que se poupe também nas linhas de escrita, no paleio, e, sobretudo, no papel. Nada melhor do que ligar um botão, acender um monitor, tocar numas teclas e deixar rolar o que a mente soltar…]. Mas, adiante que a hora de virar o texto já se aproxima bem como o viragem de ano. Dou-vos um conselho gratuito: Aproveitem, tal como eu costumo ser adepta, para deixar o ano arrumado, limpo, sem migalhas, roupa ou chinelos pelos cantos. Levantem a moral e pensamento positivo. Dêem-se graças pela saúde, pela paz, pela alegria, pelo amor e pela sã irmandade. Supliquem pelos doentes, pelos famintos e pelos desalojados do ser e do ter. Abracem o cônjuge, o amigo, o pai, a mãe, o irmão. Mimem o gato, o cão, o pássaro enjaulado, o porquinho-da-Índia, o periquito. Reguem a planta sequiosa por um carinho e um sorriso. Aparem a relva do queixume diário. Limpem a alma da desgraça e deem um pão a quem dele necessita para sobreviver. Lembrem-se que pior que nós está o outro, que tem de levantar cedo e seguir por caminhos e ruelas para tirar o leite à pobre da mimosa, digo a Vaca, açoriana. Que não nos falte o leite, o queijo, a manteiga e o fabuloso iogurte da tal Vaquinha simpática e acolhedora. Ao menos que esta seja a produção açoriana/ilhoa que agrada a gregos e troianos. Por este andar ainda apanho um raspanete por escrever nomes que não deviam vir à flor da tecla. Que não faltem é flores nos canteiros da vida. Que não faltem as rimas do amor. Que abunde a Vida! Desejo a todos, sem exceção, um virar de ano brilhante, abundante de ser e que o Novo Ano de 2012 sorria. Nascemos com pouco e contentemo-nos com «os poucos essenciais» para um dia de cada vez. Beijos e abraços: “à tout le monde”, “to all of you”, para TODOS… TODOS!

 

Angra do Heroísmo, 29 de Dezembro de 2011 (está quase, quase…)

 

Rosa Silva (“Azoriana”)

Ao poeta/escritor Armando Sousa em "Pequenina Poesias"

27.12.11 | Rosa Silva ("Azoriana")
Caro poeta Armando,
 
Seja sempre homem feliz
Mesmo que pobre de ouro
Porque tudo o que nos diz
Só por si é um tesouro.
 
Cada verso uma planta
Com a raiz bem segura
Se a resposta não encanta
Que se encante a cultura.
 
A planta bem se cultiva
Para render em produto
A cultura é mais ativa
Quando produz lindo fruto.

O fruto da sabedoria
É uma constante de Armando
Seja feliz neste dia
Com o abraço que lhe mando.
 
Rosa Silva ("Azoriana")

A poucos passos...

27.12.11 | Rosa Silva ("Azoriana")

 

 

Na trova que ora espelho
A cada membro do povo:
Digo adeus ao ano velho
Quando, aceno ao Ano Novo.

 

Ano Novo, vida nova?!
Há quem diga que é verdade;

Por mim, que ando à prova,
Já vou sentindo a idade.

 

Não se olhe para trás
Quando pela nossa frente
Vem um tempo que é capaz
De mudar o tempo à gente.

 

Exame de (in) consciência
É tema de inspiração…
Ninguém culpe a Providência
Pla desordem que há então.

 

Vamos a toque de passos
Agoirando mau futuro;
Por agora vão abraços
Ao mais tenro e ao maduro.

 

A todos, sem exceção,
Meu abraço lisonjeiro.
Obrigada pela atenção;
Bem-vindo seja janeiro!

 

Rosa Silva (“Azoriana”)

O (meu bébé) Patinhas

18.12.11 | Rosa Silva ("Azoriana")
Vieste para meu lar
No início de dezembro
Meiguice vieste dar
Meigo és que bem me lembro.

De mil cores enfeitado
E com uma pata preta
'Inda vais ser invejado
Ou então serás vedeta.

De duas raças mesclado
Doido para a brincadeira
Pastor alemão e barbado
Serás belo na Terceira.

De Patinhas te chamei
E te chamo a toda a hora
Penso que me apaixonei
És minha mascote agora.

Rosa Silva ("Azoriana")

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