Postar ou não postar... Tanto faz?!
Estou perplexa comigo mesma. Desde o dia sete de dezembro que não postava uma linha, uma imagem, um bocejo sequer. Talvez nem tenham dado por isso. Anda tudo atarefado com os preparativos para o festejo do nascimento de mais um menino ou Menino. Será?! Confesso que esta época mexe sempre com o mais íntimo do meu cérebro e do meu coração. Dou mais pelo que nos faz lacrimejar, dou mais pelo que está sujo, dou mais pelo que está só e também ausente. Falta-me as vozes de outros tempos, os olhares quentes de quem nos queria bem de verdade. Hoje, qualquer coisita é coisa, qualquer palavra mais áspera é motivo de mudança de critério, qualquer bocejo é ventania ou tempestade. Sinto falta da casa quente de vozes com palavras mansas ou sobressaltadas. Está tudo nos seus lugares, tudo lavado e arrumado. Até as gavetas não se mostram queixosas. Nem os pratos permanecem no ancoradouro da serventia. Nem os gatos miam apenas se ouve o ronronar na cama humana. Nem a cadela e o novo cachorro padecem de abandono. Está tudo nos devidos lugares: os verdes planados; os azuis pasmados; as rosas-de-japão florescendo e caindo; as pedras são estatuetas da emoção; a casa é o nosso mundo de fim de semana. Quem ama sujeita-se a ser feliz com pequenas coisas e das mais simples.
Portanto, postar ou não postar é uma questão de dias. Os dias estão a ser ocupados com o ambiente familiar na simplicidade que me/nos resta. Até me deu para varrer a zona dos caixotes de lixo públicos. Acho que se esqueceram da zona dos Folhadais, nem os próprios moradores se incomodam com o aspeto da sujidade do caminho. Valha-me o que os antigos me ensinaram: casa limpa e rua limpa (para não dizer, textualmente, cag***ão à porta - transformando os asteriscos em letras - "alh").
Bom domingo para todos!