Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
A dor é a manta do tormento no corpo do entardecer. A dor é um cálice sangrento do punhal a escorrer. A dor nos trespassa sem clemência e nos tira a paciência.
Quando se tira um dente [No meu caso foram dois] Fica a boca dormente O pior virá depois.
Dores de fazer gritar Porque o dente estava mal Tinha raiz a dobrar E a saída foi fatal.
Levou tanta anestesia Porque a dor era tão fina Logo pensei que morria Chorei como uma menina.
Dou louvores à dentista Pela sua boa ação Tanta broca ali à vista E fez força de leão.
Fica assim feito o registo Sou utente há vinte anos Se me vejo fora disto Desdentada mas sem danos.
E cantar ao desafio Tem a pausa (in)felizmente O canto vinha vazio Com a falta de tanto dente.
Sem levantar o pé do chão nem entrar num avião para brindar o nosso povo emigrado por terras americanas com o lirismo que nos voa do fundo do coração bordado pelos genes dos nossos antepassados, venho hoje (e com alguns dias de antecedência) brindar, com alegria, o bonito gesto do amigo José Ávila, do quinzenal da Califórnia cuja página principal trás o título de «TRIBUNA PORTUGUESA». Retribuo, assim, a amabilidade que ele teve ao divulgar na página 27 a minha dedicatória, que reconheci logo por trazer a imagem do cabeçalho do meu blog e que, se não fosse a crise, serviria para a capa de um próximo rascunho do que me vai na alma, de terceirense açoriana com gosto.
Serve este artigo (bem como outros anteriormente) para divulgar que, a partir deste mês, irei guardar zelosamente tudo o que for encontrando por aí de gestos nobres como o de José Ávila, que também fará parte integrante do meu arquivo pessoal de momentos felizes.
A felicidade é de momentos e jamais se desprezem os melhores momentos.
[Retalhos de uma visita guiada pelo proprietário, José Nogueira, e pelo dono de um projeto ambicioso e louvável, Luís Silva, um jovem que pretende reunir e entrevistar cada blogger da ilha Terceira, num ambiente natural e paradisíaco, onde as emoções voltam ao passado de tradições que, ali, estão expostas para quem, como eu, tem a sensibilidade à flor da pele.] 2012/01/21. Fonte Faneca, Terra-Chã, ilha Terceira - Açores
I Num sábado dourado de luz Numa tarde abençoada Visitei uma ermida com Jesus E a sua Mãe tão amada. II Luís Silva e José Nogueira São fontes de inspiração Numa Quinta da Terceira Cujo Galo é anfitrião. II No trilho por eles guiada Voltei ao tempo de criança Ali estive rodeada Pela cor da esperança. IV Animais de capoeira, Jumentos, cavalos e veado Fazem da Quinta inteira, Um paraíso encantado. V Lugar para festas e cantigas E a cozinha tradicional Entre palavras amigas O Galo é mascote real. VI O amor pelo que é seu Vê-se em cada pedacinho E até a mim comoveu A melodia de um cantinho. VII Comunga-se a natureza Em cada passo que damos Com os pontos de beleza Que ao sair nós levamos. VIII Trouxe comigo a emoção Que naquele ninho eu vi O carinho da minha mão Na mansidão que, ali, senti. IX Vi o casal de jumentos Com a cria que é mansa Formam um quadro em momentos Que ao passado me balança. X É sagrada a família Que preserva a tradição Nos artigos e na mobília Transparece sua devoção. XI Seja feliz, José Nogueira, Pela tua sã riqueza, O “Junquilho” da Terceira Que é Galo da natureza. XII Doze, o ano cujo Janeiro Fica na minha memória E sinto que o ano inteiro Na Quinta fará história.
Eu tenho muito dó daquelas pessoas que têm de andar todos os dias, impreterivelmente, com uma gravata ao pescoço, a barba bem raspada, perfume q.b. de boa qualidade, um fato sem nódoa alguma, sapatos sempre a reluzir, meias sem qualquer tipo de transpiração, cabelos aparados a nível (a brilhantina é opcional nos tempos que correm), pédicure e manicure em dia, hálito saudável e perfumado, nariz sem mácula nas narinas, orelhas afinadas sem resíduos de cera, sobrancelhas alinhadas e desodorizante propício às ocasiões, colarinhos brancos e asseados. Insisto, tenho muito dó destas pessoas e passo a explicar o motivo:
Porque não têm liberdade, estão obrigados a parecer bem e sempre mesmo que lhes apeteça a dizer uma asneirinha… o pior é mesmo quando a asneira sai boca fora e depois meio mundo ou o mundo inteiro fazem dessa asneira um vendaval medonho.
Juro que não me queria ver nesses assados nem com essa responsabilidade de parecer bem mesmo que não me apetecesse. Ponto final.
Hoje, vinte e um de janeiro do ano de dois mil e doze, foi um sábado muito diferente do habitual. A seguir às tarefas domésticas imprescindíveis, fui a um lugar que brevemente irão saber onde e como tudo se desenrolou. Podem crer que, hoje, foi um dia feliz para mim, meus mais próximos e não só. Irão perceber porque é muito bom ser blogger (isto é, bloguista) e estar numa ilha cuja natureza é um apelo à dedicação. Não me vou alongar mais porque fiz uma promessa: só quando for oportuno irei divulgar para os leitores do meu blog (e não só) o que me maravilhou... Até lá, bom fim-de-semana com um sol radiante a fazer-nos lembrar um verão em pleno inverno.
Eu acho muito bem que se acorde ortograficamente e se olhe às asneiras que se vão escrevendo por aí, por aqui e sei lá mais onde. Só tenho uma chamada de atenção a fazer: O que fazer com a escrita existente há alguns anos a esta parte e que agora ou se pesquisa «à moderna» e não se encontra ou se faz uma mudança radical pondo por terra tudo o que tem “c” a mais, “p” a mais e, quem sabe, lógica a menos. Por mim, a mudar o estado das coisas portuguesas, mudava tudo tim-tim por tim-tim ao ponto de excluir tudo o que fosse carga a mais na escrita diária.
Não esqueçamos que em termos tecnológicos (e não fui eu que inventei nada disso mas gosto de usar o que me dão) tudo o que tiver uma vírgula ou um ponto a mais conta e pesa na dimensão do ficheiro.
Meus caros senhores e senhoras,
Ao poupar, que poupemos também nos caracteres e no que digitamos no dia-a-dia. Deixem-se de riscos e risquinhos, traços e tracinhos, bonecos e bonequinhos e outros artefactos que só incomodam o armazenamento de registos.
Poupemos também nas letras e letrinhas, nos parágrafos, nos textos e nos documentos. Poupemos nas leis, decretos, avisos, acordos, despachos, deliberações, portarias e outras legislações que se dividem por jornais, por séries e que até isso temos de saber localizar e ler.
Ainda gostava de saber quantas pessoas se dedicam a ver documento por documento, publicação por publicação, série por série, suplemento por suplemento, folha por folha, artigo por artigo, ponto por ponto, alínea por alínea, termo por termo, para extrair o sumo, ao ponto de se verificar que meio mundo anda a passar bico, passo a expressão, e ninguém ainda se preocupou em uniformizar critérios de escrita de forma a ser um modelo padrão sem esquisitices de maior, a saber:
Decreto-Lei devia ver-se como Dec-Lei
Decreto Regulamentar Regional devia ver-se como DRL
Decreto Legislativo Regional devia ver-se como DLR
Etc.
Evitemos termos a mais tais como nº, nr., n. ou Número, ou, ainda, numero. Um número é: 1, 2, 3 etc. Basta olhar, está de caras.
Depois as datas. Ora vem aaaa/mm/dd, ou dd/mm/aaaa, ou por extenso com todos os “de” e mais “de”. Para quê?! Uma data podia ficar tão simplesmente formatada como manda a moda atual: 2012/01/20, ou se o ano já está identificado antes, use-se dd/mm, isto é: 20/01. Já se sabe que 4 dígitos são para o ano, uma barra a separar 2 dígitos para o mês (a meio, claro) e uma barra a separar os 2 dígitos para o dia. Sim! Porque os dias têm o máximo de 2 dígitos, então, os que só tiverem 1 dígito coloca-se zero, para tornar a visão predefinida. Custa assim tanto?
E para quê usar tantos “.” (pontos), “_” e “-“ em nome de ficheiros? As “/” já nem são aceites por definição mestra, mas para quê encher o mundo das tecnologias de pequenos pesadelos?!
O melhor acordo ortográfico que se fazia era mudar tudo e acertar o passo definitivamente sem dar azo a se digitar conforme a mania do freguês. Que haja formação bastante para quem não se sentir afoito a novas situações. Ponto final