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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Outros momentos: a dor

31.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

A dor é a manta do tormento no corpo do entardecer. A dor é um cálice sangrento do punhal a escorrer. A dor nos trespassa sem clemência e nos tira a paciência.

 

Quando se tira um dente
[No meu caso foram dois]
Fica a boca dormente
O pior virá depois.

 

Dores de fazer gritar
Porque o dente estava mal
Tinha raiz a dobrar
E a saída foi fatal.

 

Levou tanta anestesia
Porque a dor era tão fina
Logo pensei que morria
Chorei como uma menina.

 

Dou louvores à dentista
Pela sua boa ação
Tanta broca ali à vista
E fez força de leão.

 

Fica assim feito o registo
Sou utente há vinte anos
Se me vejo fora disto
Desdentada mas sem danos.

 

E cantar ao desafio
Tem a pausa (in)felizmente
O canto vinha vazio
Com a falta de tanto dente.

Rosa Silva ("Azoriana")

Fevereiro, 1/2012 Tribuna Portuguesa, de José Ávila

29.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

Sem levantar o pé do chão nem entrar num avião para brindar o nosso povo emigrado por terras americanas com o lirismo que nos voa do fundo do coração bordado pelos genes dos nossos antepassados, venho hoje (e com alguns dias de antecedência) brindar, com alegria, o bonito gesto do amigo José Ávila, do quinzenal da Califórnia cuja página principal trás o título de «TRIBUNA PORTUGUESA». Retribuo, assim, a amabilidade que ele teve ao divulgar na página 27 a minha dedicatória, que reconheci logo por trazer a imagem do cabeçalho do meu blog e que, se não fosse a crise, serviria para a capa de um próximo rascunho do que me vai na alma, de terceirense açoriana com gosto.

Serve este artigo (bem como outros anteriormente) para divulgar que, a partir deste mês, irei guardar zelosamente tudo o que for encontrando por aí de gestos nobres como o de José Ávila, que também fará parte integrante do meu arquivo pessoal de momentos felizes.

 

A felicidade é de momentos e jamais se desprezem os melhores momentos.

 

 

Viemos nús ao nascer e nús havemos de morrer...

24.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

A gente bem que não olha
Mas acabamos por ver

Venha o diabo e escolha
O que mais resta fazer.

 

Anda tudo desaurido

Nem pra trás nem para a frente

Portugal está perdido
E perdida está a gente.

 

‘Tou irritada com a nação
E com os seus condutores
Uns comem até mais não
E outros sofrem as dores.

 

Não gosto de falar mal
Nem quero apontar o dedo
Parece-me que Portugal
‘Inda vai nos meter medo.

 

Viemos nús ao nascer
Alguns inté se vestem bem
E nús havemos morrer
Pois por cá nem fica alguém.

 

O primeiro sinal de mudança
É na curva da idade
Deixa-se de ser criança
Quando se conhece a maldade.

 

Mal andamos todos nós
Com manias de perfeição
Bem fizeram nossos avós
Pra nos deixarem um quinhão.

 

Agora perde-se tudo
Não há poupança de nada
Está tudo preso ao canudo
Com a mesa depenada.

 

Rosa Silva

Quinta do Galo – um ninho de inspiração e emoções

23.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

[Retalhos de uma visita guiada pelo proprietário, José Nogueira, e pelo dono de um projeto ambicioso e louvável, Luís Silva, um jovem que pretende reunir e entrevistar cada blogger da ilha Terceira, num ambiente natural e paradisíaco, onde as emoções voltam ao passado de tradições que, ali, estão expostas para quem, como eu, tem a sensibilidade à flor da pele.]
2012/01/21. Fonte Faneca, Terra-Chã, ilha Terceira - Açores

 

I
Num sábado dourado de luz
Numa tarde abençoada
Visitei uma ermida com Jesus
E a sua Mãe tão amada.
II
Luís Silva e José Nogueira
São fontes de inspiração
Numa Quinta da Terceira
Cujo Galo é anfitrião.
II
No trilho por eles guiada
Voltei ao tempo de criança
Ali estive rodeada
Pela cor da esperança.
IV
Animais de capoeira,
Jumentos, cavalos e veado
Fazem da Quinta inteira,
Um paraíso encantado.
V
Lugar para festas e cantigas
E a cozinha tradicional
Entre palavras amigas
O Galo é mascote real.
VI
O amor pelo que é seu
Vê-se em cada pedacinho
E até a mim comoveu
A melodia de um cantinho.
VII
Comunga-se a natureza
Em cada passo que damos
Com os pontos de beleza
Que ao sair nós levamos.
VIII
Trouxe comigo a emoção
Que naquele ninho eu vi
O carinho da minha mão
Na mansidão que, ali, senti.
IX
Vi o casal de jumentos
Com a cria que é mansa
Formam um quadro em momentos
Que ao passado me balança.
X
É sagrada a família
Que preserva a tradição
Nos artigos e na mobília
Transparece sua devoção.
XI
Seja feliz, José Nogueira,
Pela tua sã riqueza,
O “Junquilho” da Terceira
Que é Galo da natureza.
XII
Doze, o ano cujo Janeiro
Fica na minha memória
E sinto que o ano inteiro
Na Quinta fará história.


2012/01/22. Rosa Silva (“Azoriana”)

 

Leia, por favor, a entrevista publicada por Luís Silva no facebook na página da Quinta do Galo Açores.

 

 
Clique na imagem e siga, por favor, o link para o album de fotos.

 

 

"Asneirinhas"

23.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

Eu tenho muito dó daquelas pessoas que têm de andar todos os dias, impreterivelmente, com uma gravata ao pescoço, a barba bem raspada, perfume q.b. de boa qualidade, um fato sem nódoa alguma, sapatos sempre a reluzir, meias sem qualquer tipo de transpiração, cabelos aparados a nível (a brilhantina é opcional nos tempos que correm), pédicure e manicure em dia, hálito saudável e perfumado, nariz sem mácula nas narinas, orelhas afinadas sem resíduos de cera, sobrancelhas alinhadas e desodorizante propício às ocasiões, colarinhos brancos e asseados. Insisto, tenho muito dó destas pessoas e passo a explicar o motivo:

 

Porque não têm liberdade, estão obrigados a parecer bem e sempre mesmo que lhes apeteça a dizer uma asneirinha… o pior é mesmo quando a asneira sai boca fora e depois meio mundo ou o mundo inteiro fazem dessa asneira um vendaval medonho.

 

Juro que não me queria ver nesses assados nem com essa responsabilidade de parecer bem mesmo que não me apetecesse. Ponto final.

Um sábado diferente com um sol radiante

21.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

Hoje, vinte e um de janeiro do ano de dois mil e doze, foi um sábado muito diferente do habitual. A seguir às tarefas domésticas imprescindíveis, fui a um lugar que brevemente irão saber onde e como tudo se desenrolou. Podem crer que, hoje, foi um dia feliz para mim, meus mais próximos e não só. Irão perceber porque é muito bom ser blogger (isto é, bloguista) e estar numa ilha cuja natureza é um apelo à dedicação. Não me vou alongar mais porque fiz uma promessa: só quando for oportuno irei divulgar para os leitores do meu blog (e não só) o que me maravilhou... Até lá, bom fim-de-semana com um sol radiante a fazer-nos lembrar um verão em pleno inverno.

 

Rosa Silva ("Azoriana")

Que se acorde ortograficamente....

20.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

Eu acho muito bem que se acorde ortograficamente e se olhe às asneiras que se vão escrevendo por aí, por aqui e sei lá mais onde. Só tenho uma chamada de atenção a fazer: O que fazer com a escrita existente há alguns anos a esta parte e que agora ou se pesquisa «à moderna» e não se encontra ou se faz uma mudança radical pondo por terra tudo o que tem “c” a mais, “p” a mais e, quem sabe, lógica a menos. Por mim, a mudar o estado das coisas portuguesas, mudava tudo tim-tim por tim-tim ao ponto de excluir tudo o que fosse carga a mais na escrita diária.

 

Não esqueçamos que em termos tecnológicos (e não fui eu que inventei nada disso mas gosto de usar o que me dão) tudo o que tiver uma vírgula ou um ponto a mais conta e pesa na dimensão do ficheiro.

 

Meus caros senhores e senhoras,

 

Ao poupar, que poupemos também nos caracteres e no que digitamos no dia-a-dia. Deixem-se de riscos e risquinhos, traços e tracinhos, bonecos e bonequinhos e outros artefactos que só incomodam o armazenamento de registos.

 

Poupemos também nas letras e letrinhas, nos parágrafos, nos textos e nos documentos. Poupemos nas leis, decretos, avisos, acordos, despachos, deliberações, portarias e outras legislações que se dividem por jornais, por séries e que até isso temos de saber localizar e ler.

 

Ainda gostava de saber quantas pessoas se dedicam a ver documento por documento, publicação por publicação, série por série, suplemento por suplemento, folha por folha, artigo por artigo, ponto por ponto, alínea por alínea, termo por termo, para extrair o sumo, ao ponto de se verificar que meio mundo anda a passar bico, passo a expressão, e ninguém ainda se preocupou em uniformizar critérios de escrita de forma a ser um modelo padrão sem esquisitices de maior, a saber:

Decreto-Lei devia ver-se como Dec-Lei

Decreto Regulamentar Regional devia ver-se como DRL

Decreto Legislativo Regional devia ver-se como DLR

Etc.

 

Evitemos termos a mais tais como nº, nr., n. ou Número, ou, ainda, numero. Um número é: 1, 2, 3 etc. Basta olhar, está de caras.

 

Depois as datas. Ora vem aaaa/mm/dd, ou dd/mm/aaaa, ou por extenso com todos os “de” e mais “de”. Para quê?! Uma data podia ficar tão simplesmente formatada como manda a moda atual: 2012/01/20, ou se o ano já está identificado antes, use-se dd/mm, isto é: 20/01. Já se sabe que 4 dígitos são para o ano, uma barra a separar 2 dígitos para o mês (a meio, claro) e uma barra a separar os 2 dígitos para o dia. Sim! Porque os dias têm o máximo de 2 dígitos, então, os que só tiverem 1 dígito coloca-se zero, para tornar a visão predefinida. Custa assim tanto?

 

E para quê usar tantos “.” (pontos), “_” e “-“ em nome de ficheiros? As “/” já nem são aceites por definição mestra, mas para quê encher o mundo das tecnologias de pequenos pesadelos?!

 

O melhor acordo ortográfico que se fazia era mudar tudo e acertar o passo definitivamente sem dar azo a se digitar conforme a mania do freguês. Que haja formação bastante para quem não se sentir afoito a novas situações. Ponto final

 

Rosa Silva ("Azoriana")

À Tribuna Portuguesa, de Modesto, CA

20.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

Lanço mão à tecla moderna
Num cumprimento com alegria
Novo Ano está à perna
Só mesmo a crise é a agonia.

 

Que o quinzenal de Modesto
Do nosso querido José
Seja sempre o manifesto
De que não se arreda pé.

 

Que todos os nossos olhares
Se voltem para a escrita
Que vem de belos lugares
De gente fina e bonita.

 

Que as rádios e televisões
Jornais, revistas e afins
Celebrem boas ocasiões
Adornem nossos jardins.

 

Que este ano seja doce
Produtivo e amoroso
Como se na terra fosse
Um lugar harmonioso.

 

Mas se esta utopia
Não encaixa no real
Que venha sempre o dia
De se ler o Quinzenal.

 

A Tribuna Portuguesa
Fixa o tempo e a tradição
É imagem da realeza
Que tem a comunicação.

 

E a todos os leitores
Espalhados em qualquer parte
Mando da ilha dos Açores
Um abraço em popular arte.

 

Rosa Maria Silva
"Azoriana"

Serreta da ilha (Serreta na intimidade)

19.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

Trago a Serreta ao peito
Coroada de mansidão
Quando acordo e me deito
Rezo apenas uma oração

Obrigada Virgem Mãe
Por me dares mais um dia
E também todo o bem
De não ter vida vazia.

Pelos três filhos criados
No lar da minha afeição
Sejam sempre abençoados
E livres de aflição.

Que todos os meus parentes
E os amigos de verdade
Estejam sempre presentes
Plenos de felicidade.

Rosa Silva ("Azoriana")

Na Serreta fui (e sou) feliz

18.01.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

"Terceira que Deus te guarde!"
É o grito mais feliz;
Mesmo sem fazer alarde
Mata e Velho Chafariz...


Voltei ali espontânea
Numa pesquisa que fiz
A imagem conterrânea
Deixa-me sempre feliz.

E por gostarem da Serreta
Fá-la ser de todos nós
Não lhe tirem a tabuleta
Vem do tempo dos avós.

Ó Serreta tão querida
Como tu não há igual
És centro da nossa vida
Serreta de Portugal.

Rosa Silva ("Azoriana")

P.S. Comentário em "O Arrumário" - Mata da Serreta

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