Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
“Santos e Devotos” e “D. José Vieira Alvernaz”, entre outras.
O Museu de Angra do Heroísmo inaugurou no sábado, 5 de novembro, pelas 17 horas, duas exposições intituladas Santos e Devotos e D. José Vieira Alvernaz, Patriarca das Índias Orientais.
A primeira, que está patente na Sala do Capítulo e na Igreja de Nossa Senhora da Guia até 8 de Abril de 2012, expõe peças de imaginária devocional e pintura de notável valor artístico, bem como outros objetos religiosos ligados à prática do sagrado, como sejam presépios, registos, pagelas e ex-votos.
Com a colaboração de várias paróquias da Diocese de Angra do Heroísmo e da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória, esta exposição procura trazer ao presente, conhecer e aprofundar uma das nossas maiores matrizes culturais, que são as manifestações religiosas cristãs, e sujeitá-las ao crivo das preocupações e angústias nossas contemporâneas. A inauguração contou com a participação do coro do Seminário de Angra do Heroísmo.
Na Sala de Oportunidades e até 18 de Abril de 2012, está relembrado D. José Vieira Alvernaz, uma das figuras mais marcantes da presença portuguesa na Índia, durante o século XX, que teve uma importante intervenção moderadora no processo de anexação dos territórios de Goa, Damão e Diu pela União Indiana, em Dezembro de 1961.
Esta mostra inclui vestes sacerdotais, fotografias, objetos pessoais e recordações dos tempos em que este prelado, natural do Pico, desempenhou os cargos de Bispo de Cochim, Arcebispo Titular de Cranganor, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Goa e Damão, Patriarca das Índias Orientais e Primaz do Oriente.
Hoje, 29 de fevereiro, um dia que se repete de quatro em quatro anos, fui visitar estas exposições e outras patentes ao público, muito bem orientada pela funcionária Magda Peres, que me foi guiando e dando luzes sobre o que ali nos transpõe a um passado muito para além do meu nascimento.
Durante uma hora estive na presença de imagens, peças, objetos, documentos, pinturas e um cheiro da antiguidade preservada, valorizada e bela.
Bem-haja a quem dá o devido valor ao que é, por excelência, um contributo valioso aos que estão e virão do que nos deixaram uns quantos construtores da santidade, devoção e cultura.
A delicadeza, a serenidade estão ali patentes dando-nos, através de séculos de existência, uma visão histórica do que pela Região Autónoma dos Açores, das ilhas e suas localidades, foi passando e subsiste.
Há também algumas pedras trabalhadas, digamos assim, que me aprisionam o olhar e o gosto. Sempre foi a minha paixão: as pedras talhadas com figuras ilustrando o quotidiano.
Já na meta final da visita guiada, observei algumas pinturas com imaginação e inspiração. Soltou-se-me, então, uma vontade de deixar um desenho com a minha espontaneidade dando o devido valor a quem merece, que ficou exposto para quem tiver curiosidade de ver e ler. (Pena que a minha memória não tenha retido o que lá escrevi exatamente)
Lembram-se daquela canção que a dada altura sonoriza “nem às paredes confesso”? Pois é, hoje apetece-me fazer o contrário: confessar tudo às quatro paredes que me circundam sonorizadas por um constante gemer de um aparelho que permite que o trabalho corra sem paragens. Enfim, sou dada a introspeções e a depressões. E quem não é? Talvez aquele que está circunscrito a um reduto pior que o meu, talvez a uma cama articulada que baixa e levanta consoante o pedido de clemência do ocupante.
Tenho braços, tenho pernas, tenho ainda alguns dentes e, sobretudo, ainda tenho momentos bons à mistura com algumas adversidades de pouca monta. Não devia sequer abrir o texto para fazer qualquer apontamento menos positivo. Só que a minha passagem por esta vida conota-se por uma tendência para a insatisfação permanente mesmo sem razão aparente. Nem devia continuar nesta lamechice mas… hoje, especialmente hoje, nem da cama me apetecia sair, nem sequer vestir, nem tomar o rumo diário igual a tantos outros rumos ao mesmo ritmo, nem entrar, nem picar, nem seguir, nem sentar, nem pensar, somar, calcular, verificar, comer, sentar, sair… Chego ao ponto de pensar “oh quem me dera voltar a ser como noutros tempos e permanecer no reduto doméstico” e tratar das galinhas, dos porcos, dos periquitos (que não tive nem tenho), dos gatos (que tenho), dos cães (que também tenho) mas nunca de vacas nem bois. Estes marcaram-me pela negativa e nem os quero ver por perto, salvo raras exceções em ponto mais pequeno (e vacas aqui têm também outro paralelismo).
Queria, sobretudo, ver a Jesus, Maria e José, mesmo… Ao olhar para as imagens que se criam com rostos de paz, harmonia e como que com um sorriso permanente, sinto-me calma e a querer estar nesse paraíso, nessa calmaria de atos e introspeções. Penso que se continuar nesta onda ainda vou dar entrada numa depressão do tamanho do universo… Melhor adotar o ponto final sem mais parágrafo algum.
Rosa Silva (“Azoriana”)
P.S. Se houver algum psicólogo de serviço e que saiba o que vai nas entrelinhas do texto supra que me diga qual o refrão a utilizar no meu caso.
Lá se foi o Carnaval Que pra nós é pedestal De beleza e fantasia É triste vê-lo partir Mas sei que há de vir Sempre com a mesma magia.
Uma lágrima se esvai E no meu coração cai Nunca será de tristeza É como se a saudade Planta-se em mim de verdade Paixão por esta beleza.
A Terceira, minha gente, É o palco mais feliz Do Carnaval a raiz Um amor sempre presente; Vem coroado de rima Prezando a redondilha E ao redor da nossa ilha Toda a gente o estima.
E uma dança de espada As Lajes nos ofereceu Maior aplauso cresceu E a prova estava dada. Com “O som do coração” Toda a ilha se espanta E a sua beleza encanta Os olhares de emoção.
Fazendo análise resumida à boca da atualidade digo com sinceridade que estou feliz da vida: É gente que canta e encanta! É gente que dança qual maravilha É gente que... Arte partilha! É a ilha toda inteira a nossa, a ilha Terceira, nos palcos da alegria com a força da canção com alma e coração abraçando a fantasia!
A coreografia, A poesia, A interpretação, A indumentária, A revelação, Extraordinária Atuação...
Bravo Povo, Brava Gente Linda Cultura Bela postura De Carnaval O Festival Evidente...