quatro paredes (visita ao Museu de Angra)
Exposições no Museu de Angra do Heroísmo:
“Santos e Devotos” e “D. José Vieira Alvernaz”, entre outras.
O Museu de Angra do Heroísmo inaugurou no sábado, 5 de novembro, pelas 17 horas, duas exposições intituladas Santos e Devotos e D. José Vieira Alvernaz, Patriarca das Índias Orientais.
A primeira, que está patente na Sala do Capítulo e na Igreja de Nossa Senhora da Guia até 8 de Abril de 2012, expõe peças de imaginária devocional e pintura de notável valor artístico, bem como outros objetos religiosos ligados à prática do sagrado, como sejam presépios, registos, pagelas e ex-votos.
Com a colaboração de várias paróquias da Diocese de Angra do Heroísmo e da Santa Casa da Misericórdia da Praia da Vitória, esta exposição procura trazer ao presente, conhecer e aprofundar uma das nossas maiores matrizes culturais, que são as manifestações religiosas cristãs, e sujeitá-las ao crivo das preocupações e angústias nossas contemporâneas. A inauguração contou com a participação do coro do Seminário de Angra do Heroísmo.
Na Sala de Oportunidades e até 18 de Abril de 2012, está relembrado D. José Vieira Alvernaz, uma das figuras mais marcantes da presença portuguesa na Índia, durante o século XX, que teve uma importante intervenção moderadora no processo de anexação dos territórios de Goa, Damão e Diu pela União Indiana, em Dezembro de 1961.
Esta mostra inclui vestes sacerdotais, fotografias, objetos pessoais e recordações dos tempos em que este prelado, natural do Pico, desempenhou os cargos de Bispo de Cochim, Arcebispo Titular de Cranganor, Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Goa e Damão, Patriarca das Índias Orientais e Primaz do Oriente.
Fonte: in Azores.gov.pt
A minha visita ao Museu de Angra
Hoje, 29 de fevereiro, um dia que se repete de quatro em quatro anos, fui visitar estas exposições e outras patentes ao público, muito bem orientada pela funcionária Magda Peres, que me foi guiando e dando luzes sobre o que ali nos transpõe a um passado muito para além do meu nascimento.
Durante uma hora estive na presença de imagens, peças, objetos, documentos, pinturas e um cheiro da antiguidade preservada, valorizada e bela.
Bem-haja a quem dá o devido valor ao que é, por excelência, um contributo valioso aos que estão e virão do que nos deixaram uns quantos construtores da santidade, devoção e cultura.
A delicadeza, a serenidade estão ali patentes dando-nos, através de séculos de existência, uma visão histórica do que pela Região Autónoma dos Açores, das ilhas e suas localidades, foi passando e subsiste.
Há também algumas pedras trabalhadas, digamos assim, que me aprisionam o olhar e o gosto. Sempre foi a minha paixão: as pedras talhadas com figuras ilustrando o quotidiano.
Já na meta final da visita guiada, observei algumas pinturas com imaginação e inspiração. Soltou-se-me, então, uma vontade de deixar um desenho com a minha espontaneidade dando o devido valor a quem merece, que ficou exposto para quem tiver curiosidade de ver e ler. (Pena que a minha memória não tenha retido o que lá escrevi exatamente)
Rosa Silva (“Azoriana”)