Sejam os meus versos flores!

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In grupo criado por Rui Neves, aberto a quem estiver interessado na divulgação de tudo o que se relaciona com a devoção ao Divino Espírito Santo.
As rotundas
As rotundas da Terceira
Numa rima cavaqueira
São dignas de apregoar
Não fossem alguns dos danos
Que raros seres humanos
Fazem por enxovalhar.
Em São Carlos, junto à escola,
“O polvo” já me amola
A cabeça, podem crer;
Há quem use e abuse
E de a deixar recuse:
Está aqui, está a morrer!
Deixem a rotunda em paz
Ou então quem a desfaz
Para melhor se aguentar.
Há que ter grande esqueleto
Branco, loiro ou até preto,
Para nada o derrubar.
Será que fazem rali
Pelo que vejo ali
Sempre aos fins-de-semana?!
Tudo ou quase, na Terceira
Só é lindo à primeira
Aos poucos perde a fama.
As cantigas de improviso
Já no caso das cantigas
Tiveram suas espigas
Para agora até vingarem
O pior são os “expertos”
Com boca e olhos abertos
Para depois as divulgarem.
Até vem cena bonita
Mas é pena que a escrita
De nobre comentador
Seja algo tendenciosa
E no meio dessa prosa
Se leia o ser amador.
A cantiga não se estuda
E Deus que ora me acuda
Para bem isto me sair:
O valor do improviso
É o que vem ao juízo
E dele não se pode fugir.
Há quem veja os cantadores
Desta ilha dos Açores
Atrás duma objetiva…
Depois dá cebo à cena
E vem à boa pequena
Trazer algo que desmotiva.
O amor pelas cantigas,
Do desafio amigas,
Irá sempre estar no que rimo;
Mesmo que eu cante calada
Abraço a caminhada
Da quadra que tanto estimo.
A cantar somos felizes
Honramos nossas raízes
Os diletos antepassados
Que tão bem improvisaram
E um legado nos deixaram
Pra sempre serem lembrados.
Rosa Silva (“Azoriana”)