Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor" 4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado **********
O prefácio do livro “1958-Tragédia na Serreta” tem a assinatura de Rosa Silva, mais conhecida por “Azoriana” devido à sua arte de ‘fazer versos popular’, sendo que, a páginas tantas, escreve: “Uma tragédia atroz/Contada por um autor/Que não viu essa dor/Mas a lega para nós”.
Já a tarefa de verificação e revisão de texto de toda a obra coube a Fernando Gomes e Victor Rui Dores, respectivamente.
(...)
Fonte: Parte do artigo de Sónia Bettencourt. In jornal "A União", de 14 de abril de 2012, sábado.
Eis o que criei hoje a propósito desses escritos:
CELESTE
Foi-se triste a mulher Num momento aterrador Creio e se Deus quiser Está no reino do Senhor.
Bem-vindo a quem vier À Serreta por amor Esteja lá onde estiver A Celeste é uma flor.
As flores são de Maria Nossa Mãe imaculada Que é santa companhia.
No momento da partida Onde Ela tem a morada Toda a morte lembra a Vida.
Rosa Silva ("Azoriana")
**********
Nota: Espero ver-vos lá, na Sociedade Filarmónica Recreio Serretense, no dia 22 de abril próximo, pelas 16 horas, onde será lançado o livro de Liduino Borba, que já nos habituou e inspirou prosa e/ou poesia.
Caem-me letras esguias, quadradas, obtusas no parapeito da imaginação e deixo-me encantar por um punhado de estrofes que delineiam a minha escrita que, por vezes, me parece muda, cega e alheia a muitos e bons olhares.
A minha escrita retrata-se em embalagens de anti-qualquer-coisa que venha para amedrontar o percurso vivente. Não deixo crescer as unhas no sentido de evitar que os espaços, os riscos, os traços venham enfeitar a escrita que, por si só, já se enfeita de pensamentos imaginados e não praticados.
Há unhas que despedaçam a escrita de tal forma que o que devia ser tido como uno acaba por duplicar a existência de atos, medidas e contas. Há unhas que de tão belas e vistosas acabam por atrair olhares que se perdem ao fim do conhecimento intrínseco de quem as usa. Há unhas que são autênticos manequins ambulantes e que, ao serem confrontadas com a rudeza da vida, acabam por estalar o verniz.
Mas que falem as manicures, as pédicures e outras “cures” da escrita rasgada pelos timbales do desassossego. O que fazer da minha escrita desobrigada?! Talvez deixá-la voar por aí ao encontro de outras tantas linhas eruditas que, no meu fraco entender, pecam por oclusão, tal como alguns dos meus artigos prosaicos. A rima, quando me bateu à porta do cérebro, veio trazer-me o balsamo para a alma inquieta, sofrida e ressuscitada para o caderno das emoções.
Caderno das emoções
Nas marés do meu viver No rescaldo da paixão Dei comigo a conviver Com a rima da emoção.
Meia volta, volta e meia Dou comigo marulhada E se estou em maré cheia A rima salta do nada.
E seu salto não me sai Até me faz sentir bem [Tenho o mar como meu pai E a terra por minha mãe.]
Terra e Mar enamorados Nas linhas da emoção E em mim sempre ancorados Rascunhos do coração.
Eu bem que tento não deitar o olho nas notícias que mancham a atualidade mas, como diz o outro, lá de volta e meia, ponho-me a vasculhar os títulos de última novidade. Calhou-me, esta tarde, o título pomposo “Cavaco cita "interesse nacional" para congelar reformas antecipadas”, no Económico. Pasme-se, e até apetece escrever também em título pomposo mas uma nica amedrontado, “Estamos todos rotos” e, contra isso, batatas e batatoides. Quer dizer, se nem batatas tenho (e alguns também não), a nossa reforma nem sequer vai ter o prazer de nos cair na mão quanto fará no bolso (a verdadeira mesmo, na idade certa).
Na verdade, a gente nem chega a pisar o risco da velhice, portanto, não há que reclamar. Muito menos vamos ter razão para passar por uma reforma antecipada, nem gozar as delícias de uma tarde, acompanhada pelas melodias de alguns melros pretos que, ultimamente, acharam-se no direito de nos alegrar o quintal. Valha-nos esses ricos bichinhos cuja existência nem dá pelas calamidades de umas tantas cabeças (des)iluminadas. A culpa vai morrer solteira, como diria o outro ainda, porque todos contribuímos para o buraco financeiro em que nos encontramos.
Era muito gastar mesmo. Uns com tudo e outros sempre com o mesmo. Eu, por mim, incluo-me naqueles que andam sempre com a mesma roupa e só trocam a calça com a blusa de anteontem, etc.
Aos poucos, vamos dando pela verdadeira cratera que já vem de algum tempo e sempre nos tentaram tapar o sol com a peneira. Daqui a nada vai por terra um governo para vir outro que nos voltará a dar tudo. E assim sucessivamente até atinarem que a culpa disto tudo é do EURO. Enquanto a despesa for superior à receita não há salvação. Insisto, estamos todos rotos. E leia como quiser…
Az.: Olá, SAPO! Sabes que dia é hoje? SAPO: Então não havera de saber... É segunda-feira, a primeira a seguir ao domingo de Páscoa. Az.: Só isso? SAPO:(pensativo) Queres mais? É dia 9, 15ª semana, mês abril, ano 2012... No calendário até diz que é dia de S. Marcelo... Az.: Já viste o meu blog hoje? SAPO: Desculpa, mas não... Tenho tanto que fazer e estou ainda contagiado pelo fds... Az.: Pelo quê? SAPO: fds = fim de semana, daaaa.... Az.: Ah, ok. Então desisto de te importunar mais... SAPO: Na, na, na... Desembucha o que tens aí entalado... Az.: (muito baixinho quase pianinho) É que hoje o teu "afilhado" faz oito (levantou mais o tom) OITO (voltou a baixar o tom) anos de estadia na tua mansão... SAPO: (muito corado) É mesmo???? E porque estás a falar tão baixinho que quase não pescava nada?... Az.: É porque estava acanhada... (em tom normal) Vens à minha festa? Estás convidado. SAPO: Claro, claro... Não ia deixar a ilha Terceira, dos Açores, sem a minha presença mesmo que virtual :) Az.: Então, bora lá... Canta comigo...
Oito anos a blogar Com o SAPO a brindar O povo de cá e lá Oito anos em maresia Com escrita posta em dia Na rima que nasceu cá.
O SAPO nem deu por isso Mas que bonito serviço Me salta já da ideia Está na hora de chamar Os bloguistas a cantar E ver minha casa cheia.
La, la, la, la, la
SAPO: La, la, la, la... Parabéns! Parabéns! :) Az.: Obrigada, obrigada (fazendo uma vénia que quase bate com o nariz no chão)
E assim se passou mais uma pausa almoçadeira, com um diálogo em monólogo. Inté à promeira. Tenham uma boa segunda-feira! :)
____________________________ Legenda: Az. = Azoriana Angra do Heroísmo, 9 de abril de 2012.
_________________________________ E não é que passados poucos segundos o meu blog voou para os Destaques do SAPO, pela mão do Pedro?! VIVA O SAPO!!!! Beijos
SAPO
Az.
SAPO
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Oito anos a blogar
Com o SAPO a brindar
O povo de cá e lá
Oito anos em maresia
Com escrita posta em dia
Na rima que nasceu cá.
O SAPO nem deu por isso
Mas que bonito serviço
Me salta já da ideia
Está na hora de chamar
Os bloguistas a cantar
E ver minha casa cheia.
La, la, la, la, la
SAPO
Az.
E assim se passou mais uma pausa almoçadeira, com um diálogo em monólogo.
Inté à promeira. Tenham uma boa segunda-feira! :)