Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Irá decorrer entre 31 de maio (quinta-feira) e 4 de junho (segunda-feira) o V Congresso Internacional sobre as festas do Divino Espírito Santo, na Ilha Terceira. É uma honra para nós, terceirenses, ter esta efeméride promovida e organizada pelo Governo dos Açores, através da Direção Regional das Comunidades, este ano, cuja página oficial já está ao dispor de todos (clique na imagem abaixo, cuja adaptação foi feita com a imagem original da mesma)
Não faço parte da organização nem me inscrevi por razões profissionais, mas partilho este acontecimento deveras interessante.
Aproveito a ocasião para também partilhar algumas das minhas criações, que já conheceis, que talvez pudessem fazer parte desses momentos comemorativos:
Ao todo contamos com doze signos zodíacos, divididos por três espécies, segundo a minha perceção, que são: Cardeais, Fixos, e Mutáveis.
Cada espécie tem quatro elementos caraterísticos que são: Ar, Água, Fogo e Terra, com três signos por cada:
Há ainda a realçar que os signos são ilustrados com símbolos de animais, exceto os nativos de «Aquário», «Gémeos», «Virgem» e «Balança».
Os signos têm a proteção dos seguintes arcanjos (7):
Cassiel (2 signos cardeais: «Carneiro»/Fogo, «Capricórnio»/Terra e 1 fixo: «Escorpião»/Água), Gabriel (1 cardeal: «Caranguejo»/Água), Anael (1 cardeal: «Balança»/Ar e 1 fixo: «Touro»/Terra), Michael (1 fixo: «Leão»/Fogo), Ariel (1 fixo: «Aquário»/Água), Zachariel (2 mutáveis: «Sagitário»/Fogo e «Peixes»/Água), Raphael (2 mutáveis: «Gémeos»/Ar e «Virgem»/Terra).
Portanto, são 12 signos, 3 espécies (cardeais, fixos e mutáveis), 4 elementos (com 3 signos de AR - Aquário, Gémeos e Balança; 3 de ÁGUA - Peixes, Caranguejo e Escorpião; 3 de FOGO - Carneiro, Leão e Sagitário; e 3 de TERRA - Capricórnio, Touro e Virgem) e 7 ARCANJOS medianeiros. O que acho deveras interessante é que cada elemento tem as três espécies de signos (cardeais/os que estão a sublinhado, fixos/os que estão a negrito e mutáveis/os que estão a itálico).
Não sendo eu especialista nesta matéria, tenho alguma curiosidade que me leva, vez em quando, a entrar nestas buscas que vieram à tona, motivada por um e-mail recebido da AVSPE - Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores, da qual sou membro efetivo, a convite da fundadora, D. Efigênia Coutinho, presidente e poetisa por excelência. Este e-mail comportava um conjunto de sonetos (12) alusivos aos signos, intitulados MAGIA DOS SIGNOS, da autora Adelina Velho da Palma, também membro efetivo da AVSPE.
Eis, após tomar conhecimento desta beleza artístico-primorosa, o que elaborei para divulgação e aprendizagem, deixando para o final uma criação pessoal:
Na foto vê-se o retrato Numa camada vejo o estrato De fino trato. [Rasto de ratos] Cena de atores: Autor na peça de teatro. Nem numa prece posso Orar-te...
Após vir à tona o meu artigo, intitulado – Ó Senhora da Boa Hora – Santo Amaro – Velas – São Jorge, de 10 de maio de 2012, e como já vem sendo habitual, António Oliveira “Mintoco”, não se conteve e abeirando-se da viola e do violão imaginários, começou o que se pode chamar de cantoria virtual, que é nem mais nem menos do que umas quadras e umas sextilhas pelas linhas tecnológicas com exposição aos olhares do mundo cibernauta. Confesso que de início não pensei que durasse tanto.
De 11 a 15 de maio, geraram-se uma mão cheia de cantigas estendidas pelo mural dos comentários do blog. Assim, resolvi copiá-las e guardá-las, ordenada e sequencialmente, em forma de artigo para me dosear o efeito.
Espero que gostem tanto quanto eu deste improviso quase que a roçar o despique, tão comum nas cantorias ao desafio que vão ganhando novos adeptos e novos cantadores nesta ilha (e noutras) do arquipélago dos Açores.
Açores são uma coroa de ilhas beijadas pelo lindo mar atlântico que tanto pode estar com ares amistosos como com algum alvoroço. Ultimamente até tem levado com outras tonalidades por via das intempéries que grassam e levam a terra toda à sua frente, volta abaixo, sem dó nem piedade. São tempestades a que estamos sujeitos porque contra a força da natureza não há grande coisa a fazer e só Deus nos pode valer.
A seguir, deixo-vos com os cantares de “MINTOCO” e “AZORIANA”.
O começo. 2012-05-11
MINTOCO:
1
Se perguntasses a Maria Qual seria a sua opinião Que maneira é que ela queria Que se desse a Deus devoção Sei muito bem que ela diria Adora a Deus e a mim não
A imagem pode ser bonita Mas a Deus ninguém conduz Podes decorá-la com manto e fita Não dá nem um raio de luz.
Quem tira muito proveito São os fabricantes de imagens, É um negócio que dá muito jeito Enquanto houver festas e romagens.
Olhando para os seus pés Posso ver três bonequinhos Que dizem que lá nos céus São chamados de anjinhos.
Eu sei que há um arcanjo Querubins e Serafins E que Deus formou um anjo Que foi o pai dos nefilins.
Foi este anjo que um dia Também quis ser adorado Eu não acredito que Maria Quisesse tomar o seu lado.
Maria era uma adoradora Que adorava a Deus de coração Por isso Deus a achou merecedora De ter toda a sua aprovação.
Os dez mandamentos claros são Quando se fala neste sentido Que imagens na adoração Por Deus não é permitido.
AZORIANA.
Caro cantador:
2
É livre de opinar E não lhe tiro a razão: Mas dá gosto em criar Do fundo do coração.
Nossa Senhora é só uma E foi a Mãe de Jesus Não há mal em coisa alguma Se Ela a todos seduz.
Porque a sua sedução É feita de Amor puro Nunca tem má intenção E garante o futuro.
É Senhora feita Bela Imagem pra contemplar, Por isso gostamos dela Ao ponto de lhe cantar.
Um canto feito na hora Fruto da inspiração Já vem dos tempos d'outrora E reluz na afinação.
Deus a quis cheia de Graça E a deu a conhecer Tudo a que a gente Lhe faça Para Ele também vai ser.
2ª VOLTA. 2012-05-12
MINTOCO: Para a Dona Rosa Silveira Pela qual tenho admiração.
3
És uma grande cantadeira Mas não entres em religião Porque uma coisa verdadeira Não mistura com a tradição.
Para se falar de religião É preciso ter muito cuidado É como não dar atenção Andando num campo minado.
Não interessa a experiência A cautela é sempre pouca Mesmo com toda a inteligência Há sempre quem diga que és louca.
Não te esqueças que no mundo Não são todos da mesma fé Há alguns que vão bem fundo Para descobrir o que a verdade é.
Há quem não vai com palavras Eles querem ver as provas Aconselho-te que a boca não abras Se não aceitas coisas novas.
Eu por mim tenho muito cuidado Quando faço as minhas quadras Por isso eu uso um livro inspirado Que são as escrituras sagradas.
Este livro que nos foi dado Por nosso pai que está no céu Para o cristão ser guiado E defender a sua fé.
Por isso quando falares de Deus Ou de maria e dos anjos Lembra-te que lá nos céus É Deus quem faz os arranjos.
A última quadra que a Rosa fez Na sua linda conclusão Gostava que perguntasse a Deus Se ele tem a mesma opinião.
Isaías quarenta e dois Diz lá coisas engraçadas Se leres o sete e oito depois Falam de imagens entalhadas.
AZORIANA:
4
Se Deus escolheu Maria P’ra ser a Mãe de Jesus Com certeza não queria Que lhe déssemos nova cruz.
Eu a cruz não lhe vou dar Nem a si, caro Oliveira, "Mintoco" está a cantar Testando minha maneira.
Eu canto mesmo a escrever E canto o que eu sinto Mas se for para combater Eu juro que lhe não minto.
Aprendi de pequenina A amar Jesus e Maria Todos com graça divina E o mal ninguém queria.
Não cantemos opiniões, Cada um toma a que quer A respeito das religiões Defenda como quiser.
Não se destrua a alegria Porque alegria é vida E com Deus por companhia Feliz sou e mais divertida.
3ª VOLTA. 2012-05-13
MINTOCO. OLÁ DONA ROSA aí vai a resposta:
5
Deus escolheu a Maria Para ser a mãe de Jesus Porque ele muito bem sabia Que o mundo precisava de luz.
Deus sabia muito bem Que Jesus vinha para sofrer Porque aqui não havia ninguém Que por nós quisesse morrer.
E mesmo que houvesse alguém Ele não se qualificava Porque o valor que alguém tem Nem a si mesmo comprava.
Por isso era necessário Que uma criatura perfeita Entrasse neste cenário E pagasse a despesa feita.
Eu não te estou a testar Porque isto são coisas sérias Só que tu costumas cantar Com quem tem as tuas ideias.
Isto é um campo diferente Que não estás acostumada Mas se andares sempre em frente Vais achar a coisa engraçada.
Tu cantas mesmo a escrever E eu a escrever também canto Com cuidado para não te ofender Mas não sou nenhum santo.
Amar Jesus e a Maria Foi coisa que aprendeste Mas não precisas usar idolatria Se fazes isso já os ofendestes.
Numa coisa estou resolvido É as coisas direitas por E quando uma coisa faz sentido Ninguém lhe tira o valor.
Um dos frutos do Espírito Santo É o fruto chamado alegria Que traz decoro e encanto Quando usado na cantoria Mas que muitos o usam tanto Para exaltar a idolatria.
Eu tenho uma mensagem Para vocês aí nos Acores Mas ela será na linguagem Que só conhecem os cantadores.
AZORIANA:
6
"Amar Jesus e a Maria Foi coisa que aprendeste Mas não precisas usar idolatria Se fazes isso já os ofendestes"
Não quero ofender Jesus Nem de propósito nem a brincar, Cada um toma sua cruz Para vir aqui cantar.
Pró "mintoco" me ofender É se usar palavrões Não fez nada pra eu morrer Com as suas opiniões.
Se eu uso "idolatria" Já muitos a mesma usaram E se foi na cantoria Foi porque então cantaram.
Se me atirar pedregulhos Que eu não possa suportar Atiçará meus barulhos No teclado a cantar.
Mintoco não me faz mossa Canta muito ao de leve Talvez eu até nem possa Ir contra ao que escreve Se me quiser dar uma coça A resposta não entra em greve.
Gosto destes desafios Embora não os tenha usado Assim vai-me dando fios Para um canto engraçado Se eu lhe causar arrepios Pode vir a ficar calado.
Se eu o conseguir calar Nesta cena de improviso Sem resposta para me dar Muito mais do que preciso Fica então a encalhar O que traz no seu juízo.
Se mandar aos cantadores Uma mensagem serena Irá encher os Açores De lírios e uma açucena Mas cuidado se são dissabores Porque não valerá a pena.
4ª VOLTA. 2012-05-14
MINTOCO:
7
A dona Rosa é destemida É uma mulher de coragem Mesmo sabendo que esta perdida Continua a sua viagem.
Costuma-se ouvir dizer Que para a frente é o caminho Mas sei que te vais perder E eu vou ficar aqui sozinho.
Só uma coisa eu não sei Porque respondes ao Mintoco Uma profecia te mandei E é a mim que tu dás o troco.
Eu não tenho culpa nenhuma Daquilo que está escrito A não ser que a responsabilidade assuma E diga que é um mito.
Eu por mim não vou invalidar A palavra do Criador Só para acomodar As ideias de um cantador.
Eu sei que pensas estar certa Na tua resposta bem elaborada Escreves de uma maneira que alerta Mas ao mesmo tempo ficas calada.
Eu queria dar-te uma mensagem Mas não quero ouvir o teu rogo De joelhos diante de uma imagem Para eu não arruinar o teu blogo.
Tu podes ficar descansada Que isso eu não vou fazer Mas a mensagem vai ser dada Mas só no meu blogo a vais ver.
A resposta eu te estou a dar E pela resposta à espera fico Se tu me quiseres calar É só dizer cala o bico Mas se me deixares falar O teu blogo fica mais rico.
Este blog da Dona Rosa Tem muitas coisas diferentes Porque muita pessoa famosa Deixa aqui os seus presentes E deste privilégio só goza As pessoas que tu consentes.
AZORIANA:
8
Ah, Ah, Ah, deixa-me rir Acha que estou perdida?! Ó home inda está pra vir Quem no canto me tire a vida.
Canta o velho e canta o novo Todos têm o seu lugar Se a cultura é do Povo Venha o Povo aqui cantar.
Tem a lábia bem comprida O Mintoco de outros ares, Se me chama destemida Continue nos seus pilares.
O pilar da Virgem Mãe Não é mentira nenhuma Porque todo o Altar tem Bela Imagem em suma.
P’lo jeito que estou a ver O Mintoco não se cala Mas se for pra eu morrer Só quando perder a fala.
E se de mim se fartar Não fui eu que comecei Há de ficar a suar Pelo troco que aqui dei Mas calar não vou calar Nem que se faça uma lei.
Vaca mansa em erva brava Resiste até ao fim Até parece uma escrava Pastando num bom jardim Touro bravo na terra cava Mas não resiste assim.
E as rosas, flores mimosas, Parecem umas rainhas, Com espinhos tenebrosas Não lhe pousam andorinhas No entanto são vistosas E não se chamam daninhas.
Mintoco vou-lhe dizer Com o respeito que merece Se isto estiver a aquecer Veja lá se arrefece Pelo que estou a ver Esta dupla não esmorece.
Se quiser dar o final Estarei pronta também; Se quiser um pedestal No meu fica muito bem Mas se for para fazer mal Veja lá se se contém.
5ª VOLTA. 2012-05-15
FIM DESTA PRIMEIRA LADAINHA
O FINAL
MINTOCO:
9
O melhor está para vir Tu sabes a música de cor Mas olha que o último a rir É aquele que ri melhor.
O teu blog é do povo Mas estás a comandar Porque quando há algo novo Começas logo a atacar.
Há quem não veja o perigo Gosta de se aventurar E aqui a cantar contigo Não sei onde isto vai parar.
Lá vens tu outra vez Com a tua nossa senhora Eu já te falei de Deus Mas a resposta até agora.
Nós os dois aqui a cantar A tua ideia não é a minha Já vi que gostas de puxar A brasa à tua sardinha.
Tu dizes que não me calo Eu surpreso contigo fico Se fico quieto e não falo Tu dizes que não abro o bico.
Eu de ti não me farto És uma excelente companheira Mas tu foges como o lagarto Para a abertura na pedreira Mas quando eu te der o descarte Vais chorar que nem uma carpideira.
Não nego que o teu cantar Esta além do meu alcance Mas se um de nós não parar Isto vai dar um romance.
continua
9 (continuação)
Vou falar com teu marido Com esse homem afortunado Vou-lhe fazer um pedido Para estar do meu lado Para ele ralhar contigo E então vou ficar calado.
Tu pensas que eu não sei Que me queres ver arranhado Mas tantas vezes me arranhei Que já fiquei muito calejado Mas desta vez me piquei E está a doer um bocado.
Mas para apanhar uma rosa Não importa que rosa seja Para a picada não ser dolorosa Usa-se uma bandeja E se ela é linda e formosa Cuidado que ninguém a veja.
Para Dona Rosa vai um abraço Para seu marido e filhos também Desculpem as quadras que faço Espero não ofender a ninguém E desejo ver rosas no regaço De todos por este mundo além.
FIM
AZORIANA:
10
Linda sextilha final Deixaste no meu regaço Cantar é intemporal E melhor até nem faço Vai pró Mintoco excecional Um beijinho e um abraço.
Agradeço ter estado Nesta humilde residência Se melhor não foi cantado Haja santa paciência Nada disto foi calculado Foi legado da Providência.
Adeus até novo dia Com cantigas a preceito E na sua companhia Cantei a torto e direito Com a sua ousadia Picou-me e fez efeito.
O meu marido e filhos Não se prendem com cantares Nem leem estes sarilhos Que içámos nestes ares Cada qual segue os seus trilhos Bem fora destes lugares.
Deus nos dê inspiração P’ra cantarmos outra vez Chamaremos a atenção A qualquer um de vocês Com rimas do coração Por Maria neste mês.
Adeus povo em geral Adeus Mintoco, bom amigo Fizemos um festival Não corremos nenhum perigo Nosso escrito no mural Passará para um artigo.
As cantorias na TERCEIRA Tomaram a dianteira, Sofreram grande evolução… Se á cantoria nós vamos Nos palcos da ilha encontramos Uma nova geração.
Novos cantadores geraram Neste festival pitoresco, Dizem q’ as cantorias jorraram Uma lufada de ar fresco.
Tem o Fábio de São Mateus Que tem o dom de Deus Na sua voz cristalina… A Rosa Silva também, Que na alma quadras tem Luzidias nem purpurina.
E Clara ainda a crescer E a subir a alta serra, Afortunada há-de ser Outra Turlú nesta terra.
De são Jorge Ilha vizinha Dois cantadores tinha Nos ramos da densa giesta… O Isidro e Bruno Oliveira Que também vem á Terceira Animar a nossa festa.
O Bruno é cantador atinado Tem ideia sorrateira… E dá tempero apimentado As velhinhas da terceira.
Quem assiste ao festival Vê nas Velhas que ele inventa, Que os bailinhos de Carnaval Deixaram de ter pimenta.
Deixo aqui um desejo forte Para que todos tenham sorte Nesta arte de cantar, A minha conclusão é certeira, Diz que a cantoria na Terceira Está para lavar e durar.
Quando as trombetas tocarem E o sucesso subir em chama, Sejam humildes para saborearem O gosto da justa fama.
Quando então for realidade Nada será como antes… E descobrirão que a humildade Destrói os maiores gigantes.
Autor: João Mendonça. Ilha Terceira - Açores
Algumas palavras rimadas em agradecimento:
Amigo João de Águ'alva Agradeço a cortesia A tua quadra me salva Brilha com tua poesia.
Engrandeces cantadores Desta ilha e da vizinha São Jorge destes Açores Com o sucesso que se adivinha.
Tu és o cume do pico És bravo de sabedoria E bem contente eu fico Com teu amor pla cantoria.
Bravo amigo continua Tens o valor português Brilha o Sol e luz a Lua Em tudo o que fazes e vês.
Aos treze dias de maio Três após maleita Foi-se embora como raio E em lágrimas me deita.
A gatinha achada no mato Faleceu em minha casa Juro que lhe dei bom trato Sua partida me arrasa.
Coitadinha da bichana «Bolota» era sua graça No primeiro dia da semana Sua vida então se passa.
Chorei amargamente............ *2011+2012
Dizem que os bichos não tem alma, são irracionais... mas se estiverem perto dos humanos tornam-se amigos fiéis. Ela esteve no meu colo, foi mimada, estava muito frágil... depois quis ir para a sua cama e deixei ir... ia muito frágil... passado poucas horas soube que ela dera o último gemido... chorei, chorei... a morte machuca muito os que assistem ou ficam com ela na lembrança.
Treze para uns azar Para outros é três em um; Santo Cristo a festejar No domingo incomum E à Senhora vão rezar Em Fátima centro comum.
Não sendo eu exemplo de virtudes mas tendo a fé enraizada pelos meus antecedentes que eram genuínos na sua devoção, assinalo a passagem deste Domingo com uma sextilha, sem mais alinhavos, no que respeita às festividades do dia, na Região e no Continente. Também se celebra o 5º Domingo do Espírito Santo que está intrínseco nas festividades destacadas.
Não podendo estar presente em nenhuma das festividades, exceto no que toca ao pensamento, por me encontrar com algumas mazelas próprias da oscilação climática, não posso deixar de me alegrar com este dia coroado de sol, ao contrário dos anteriores que fustigaram as ilhas com prejuizos avultados materiais e animais.
Custa muito verificar que dezanove vacas foram trucidadas por um raio, de 11 para 12 de maio, na freguesia dos Biscoitos, do concelho da Praia da Vitória, irmão do de Angra do Heroísmo. Custa muito pensar no prejuízo do dono dos animais e da tristeza que envolve seus familiares e o próprio. Tantas madrugadas saindo de casa para o campo, tantas horas de tratamento do gado bovino, tanta dedicação ao mundo animal que dá o produto e sustento de uma vida inteira para num ápice se ver privado de tudo isso. É de lamentar. Mas são as forças da natureza a provar que nada é nosso, nada é eterno, nem o ser humano. Temos é de tirar destes sinais algo que nos dê forças para continuar e recorrer à ajuda do nosso próximo, mesmo que a caridade ande pelas ruas da crise.
Que Deus (Santo Cristo; Espírito Santo), a Senhora de Fátima, neste treze de maio, sejam o conforto da alma e a saúde do corpo humano porque tudo o resto é relativo.