"Meu cais de saudade" e o maestro Luís Clemente esteve em Angra do Heroísmo
... uma lancha no mar
uma corrida no cais
o bailado de gaivotas
"adeus até nunca mais..."
eis o sol que desperta
iluminando a cidade
uma janela aberta
no meu cais de saudade
uma agradável partida
uma triste chegada
foi sempre a despedida
pior que nova entrada
silêncio matutino
volta ao altar domingueiro
e o mar tão cristalino
no bravo cais passageiro
entoam as melodias
voam aves da ribalta
será assim todos os dias
na manhã que [hoje] não falta...
29/04/2012
Rosa Silva ("Azoriana")
No passado dia do Trabalhador (01/05/2012) teve lugar, no Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo, a atuação da orquestra com vários músicos das Filarmónicas da ilha Terceira, dirigida pelo maestro Luís Clemente, vindo do Alentejo propositadamente para ministrar um curso de alguns dias, que culminou com a belíssima conclusão a que tive o prazer de assistir. Um dos formandos é meu benjamim, Paulo Filipe Silva Borges, com a Trompa de Harmonia, representando a Filarmónica Recreio Serretense, entre outros elementos que conheço e que fazem parte deste leque artístico.
O título que dei à coletânea de fotos (captadas por telemóvel por isso a resolução não será a melhor) nascer para a música é, efetivamente, uma realidade. O maestro brotava melodia por todos os poros, mãos, sorriso, elegância e forma de se dar em palco com a batuta do saber. Foi um momento que, para quem gosta de boas atuações musicais, mexeu com o interior, com a alma de ilhéu. Sem dúvida que a musicalidade é uma das características do povo ilhéu e de quem ama a melodia sem fronteiras e a partilha com um punhado de amantes do belo musical.
Desejo continuação de muito sucesso ao maestro e aos elementos que deram o seu melhor naquele e noutros dias vindouros.
Rosa Silva ("Azoriana")