Mota, o cantador
Em qualquer festa profana
Tem o primeiro lugar
E raramente se engana.
Em cantigas é renhido
Não se molesta em pagode
Acho que até é conhecido
Pelo Mota do bigode.
Com ele eu não cantei
Nem sei se irei cantar
Mas com ele eu estreei
No Corpo Santo fui declamar.
E nesse dia ele queria
Que eu cantasse a valer
Nesse tom ainda não ia
Acabei por não aceder.
Se agora ele me convidar
Não sei bem o que dizer
Porque ele faz o seu lugar
E o meu eu irei fazer...
Este homem é cantador
Há tantos anos então
Põe de rastos o opositor
Ou então larga-o da mão.
Rosa Silva ("Azoriana")