Relato de Relatos de José Fonseca de Sousa em "Viajando pelos Açores", entre outras edições relevantes
Aos dezoito dias do mês de junho do ano de dois mil e doze, na minha caixa de correio postal normal (e previamente pela caixa de correio eletrónico), chegou-me cinco edições do Sr. José Fonseca de Sousa, que tive ocasião de travar conhecimento por telefone e por escrito. Ele é de Lisboa e um grande conhecedor das ilhas açorianas, ao ponto de as divulgar de uma forma cativante, digo mesmo apaixonante. Li, de uma assentada, o que chamo de principal, o livro intitulado "Viajando pelos Açores (o que eu vi e senti)" com uma prosa vivida e sentida no seu real cenário, com algumas imagens paradisíacas, com relatos dos acontecimentos marcantes e interessantes, algumas curiosidades, particularidades e características principais do que o autor conseguiu captar nas suas trinta e seis viagens às ilhas dos Açores, numa "digressão" que lhe inspirou a escrita límpida e possível de nos causar vontade de conhecer o que ele viu e comprovar o que se conhece e também se viu.
Por via eletrónica, recebi do mesmo, uns versos dedicados ao meu livro Serreta na intimidade, que enviei após saber do seu bem-querer às ilhas açorianas, numa conversa motivada por um amigo comum - Luís Bretão - que é um verdadeiro amigo dos que idolatram a nossa comunidade açoriana, suas tradições, cultura, costumes e suas gentes, versos esses que passo a transcrever para perceberem o quanto me animaram e agraciaram:
O Pézinho dos Açores
Com todos os seus valores
São odes de muito trilho
Nesta nobre Cantoria
Quem os canta elogia
Quem os toca dá-lhes brilho.
Quando se fala dos Açores
Paisagens, mar e flores
É o que nos vem à lembrança
Aos poetas e cantadores
São devidos os louvores
Essa é a minha grande esperança.
Uma Rosa –“Azoriana”
Na sua vertente humana
Dedicou-se à Cantoria
Com amor e devoção
Encontrou em Luís Bretão
O seu farol e seu guia.
Estes dois nomes citados
Estão com muitos irmanados
Nesta nobre tradição
Pena é que no Continente
Não se conheça esta “gente”
Por falta de divulgação.
José Fonseca de Sousa
(Lisboa- 12-06-17-18)
Muito sinceramente, eu não sei o que fazer para que este senhor José Fonseca de Sousa seja inscrito nos registos de amizade às ilhas Açorianas, mas sei que no meu coração está inscrito como sendo um verdadeiro exemplo de amor ao que é genuíno e ilhéu. Não me canso de elogiá-lo mesmo sem o conhecer pessoalmente. Por vezes, bastam as linhas da inspiração para se conhecer a fortaleza do coração. E este tem um coração grande!
"o que eu vi e senti"
Ao ler o que de nós exalta
Coloco no verso aqui
A palavra que faz falta:
Amar é o termo certo
Para quem assim escreve
Mesmo longe está perto
E a muito mais se atreve.
Exalta o que é bom
Dá um toque sobre o mal
Segue a prosa no seu dom
Por amor ao regional.
"Viajando pelos Açores"
É um relato feliz
Incentivando os valores
De cada ilha e raiz.
"Ditos e Expressões Populares"
E o que querem dizer
É outro dos exemplares
Que acabo de conhecer.
"Lenga lengas e Cantigas
De entreter e embalar"
São lindas e tão amigas
Num livrinho de mimar.
"O Mundo da Tauromaquia
Em Portugal", com certeza,
É um retalho que diria
Traz a bravura em beleza.
"Termos Náutico-Marítimos"
Com os «Seus Significados»
Relíquia de termos íntimos
Doutos lemes navegados.
Não sei o que mais dizer
Destas pérolas escritas
Resta-me mui agradecer
Ficam sendo favoritas.
Rosa Silva ("Azoriana")
Acrescento, ainda, parte do conteúdo recebido, por email, de José Fonseca de Sousa, que rezava assim:
Dª Rosa Silva,
Na segunda leitura que fiz do seu livro vou realçar, porque me impressionou bastante, os seguintes factos:
- a demonstração e a forma como o faz, do amor que a senhora nutre pela sua falecida mãe.
- O amor que a senhora tem pela sua terra natal (Serreta).
- os excelentes, porque não magníficos, os versos "A VALSA DAS CORES".(...)
Um grande abraço de muita simpatia
José Fonseca de Sousa
Lisboa