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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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2012/11/30 Homenagem ao cantador terceirense: António Mota

30.11.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

Para memória futura e da cultura popular terceirense:

40 ANOS DE CANTIGAS

Homenagem a António Nunes Mota

Salão da Sociedade Filarmónica Recreio dos Lavradores da Ribeirinha, ilha Terceira, Açores.


Com repertório variado, sendo declamado um poema do cantador Mota, por Luís Nunes; discursos do presidente da Sociedade Filarmónica, o presidente da Junta de Freguesia, a presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo e o comendador Luís Bretão, que fez a retrospetiva de uma vida, após vermos um vídeo demonstrativo do seu percurso artístico, terminando com as palavras emocionadas e comovidas do homenageado, António Mota.


António Nunes Mota nasceu a 6 de maio de 1954, no Largo de Fátima, freguesia da Ribeirinha. Filho de Francisco Pereira da Mota e de Maria de Jesus Nunes Mota. Funcionário público. (...) Para cantar, foi três vezes ao Canadá e duas à América do Norte.


Começou, com a idade de dezoito anos, a improvisar cantigas em matanças e festas particulares. Tomou parte em cantorias com a Turlu, Abel Costa, Ferreirinha das Bicas, Ferreira da Costa, José Caniço, Barbeiro, Luís Carlos Ferreira e muitos outros. Escreveu enredos para danças: «Críticas Sociais», «Uma Mercearia Ambulante» e «Ricos e Pobres».

O António Mota é um improvisador de espírito sereno e comunicativo. As suas cantigas são caracterizadas por motivações singelas e ritmos nostálgicos que causam profundo impato nas pessoas que o escutam.


(Fonte: “Improvisadores da Ilha Terceira”, MARTINS, J. H. Borges. 1989, página 395).


Seguiu-se a declamação de uma dedicatória pelo poeta Hernâni Candeias e a oferta de duas quadras e uma sextilha por cada um dos 22 cantadores e 6 tocadores, perfazendo 44 quadras, 22 sextilhas e mais uma de agradecimento pelo Mota, que fechou esta parte.

Eis o que recordo ter cantado:

Nesta noite estou feliz
Acho que toda a gente nota
Foi o que sempre quis
Homenagear o amigo Mota.

Trago flores no coração
Pra florir na quadra minha
Pró homem de S. Sebastião,
Fortaleza da Ribeirinha.

Adeus senhoras e senhores
Neste ato tão correto
Adeus nossos cantadores
E cordas com tanto afeto
Viva o cantador dos Açores
Sua família e seu neto.

Depois tivemos a excelência das vozes das filhas de António Mota, junto com outra fadista, que compõe o grupo Fadalistas. Foi uma atuação lindíssima com vozes que honram o pai, a freguesia e a ilha, bem como os Açores. Fados com ritmo e espetaculares vozes, dignas de registo e aplausos acentuados. Parabéns ao cantador e a todos os que elevam a cultura popular e o improviso, o dom que nasce e não se cria, partilha-se.

Após a distribuição de prendas aos cantadores e tocadores intervenientes teve vez um beberete agradável num convívio salutar.

Parabéns a todos e bem-haja o nosso cantador amigo António Mota que mostrou que o coração mostra a sua emoção através do olhar e do abraço forte!

2012/11/30

Rosa Silva (“Azoriana”)