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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Ao João da Agualva

22.12.12 | Rosa Silva ("Azoriana")

Quero deixar gravado neste blog um comentário que deixei no Facebook de um amigo da nossa cultura popular: João Mendonça, conhecido pelo João da Agualva. Ele presenteou-nos com um "Presépio" feito de maravilhosas sextilhas que ornamentam qualquer mente que as leia e perceba o quão maravilhosa é a sua arte e sabedoria, seja qual for a sua ação. Eis, então, a minha resposta:

Caro amigo João
Boas Festas aqui estão
Quase, quase nesse dia
Parabéns te quero dar
Teu "Presépio" gabar
Tua arte e sabedoria.

Lembro que a tua Agualva
Onde brota água alva
Permanece no coração
Sei disso porque a Serreta
Pode até ser toda preta
Mas é minha clara paixão.

Quando eu era pequenina
E seguia a doutrina
Em teoria e ação
Lembro que o meio da casa
O presépio estava à rasa
Com a minha ajuda então.

Hoje sinto a nostalgia
Nesta época, quem diria,
Que isso ia acontecer
Perdi toda a meninice
E a crise outra chatice
Que deitou tudo a perder.

Às figuras juntava o galo
Da capoeira o regalo
No cimo, bem nas alturas,
Os reis magos e a estrela
E eu volta e meia a vê-la
Mesmo que fosse às escuras.

Tenho pena amigo João,
Dos meus filhos, nesta estação,
Não pensarem como eu...
Fruto desta nova era
Sabem talvez os que os espera
Num "presépio" como o meu.

Abraços a toda a gente
Dos Açores e Continente
E um pouco mais além
Emigrantes saudosos
Desses tempos maravilhosos
Do Menino de Belém.

Desculpem minha ousadia
Mas tocou-me a magia
Do Presépio do João
Este nosso bom artista
Merece que lhe assista
Toda a melhor saudação.

Bem-haja este ilhéu
Que em tudo o que é seu
Merece bravos elogios
Por mim faço o que posso
Por defender o que é nosso
Nos meus parcos desafios.

Para acabar em dezena
A sextilha que acena
À brava população
Fiquem bem nos vossos lares
E cantem pelos altares
Ao Natal do bom cristão.

Rosa Silva ("Azoriana")