Falar do nosso Carnaval
Entra a minha SAUDAÇÃO
Sem MARCHA na dianteira
Pra fazer uma reflexão
Ao Carnaval da Terceira.
Do cabaz da amizade,
Sai uma flor para cada um
Com toda a sinceridade
Lindo, belo e incomum.
Carnaval para o ser
No palco da alegria
Há de o assunto enaltecer
A rima que sempre o cria.
Vi Bailinhos de seguida
Pelo sábado e seguinte
Uns irradiaram vida
Um ou outro sem requinte.
Vim com amargo de boca
Com um bailinho da Praia
Só parecia gente louca
Que nem sequer se ensaia.
Na bela decoração
Que a Serreta apresenta
Vale mais a diversão
Onde o riso se aguenta.
Bailinho da localidade
Serreta, terra natal,
Digo isto sem vaidade
Brilhou neste Carnaval.
Lindos, bem apresentados,
Com cantigas altaneiras
Muito bem caraterizados
Muito boas as maneiras.
Outros bailinhos também
Vieram das redondezas
Todos mereceram bem
As palmas lá nas altezas.
Meus senhores e senhoras
Da Terceira de Jesus
Estivemos até ser horas
De se desligar a luz.
Há uma luz que conforta
Há outra que nem por isso
Entre abrir e fechar porta
Há quem faça bom serviço.
Por mim estou satisfeita
Com nosso Álamo Oliveira
Faz poesia perfeita
Que ilumina a ilha inteira.
João Mendonça e Hélio Costa
São os meus preferidos
Com ENREDOS que se gosta
Para risos mais garridos.
Lindas vozes tem a ilha,
Bordadas de tal talento,
Com acordes maravilha
Celebrando este momento.
Pandeiros a oito mãos
De quatro lindas donzelas
Dos Altares bons cristãos
Com PRATA festejam elas.
Sinto uma grande alegria
Vinda do centro de mim
Pela ilha que nos cria
Este amor que não tem fim.
Violas, trompas e trompetes,
Timbres belos e percussão
No regaço os confetes
Que abraçam sua missão.
Viva, viva sempre mais
O Carnaval terceirense
Agradeço aos jograis
Do Entrudo que nos pertence.
Rosa Silva (“Azoriana”)
2012/02/11 (segunda-feira)