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Para o Fado das Caravelas
Venha lá o que vier
Da verve do amigo meu
Dará sempre um prazer
Redobrado plo que é seu.
Amigo também do Fado
Muito mais que outro bem
Quando por si é cantado
Lembra um hino à mãe.
Tão doce a palavra MÃE
Além de progenitora
Simboliza a criação…
A História já quer bem
À alma grã criadora
Do Fado do coração.
Rosa Silva (“Azoriana”)
Portugal anda em leilão
Mas ninguém o quer comprar
Oxalá que a Região
Não lhe chegue ao calcanhar.
Temos muito que produzir
Abrir mão da mordomia
Temos mesmo de conseguir
Não ter a pia vazia.
Haja força e vontade
Haja ação e altruísmo
Haja na comunidade
A força do heroísmo.
Foi nossa ilha Terceira
Campeã noutras andanças
Nem que seja cantadeira
Nem que seja com as danças.
Não temos de ter vergonha
De ver a carteira magra
Há uma fé que funciona
Que dura e não se estraga.
Vinde todos ajudar
Quem está bem lá no fundo
Se tiveres algo para dar
Dá a quem pede ao mundo.
Rosa Silva ("Azoriana")
Angra do Heroísmo, 5 de março de 2013
Para alimentar a palavra de um artigo é preciso dar ao dedo e aceitar o que a mente dita, numa pressa assustadora. Chego mesmo a pensar onde vou tanto buscar?! Desde que no sábado passado pensei em minha mãe e lhe roguei ajuda, pois tem sido uma tal ventania que sopra letras que se unem e formam algo intenso e profundo que me faz ficar absorta e incrédula de como sou capaz de abraçar tudo isto que sinto cair por mim.
A seguir, acompanhada por uma foto da autoria de Alfredo Lemos, uma perspetiva da parte mais linda da Serreta (a meu ver) e novo caudal de nova inspiração a que intitulei Roda de Versos. Ao fim e ao cabo somos e andamos todos à roda de algo.
Roda de Versos
Cantigas ao desbarato
Que nem sequer são cantadas
Seguem logo um bom trato
E no blog são postadas.
Quem posta também aposta
Na ternura de um hino
Que por vezes alguém gosta
Sente o apelo divino.
Nunca se negue a uma mãe
Um hino feito ternura
Porque esse hino tem
Os recados da cultura.
Minha mãe quando estudante
Era aluna extraordinária
Agora vem de rompante
O que deu na sua primária.
E não fales mal de mim
Nem ouses sequer dizer
Que o canto de alfenim
Só pode ser de mulher.
A mulher é tão ditosa
Quanto mais for sofredora
Seu nome Matilde Rosa
Mais devota que pecadora.
Ela foi a flor formosa
Não sei se foi sonhadora
Plantou em mim sua rosa
De versos encantadora.
Rosa Silva ("Azoriana")
Não atires um foguete
De uma forma tirana
Inda mais que o ricochete
Te devolve logo a cana.
Há de haver oportunistas
Em toda a parte do mundo
Aqueles que não dão nas vistas
São mais perigosos no fundo.
Trovas tu ou trovo eu?!
Importa é que trovejes
Podes glosar o que é meu
Nem que má trova despejes.
Bate forte a ventania
No verso com mote em flor
Se não lhe der alegria
Dê-lhe o seu real valor.
Foram versos, foram temas,
Dispersos quase cantados
Se disseres: são poemas
Na mão da rima levados.
Tanto gosto de uma rima
Como de um verso capaz
Bem que podia vir em cima
O que em baixo se faz.
Rosa Silva ("Azoriana")
Eis uma encantadora mensagem, por via eletrónica, que recebi do já habitual visitante e amigo deste vosso blog, José Fonseca de Sousa, de Lisboa:
"Na consulta quase diária que faço ao seu blogue, encontrei mais uma preciosidade. Na realidade o referido poema, para mim, é um verdadeiro HINO à Ternura, à Simplicidade de transmitir sentimentos e, por último, ao amor materno. Este poema é mais um que deve ser guardado religiosamente a "sete-chaves", para futuras publicações." (o poema é...) - Fazes-me falta mãe! 2013-03-03.
Pois é, segundo os meus cálculos, já tenho material para três publicações que se resumiriam em uma. Haja o melhor para tal vir ao de cima. Por enquanto ainda estou em ondas de tormenta.
As ondas de alegria surgem sempre com os comentários do caro amigo lisboeta.
Rosa Silva ("Azoriana")
Uma flor é sempre flor!
A alegria e o sorriso
São o bálsamo da alma
São tudo o que é preciso
Para a todos dar a calma.
A jóia de uma criança
É ver sua mãe sorrindo
Porque fica na esperança
Dele ser sempre o mais lindo.
Dois filhos maravilhosos
Para uma mãe mais querida
São os seres mais ditosos
Que Deus lhe deu na vida.
Que lindo este retrato
Diamante insular
A alegria é de facto
A jóia familiar.
Adriana, querida amiga,
Destas redes sociais,
Hoje dou-te esta cantiga
Que não a esqueças, jamais!
És a flor de bom canteiro,
Tens a fé duma novena,
Dás encanto ao nevoeiro
Da freguesia serena.
A Mãe que tudo avista
Está tão perto do teu lar,
O teu amor já conquista
Ela sorri no Seu Altar.
Uma flor (rosas brancas) é sempre flor
Na jarra da oração
Quando é dada com amor
Tem o Seu sorriso então.
2013/03/05
Rosa Silva ("Azoriana")