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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Navegando pelos blogs lembro que o...

24.09.13 | Rosa Silva ("Azoriana")
O FADO É

O fado é alma alada
De sofrimento e paixão
Tem a letra ancorada
Nas paredes do coração.

O fado é uma escada
Nos degraus da emoção
É tudo e quase nada
Que se prende à solidão.

É meigo quando há tristeza
É fé quando há mistério
Um trinado à portuguesa...

Quem o fez foi Marceneiro
E fez dele um caso sério
Deu-o ao mundo por inteiro.

2013/09/24
Rosa Silva ("Azoriana")

 

 

Mérito ao autor do blog "O Porto da Graciosa"

24.09.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ao "Porto da Graciosa"

 

Cá vai nova sugestão

A rampa está perfeita

Êxito na construção

Que a Graciosa enfeita.

 

E os muros cinzentados

Merecem cunho humano

Por crianças desenhados

Com alma de açoriano.

 

Tintas, mãos e o pincel

Dos veleiros e navios

Cada qual com seu painel

Ilustrem seus desafios.

 

Não há mal que aconteça

Ao Veleiro que desenha

No mural e agradeça

A função que desempenha.

 

Ao autor desse bom Porto

Que na Graciosa fica

Tenha sempre o conforto

Da palavra nobre e rica.

 

Por tudo o que ali dá

Sem pedir a recompensa

O mérito aqui está

E tudo o mais se dispensa.

 

Rosa Silva ("Azoriana")

 

Nota: Tudo começou aqui (siga o link)

É (quase) já a seguir...

24.09.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

Há histórias que começam com “Era uma vez”. Esta não. Talvez porque não aconteceu ainda. Está latente e eminente ao virar de uma tardinha que desejo que aconteça. Como se começam as histórias do porvir? “E será assim”… mas e se não é?! Fico pelo desejo misturado com uma ansiedade da realização de um sonho comum a várias mentes. Ainda não palpei o físico de uma encadernação que compila uma homenagem em vida. Como é bela esta efeméride: as homenagens querem-se em vida para que consigamos ver a luz do olhar, o brilho do sorriso e/ou o cristal de lágrimas amorosas e agradecidas que caem no regaço da emoção. É sempre uma emoção quando se leva a efeito o que de melhor há a qualquer nível mesmo que, pelo meio, haja algum burburinho, alguma azáfama, alguma correção ou afino de carateres.

 

Imagino mais ou menos assim o evento… Vão chegando algumas individualidades, cidadãos que cruzam connosco no dia-a-dia, alguns que apenas cruzamos de vista, outros que até já atuaram ao nosso lado em inúmeras circunstâncias e outros, ainda, que nem nos querem ver por perto, mas ali estão prontos para o que der e vier. Alguma conversa animada ou nem tanto. [E se há chuva?! Mudança de planos e de palco]. Atravessa-se a assistência e abraça-se quem nos estende a saudação. Cumprimenta-se com o olhar, com a mão e com qualquer ato solene de um encontro de familiares, amigos e conhecidos entre algum visitante da grande hora. E eis que se afina a garganta para o discurso de apresentação. Uma voz conhecida e ponderada tece uma oratória possível. Aplausos já os pressinto à distância de uma tardinha que desejo que aconteça… Os ânimos povoam de alegria o recinto repleto de entusiastas e amigos do que é nosso e fiéis ao mesmo discurso vão formando fila para palpar o físico de uma encadernação posta em cena.

 

Sei bem o que são estas horas prévias… Ah, como sei! Os órgãos saltitam dentro de nós. Procura-se a melhor indumentária que se tem. Embeleza-se o corpo e a mente. Nem há apetite para a refeição que se salteia com o gosto de se fazer algo diferente e único. Apressa-se a saída e galga-se caminho para atingir a meta desejada. Procura-se encontrar nos olhares, que vão chegando e nos circundam de afetos num plural sentimento que trespassa o coração em êxtase, o mesmo brilho. É chegada a hora do lançamento… Um livro nasceu, cresceu e multiplicou-se perante uma mão cheia de convidados… É vê-lo florir… E fica-se como que a querer prender o tempo… Não te vás! Fica… Fica… E a emoção galopa até ao fecho do pano… E toda a adrenalina se dissipa… Voltam os órgãos ao seu estado normal… E aquela ansiedade dá lugar a um sossego aparente…

 

Ao longo dos dias, meses e até anos, recorda-se aquele momento em que tudo floriu num canteiro de gente que ama o que se faz em prol da cultura popular açoriana. Imagino que seja este o mote para o evento que tarda em chegar e se realiza logo mais [na véspera do aniversário do meu primogénito]. Sinto a mesma euforia como se o evento se repetisse e fosse meu. É assim quando se ama (porque amar é querer bem) quem dedica uma vida a acarinhar, ajudar e servir os outros sem pedir nada em troca. É assim o caso de alguns amigos que tenho e que nem vou nomear para não melindrar outros tantos que dariam uma lista infinita.

 

Bem-haja, a ti, a ti e a ti… etc.

 

Angra do Heroísmo, 24 de setembro de 2013.

 

Rosa Silva (“Azoriana”)