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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Confession (Confissão)

17.10.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

I really want to understand
what’s going on with my brain?
I’ve changed the ring of my hand
since you left without feeling a pain.

 

Why my dreams silence me
into the words I'd never spell?
Why you came again I can see
but I'll never accept so well.

 

My sorrow isn't in my heart
even if you implore so deep
is only hate I can feel and keep.

 

Let me live till the day in dark
and enjoy the moment of happiness
just cause you no longer here... I confess!

 

Rosa Silva (“Azoriana”)

Quando os títulos fazem prosa

17.10.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

Na prosa e na poesia me embrulho, quem diria?! São momentos de felicidade. São como bravos de coração na sombra de sol (à poeta). É a ilha das ilhas no palco de poesia onde a vida é bela (nem sempre).

 

Ó Mãe, doce Mãe! Vejo-te nas ondas do cais, nas flores do campo, no rosto da alma. E a ti, Angra - flor de lirismo: Canta, canta minha gente! És como amora (das rimas) no caderno das emoções, com o cheiro das colinas…

 

Terceira, eu te amo! Sejam os meus versos flores e não se olhe para trás, na encosta do teu peito, no coração de quem ama a chuva retilínea, o mar biscoitense, as vozes de ouro com a peregrina de devoção. Não há paixão como esta… Na visão camuflada da escuridão da alma há rescaldo do amor e da emoção a poucos passos dos pensamentos espontâneos. Hoje vs Amanhã a alma da ilha porque a ilha é pétala do desejo na vaga do coração, na saudade…

 

A luz pede: Fica um pouco. Ouve as baladas do coração nos desenhos de alma! Escuta: Saudades, quem as não tem?! Lê o caderno de trovas. Na ilha Terceira, Açores a lava poética faz-se de rimas do sentir ilhéu… e da Saudade, ai Saudade!

 

Açores, filhas do oceano porque há a ILHA, na vespertina vontade. Açores, miragem singular de paixão de amante, de um olhar de pastor… Às vezes, os sons do amanhecer trazem o mar da Terceira… Hoje deu-me para isto: trago o ontem e hoje quando digo: Eu te amo! Canto o fado em flor por Angra nobre donzela e pela Senhora do sol dourado, pelas senhoras da nossa ilha, com rimas minhas ao sabor do dia.

 

Ó querida ilha montanha, lindas ilhas do coração de alma aficionada, mas insisto: Ó Angra linda és… Ó minha querida Angra, cujos pensamentos vão para a educação, amor e trabalho…

 

Olho o mar. Na voz de berço que trago há surpresas de coração serretense num ramo de maio. Recordar é viver lembrando a homenagem aos filhos que tratam as mães… Dá saudade e quero fazer para ter e ser (porque a morte é vida que não vês).

 

Eu sou da Terceira onde o cantar é um prazer de pensamentos rimados num hino à nossa gente: Terceirenses! Sóis lírios da alma, numa ilha bordada de tradição. O perfume das cantigas na recordação para a vida!

 

Eu tenho que vos escrever… Sou terceirense das rimas, na palavra, nos versos de fino trato com o mar à cabeceira num desenho de chuva. É um tanto de ti que passa por mim… É magia do Carnaval por entre uma janela virada pró mar! E quero cantar o berço das ilhas dos Açores na clave de rimas com vida.

 

Os Biscoitos, corpo de lava, dão-me rimas de opinião pela Terceira ilha de encanto e dão-me rimas do coração, dias a fio… de corrupio. E num dia mais-que-cinzento canta-me a felicidade pla Rosa das rimas (assim me chamam). E canto os Bravos da Carreirinha onde o teu sorriso ‘inda floresce numa vida de maresias… O antes e o depois e canto ao vinho. Palavras são sementes de flor da rima numa corrente de amor na noite da cantoria sob a balada de brisa onde quero ser para dar.

 

Angra, sereia ao luar das minhas flores com alma - Da Azoriana - que vos diz: Trago flores no coração, um palco de fotografias, uma paisagem serretense e as rimas.

 

Açores, nove aguarelas com raízes de valor, nos braços do luar pelos palcos de alegria. E a Estrela da Romaria dá carícia quando estou pensando e improvisando à minha maneira pelas estrelas da cantoria.

 

Angra nas torres de emoção com canto à solta, com paixões e um sol de sorrisos… Sou Azoriana de coração por Angra festiva. Que saudades me fazem tecer a alma de cantadeira no canto à mãe e nas recordações… Recordações quem não as tem?!

 

Rosa Silva (“Azoriana”)

 

Nota: Prosa tecida praticamente só com os títulos de alguns dos artigos que compõem a minha coletânea intitulada - Recheio de rimas. Muitas das vezes escrevo para me abstrair duma realidade que dá cabo de mim, dos que me rodeiam e do povo que tanto trabalhou para bem viver e acaba por nada ter. É triste, muito triste. Pensem nisso, pensem bem sobretudo os filhos que estão governando e tiveram pais e avós trabalhando para hoje eles serem o que deviam ser e não são.

Sentir de ilhéu (e a Cultura Açoriana): Espanto, amor, saudade e alma

17.10.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

Julgo não estar errada se vos disser que cada vez mais se pugna por registar acontecimentos culturais açorianos no universo local, continental e ou na diáspora.
 

A emigração e a deslocalização são fenómenos frequentes e a tendência atual é fazer uso e preservar tradições, usos e costumes, legados dos antepassados, que através dos meios disponíveis e em franco progresso dão aso a múltiplas apreciações e comentários que animam a alma.
 

Mas atrás de uma objetiva ou de qualquer equipamento de captação de som e imagem há um ser que retira à sua existência ativa umas horas de persistência e acompanhamento de atividades cuja missão é dar o que de melhor aprenderam e receberam ao longo de outras tantas horas de atuação.
 

Isto a propósito de cassetes, livros e outras formas de divulgação que tem vindo a público, cuja temática é “cultura açoriana”, nomeadamente a que respeita às festividades e acontecimentos levados a efeito na ilha Terceira, de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nos últimos anos há um manancial de informação que é de orgulhar os residentes e emigrados, sobretudo aqueles que zelam e amam o que lhes foi incutido naturalmente.
 

Apetece-me, também, frisar que há uma idade para tudo e a faixa etária dos “entas” e mais são as que, a meu ver, se aproximam mais deste campo de apreciação do que é genuíno e dado sem mais aquelas. Noto que a cultura popular do Pezinho, Cantoria ao desafio, Desgarrada e outros cantares de vínculo ilhéu tem maior público naquelas faixas etárias.
 

Os intervenientes na cultura popular é que estão a surgir numa faixa jovem junto dos consagrados ou veteranos no que toca ao dom do improviso. A juventude está como que a abraçar mais cedo um dom peculiar e interessante que nem tem a ver com estudo mas com a capacidade de deixar voar o que a inspiração lhes faculta no momento exato que une som e voz. Não há espaço para articular grandes pensamentos… Há a vocalização rápida e coerente com o que se ouviu e se responde a compasso breve, certo e melódico.
 

Tudo isto para deixar uma palavra franca de homenagem a todos os que captam som e imagem, escrevem artigos, comentários, textos e livros alusivos à temática: CULTURA AÇORIANA. Uma palavra de franca homenagem aos membros do Governo Regional que se apresentam aquando do lançamento desses mesmos volumes de informação DE e PARA o povo. Uma palavra de franca homenagem a quem se desloca de outros lugares externos para apreciar, fixar e amar o que se vai realizando em prol da nossa bela e estimada cultura popular. E, ainda, uma palavra de franca homenagem aos acompanhantes dos que gostam e amam o fenómeno natural ilhéu, por não negarem o gosto de quem os rodeia.
 

Por fim, e não menos importante, uma palavra de franca homenagem a todos os intervenientes no ato cultural de índole popular regional. Esses são os mestres e os amadores cuja paixão é doar o que de melhor herdaram duma raiz cuja visão causa espanto, amor, saudade e alma.

 

Para que se tenha espanto
Do que é visto ao olhar
É preciso saber um tanto
Da origem de um lugar.

 

Para que se tenha amor
Depois de muito avistar
É preciso dar valor
Ao que captou do lugar.

Para se sentir saudade
Do que viu e amou
É dar à intimidade
Novo olhar ao que captou.

 

Não ter a alma pequena
Ser dotado de nobreza
E saber que a melhor cena
É real por natureza.

 

Angra do Heroísmo, 17 de outubro de 2013.
Rosa Silva (“Azoriana”)

Terra de Bravos (no Olhar)

17.10.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

O olhar que de mim vedes
Da profunda nostalgia
Ou da imensa alegria
É brasão das minhas redes.

 

Esse olhar de parapeito
Janela de intimidade
Tão dotada de saudade

Do que de bom lhe foi feito.

 

Janela da imensidão
Do que dou à população
Dos dias de belos cravos…

 

Hoje vinco esse olhar
P’ra dizer a quem passar:
Sou d’ilha, Terra de Bravos!

 

Angra do Heroísmo, 2013/10/17
Rosa Silva (“Azoriana”)