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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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OLÉ ao “nosso” Toiro!

18.10.13 | Rosa Silva ("Azoriana")

O toiro não m’incomoda
Sempre se viu na ilha
No brasão, na estampilha
Que continua na moda.

 

O toiro é a rês brava
Que vagueia no cerrado
No mato encurralado
Noutro lado não se dava.

 

O toiro é para a gente
Como se fosse a raiz
Conheço desde petiz
Gosto dele mas sou temente.

 

O toiro dá que falar
A quem pensa que é mau
Andar na corda ou a pau
Ou na praça a tourear.

 

Ao toiro só vai quem quer
É livre a sua raça
No caminho ou na praça
Vai o homem, vê a mulher.

 

O toiro não é pessoa
Nem sequer é racional
E ninguém lhe fará mal
Seu corno é que magoa.

 

O toiro se segue a eito
Num arraial bem surtido
Onde se é correspondido
E a marrada causa efeito.

 

O toiro é bem tratado
Quer no mato ou na corrida
A tradição é mantida
Zelando o bravo gado.

 

O toiro para a Terceira
É como se fosse um filho
Se morre é um sarilho,
Mexe com a ilha inteira.

 

Não me venham cá dizer
Que condenam as touradas
Na praça ou nas estradas
Venham cá para conhecer.

 

Não me venham com ditados
Ou ameaças escritas
Denegrindo as favoritas
Festas dos antepassados.

 

Do mato vinham a pé
Com toiros para o caminho
Tudo se fez com carinho
E o grito nasceu: OLÉ!

 

Aceito que quem não sabe
Da vida de um insulano
Compare com ser humano
O que nem sequer lhe cabe.

 

Se a Terceira está de pé
E foi Portugal sozinha…
Porquê?! Quem adivinha?
Foi o bravo e o grito: OLÉ!

 

«Um por todos, todos por um»
É a nossa cortesia
Se falta toiro na freguesia
Ter saudade é comum.

 

Quem defende tanto o toiro
Fique em casa e não veja;
Há povo, cor e bandeja
Que nesta ilha é oiro.

 

Por mim tanto se me dá
Seja preto, branco ou malhado
Desde que esteja amarrado
Gosto de o ver por cá.

 

Não falem mal das touradas
Do nosso belo torrão
A tantos elas dão pão
E por muitos são estimadas.

 

O toiro, a Banda e a Fé
São um misto de bravura
Um louvor, uma cultura
E o Povo não arreda pé.

 

Chego até a pensar
Que o Povo até chora
Se a tourada se demora
E o ciclo tarda em chegar.

 

Angra do Heroísmo, 18 de outubro de 2013.

Rosa Silva ("Azoriana")

1º Festival da Cantoria “AÇORES A CANTAR”

18.10.13 | Rosa Silva ("Azoriana")
 

É já ao virar deste dia, portanto amanhã, sábado (o penúltimo de outubro), que se realiza o tão esperado acontecimento a que deram o título de “Açores a cantar”. Um grupo de “novos talentos” e outro dos consagrados cantadores ao desafio partilham um mesmo espaço na Praia da Vitória - a sede dos Bombeiros Voluntários - com a organização conjunta de um Grupo de Cantadores da Terceira e de Olavo Esteves Competições. Deseja-se que os participantes deem asas à imaginação e a inspiração seja uma constante nas vozes dos cantadores locais e de outras ilhas.

Também me quis inscrever por carolice, amadorismo e para testar o quanto me aguento perante um salão repleto (espera-se) de olhares curiosos numa espectativa que, oxalá, não lhes saia furada. Enfim, tudo depende da dupla em cena, da boa inspiração, da capacidade de resposta imediata ao parceiro e de uma certa calma perante a plateia assistente.

Que a data de 19 de outubro de 2013 do 1º Festival da Cantoria dos Açores, efeméride que deveria reunir todos os cantadores ao desafio da ilha e fora dela, mas que reúna os que se apresentarem para o efeito, seja memorável ou, essencialmente seja um encontro de amigos do mesmo: Cantoria de improviso. O despique acirrado (ou nem tanto) seja o prato forte. Da minha parte amadora dou mais para o requinte da sobremesa.

E assim rezam as notícias que se leem em vários artigos eletrónicos, relativamente ao programa: “O festival está dividido em duas partes. A primeira, com início marcado para as 17h30, está reservada para os novos talentos. Na segunda parte, que tem lugar a partir das 21h00, atuam os cantadores Carlos Andrade (Santa Maria), Tiago Clara (São Miguel), Maria Clara, João Ângelo, José Eliseu e Fábio Ourique (Terceira), António Silva "Bolas" (Graciosa) e Bruno Oliveira (São Jorge).” Fonte: DI, de 27/09/2013.

Portanto, estarei, se Deus quiser, na primeira parte ao lado de quem me calhar. Apenas duas mulheres (eu amadora e Maria Clara, a cantadeira) estão junto de um leque de vozes masculinas. Tentarei defender a minha o melhor que puder mas tudo depende da mensagem vinda do coração, tropeçando na razão, ao toque de cordas dos instrumentos regionais que melodiosamente embalam nossas cantigas.

Que Deus inspire a todos (as)!

Vemo-nos por lá?

Rosa Silva (“Azoriana”)